Família de jovem volta-redondense acidentado em cidade do Mato Grosso precisa de ajuda

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Desde o dia 6 de maio deste ano, uma família volta-redondense, residente no bairro Jardim Ponte Alta está na luta pela vida de Saulo Freitas de Souza, de 35 anos. Saulo, que trabalha em Niterói, no Rio de Janeiro, foi vítima de um gravíssimo acidente automobilístico na cidade de Ilha Solteira (MT) onde estava fazendo um trabalho.

Segundo informações da família, pela gravidade do estado de saúde, Saulo foi transferido para a Santa Casa de Araçatuba, São Paulo, onde permaneceu por cerca de 22 dias em estado de coma, mas agora está na enfermaria da unidade hospitalar. Com o seu estado de saúde ainda é considerado grave, a família tem que está presente o tempo todo, mas não tem condições financeiras.

Pela gravidade de seu estado de saúde, translado deverá ser feito por uma UTI Aérea – Foto: Arquivo da família

Por isso, a família foi aconselhada a transferir o jovem para Volta Redonda, ou para Niterói, onde trabalha e reside uma irmã. Só que o translado deve ser feito por um transporte aéreo especializado e ambulância.

A técnica em enfermagem e ex-funcionária da Casa da Criança e Adolescência de Volta Redonda, Sônia Freitas, que é mãe de Saulo, contou ao A VOZ DA CIDADE que está ficando direto com o filho no hospital e como a situação financeira da família não permite o aluguel de um local na cidade onde ele está internado, tem permanecido no hospital, o que está desgastando ainda mais a todos os familiares.

Ainda de acordo com a mãe, com a alegação do Estado de não poder bancar a UTI área para o transporte de seu filho para mais perto, familiares, amigos e amigos dos amigos, além de colaborarem por si próprios decidiram lançar uma campanha na internet para arrecadar dinheiro para o translado e o tratamento na residência que deve ter duração de até um ano. “Inicialmente os médicos disseram que meu filho, se vivesse passaria o resto da vida vegetando. Só que, com o passar dos dias ele está respondendo aos tratamentos. Ainda está sem andar e sem falar, mas já mexe o pé e quando ouve a voz de algum familiar ele chora”, contou emocionada a mãe.

RECUPERAÇÃO ESPERADA

Sônia lembrou ainda que a cada dia a esperança de recuperação é maior. Por isso, trazê-lo para mais perto e depois tratá-lo em casa vai ajudar mais na sua recuperação. Mas para isso, segundo Sônia, é necessário ter, primeiro, condições para pagar a UTI Aérea para trazê-lo para um hospital de Volta Redonda ou de Niterói, mais perto da família. E depois para manter o tratamento dele em casa, por até um ano, já que devido ao traumatismo craniano que sofreu não temo ficar se locomovendo. “Tem que ser tratado em casa. E somente com essa campanha poderemos conseguir”, lembrou Sônia, ressaltando que o objetivo da campanha é arrecadar R$ 396 mil, sendo R$ 40 mil para a UTI Aérea e o restante para o tratamento. “Fizemos esse levantamento e acionamos a Justiça, mas como nada conseguimos estamos na expectativa da campanha. Iniciamos no último dia 8 com previsão de fechar no dia 6 de outubro”, completou, lembrando que conseguiram até o momento R$ 2.950,00, ou seja, 0.74 % do valor que necessitam.

Para ajudar o Saulo a voltar para casa e receber os tratamentos que precisa, basta fazer uma doação na Conta nº 00457620-3, Agência 0197, Operação 013, da Caixa Econômica Federal, CPF: 092.147.777-56. Interessados podem participar também dos eventos que estão sendo realizados em prol do jovem, ou também através da Vakinha Virtual no endereço: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/translado-e-tratamento-do-saulo, onde os interessados poderão obter mais informações sobre o caso.

Saulo, segundo a mãe, teve traumatismo craniado, diagnóstico de lesão axional difusa, contusão cerebral e pulmonar.

Segundo ela, os especialistas disseram que a probabilidade do Saulo não sair do estado de coma era muito grande. Com sete dias na UTI, Saulo apresentou piora nas tomografias cerebrais, a área de contusão havia aumento, a pupila já não estava reativa, era o primeiro sinal de morte cerebral, foi submetido a uma cirurgia de emergência, onde retiraram parte da calota craniana para que o cérebro inchado tivesse espaço.

ESPERANÇA RENOVADA

Segundo a mãe, sedado, respirando por aparelhos, Saulo, no décimo quinto dia de coma, ouviu um áudio com gravação do filho dele de 12 anos, colocada pela família, e nesse momento a esperança se renovou, já que uma lágrima escorreu na lateral dos olhos do Saulo. “Para nós da família foi um sinal de que ele estava ali, não conseguia abrir os olhos, se mover, ou falar, mas chorar ao ouvir a voz do filho querido, era sinal para nós que nunca desistimos que ele iria voltar. Seguiu na UTI e no dia 24 de maio surpreendeu toda equipe médica com a abertura dos olhos, não abria sempre que ouvia o seu nome, mas algumas vezes abria; hora um olhar perdido no horizonte, e hora um olhar fixo para nós como se quisesse dizer que estava ali”, narrou a técnica em enfermagem.

Disse à mãe que Saulo continua internado em Araçatuba com indicação de internação domiciliar. “Não existe mais nada que possa ser feito no hospital e os médicos dizem que quanto mais tempo ele permanece no ambiente hospitalar maior a chance de contrair infeções, nesse tempo de espera ele já teve duas infeções. Ocorre que a residência do Saulo fica 1.000 quilômetros de Araçatuba e para o transporte dele que está tetraparético, não fala e está traqueostomizado é necessário um transporte aéreo especializado e ambulância. Recorremos ao Estado e não conseguimos providencias, recorremos à Justiça e ainda não obtivemos providencias, recorremos à empresa em que Saulo dedicadamente trabalhava e não obtivemos providencias, então tivemos a ideia de mobilizar pessoas para que possamos custear o transporte aéreo e o tratamento com as terapias que ele precisa para ter a chance de voltar a andar, falar, estar perto do filho, voltar para casa”, concluiu a esperançosa mãe.

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