Familiares de Anitta fazem manifestação; polícia prende madrinha de criança

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VOLTA REDONDA

Familiares da pequena Anitta Mylena Maris de Oliveira, de três anos, fizeram no início da noite desta quarta-feira, uma manifestação na Rodovia Sérgio Braga, na altura da entrada do bairro Vila Elmira. Cerca de 40 pessoas estiveram presentes. A criança morreu na madrugada de sábado, dia 31, e, segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), foi espancada até a morte. O suspeito Clerison Kleber Martins já foi preso e responderá por homicídio qualificado, sem direito de defesa da vítima e agravante. Na noite de hoje, 4, Fabrissa Rocha de Alcantara Martins, 29 anos, esposa de Clarison, teve prisão preventiva decretada por 30 dias, por omissão. Os dois já estão presos.

A decisão foi da juíza titular da Vara Única da Comarca de Porto Real/Quatis, Priscila Dickie Oddo,durante a análise do pedido de prisão preventiva de Clerison solicitada pelo delegado adjunto da 89ª Delegacia Legal de Polícia Civil de Resende, João Ricardo Bicudo de Oliveira, responsável pelo plantão de área no último fim de semana, na última terça-feira.  O laudo da morte constatou que a criança teve lesão por todo o corpo, sofreu traumatismo craniano com lesão encefálica e traumatismo abdominal e lesão renal.

Anitta vivia com sua irmã de dez anos, na casa de Clerison e Fabrissa em Porto Real. Antes viviam no bairro Vila Elmira, em Barra Mansa. Os pais da menina estão presos. Os dois eram padrinhos de Anitta e estavam com ela e sua irmã de dez anos há cerca de dois meses. Os familiares contaram na manifestação que estão sendo alvos de muita crítica pela população, mas as pessoas não estão se importando em conhecer muito a verdade. Janaína Ivone Raimundo é tia por parte de pai de Anitta. Ela contou com a mãe da criança, que tem sete filhos, foi presa em novembro do ano passado e os familiares se uniram para cuidar das crianças. “Por conta da dificuldade financeira que todos estão passando, a madrinha chegou para a irmã de 19 anos e disse que poderia cuidar da Anitta e da outra criança. Ela ofereceu. Não era nenhuma desconhecida, era madrinha, dava presentes, brinquedos, roupas, e os familiares acharam que poderia ser bom para as meninas. Não tinha nada que desabonasse a conduta dos dois. Sempre foram amigos da mãe. A madrinha de Anitta dava apoio financeiro até para os outros filhos”, contou Janaína, acrescentando que a manifestação poderia ser sido até maior se não fossem as ameaças que a família está sofrendo nas redes sociais.

De acordo com Janaína, fotos das crianças eram enviadas para os familiares. Elas estavam estudando, sendo, pelo que viam nas imagens, bem cuidadas.

COBRANDO PRISÃO DE FABRISSA

Um dos pontos da manifestação de hoje era para cobrar a prisão de Fabrissa já decretada. Segundo os familiares, a esposa de Clerison teria sido omissa no assassinato. “A filha de dez anos me contou que elas chegaram de Barra Mansa por volta das 17 horas. Estavam na cidade enquanto Anitta ficou com Clarison, em Porto Real. Quando chegaram a menina contou que o padrinho disse que Anitta estava de castigo e que ela não poderia entrar no quarto. Depois de um tempo conseguiu entrar e viu o rosto da irmã machucado e o olho meio aberto. Já devia estar morta. O laudo aponta que Anitta já estava há 12 horas morta quando chegou ao hospital”, contou a tia da criança.

Os familiares estavam muito emocionados durante a manifestação.

Manifesto foi na Rodovia Sérgio Braga – Fábio Guimas

O CASO

A criança deu entrada no Hospital Municipal São Francisco de Assis, em Porto Real, já sem vida. Lá, o suspeito foi preso por agentes do 37º Batalhão da Polícia Militar. Ele teria confessado aos policiais que tomava conta da criança e que teria batido nela. Contra ele, havia mandado de prisão em aberto por porte de arma e tráfico de drogas, por isso foi levado preso.

A respeito da prisão de Fabrissa, segundo o Grupo de Investigações Criminais da 100ª Delegacia Legal de Polícia Civil de Porto Reala juíza teria baseado o pedido suspeitando  omissão de Fabrissa. “Já cumprimos o mandado de prisão temporária dos dois suspeitos que é válida por 30 dias. Em depoimento, Fabrissa disse que estava em Barra Mansa e quando chegou a noite encontrou a menina deitada. De madrugada, ela teria acordado após ouvir a criança com dificuldades para respirar. Em seguida o casal foi para o hospital”, informou um agente da polícia civil.

 

 

 

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