Hospital de Praia Brava, em Angra dos Reis, continuará com obstetrícia

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A Fundação Eletronuclear de Assistência Médica (Feam), que administra o Hospital de Praia Brava, afirmou a representantes da Prefeitura, da Câmara Municipal e do Conselho Municipal de Saúde que não vai interromper o serviço de emergência da obstetrícia, como havia anunciado anteriormente.
A decisão foi comunicada durante uma reunião ocorrida no final da tarde de segunda-feira, dia 18, na Secretaria Municipal de Saúde de Angra dos Reis, marcada pelo prefeito de Angra diretamente com o presidente da Eletronuclear. Os dois não puderam estar presentes no encontro de ontem, mas o presidente da Eletronuclear já havia prometido ao prefeito, na sexta-feira, dia 15, que o serviço de obstetrícia não seria suspenso.
O que vai acontecer, de acordo com o diretor superintendente da Feam, é que a quantidade de profissionais que trabalham nessa área será reduzida e os médicos vão trabalhar no sistema de sobreaviso. Outra mudança é que os partos programados serão direcionados para a Santa Casa, no Centro de Angra, unidade de saúde referência nas áreas materno-infantil.
O superintendente da Feam informou que se chegou a essa decisão após ser constatado que o número de partos realizados pelo Hospital da Praia Brava é muito baixo em relação ao que vem sendo gasto para manter a equipe completa, com 14 profissionais. A Feam informou que, ao longo de 2018, foram feitos ao todo 72 partos eletivos, uma média de seis por mês, e mais 15 de emergência, enquanto na Santa Casa são realizados quase 200 mensalmente.
A ideia dos administradores do Hospital da Praia Brava é diminuir o investimento na obstetrícia e ampliar em outras áreas onde há mais demanda. Porém, o secretário de Saúde, o secretário executivo de Saúde, e os vereadores presentes à reunião não ficaram satisfeitos com o que ouviram.
Eles querem que o serviço de obstetrícia seja oferecido integralmente, tanto para os casos de emergência quanto para os eletivos. Também desejam que a Eletronuclear invista mais no hospital, ampliando a oferta de cirurgias e exames. Para que isso aconteça, o próximo passo será uma nova reunião com o presidente da Eletronuclear, que será marcada pelo prefeito.
O secretário de Saúde ainda explicou que notificou a Feam ontem, relatando que o hospital não pode encerrar os atendimentos de emergência em obstetrícia porque há um compromisso acordado com o município através de um instrumento jurídico, um contrato, que vale para todo o ano de 2019.
– Caso a Feam venha a falhar com sua obrigação dentro do contrato, nós vamos multá-la – garantiu o secretário.

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