Comissão da Alerj acolhe processo que pede investigação de deputados presos

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ESTADO

Foi realizada hoje  a reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que decidiu por acolher os processos protocolados pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSol) que pedem a investigação de todos os deputados presos.  O documento solicita que, se constatada prática criminosa, os parlamentares André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (SD), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante), Marcos Vinícius (PTB), Marcelo Simão (PP), Paulo Melo (MDB), Edson Albertassi (MDB) e Jorge Picciani (MDB) sejam punidos com a perda do mandato. Os parlamentares são acusados de recebimento de vantagens indevidas em razão dos cargos que ocupam como deputados estaduais.

Uma nova reunião foi marcada para quinta-feira, dia 29, às 12 horas, para escolher um novo relator. “Como vontade da maioria, a representação foi acolhida para a abertura da investigação e o caso vai ser redistribuído a um novo relator”, explicou o presidente do conselho, deputado André Lazaroni (MDB).

Em outra decisão, os deputados decidiram, por unanimidade, rejeitar o relatório elaborado pelo deputado Marcos Muller (PHS), em julho do ano passado, que pedia a suspensão do pedido de investigação contra os três parlamentares presos em novembro do ano passado, Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo, todos do MDB.

O documento pedia a suspensão do processo até que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidisse se as casas legislativas poderiam cassar mandatos. Votaram contra o relatório o presidente do conselho, deputado André Lazaroni (MDB), Osório (PSDB), Comte Bittencourt (PPS) e Nivaldo Mulim (PR).

Os deputados citados estão presos desde o início do mês depois da Operação Furna da Onça. Eles são suspeitos de participarem de um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, loteamento de cargos públicos e de mão de obra terceirizada, principalmente no Detran, que teria movimentado cerca de R$ 54 milhões. Paulo Melo, Albertassi e Picciani já tinham sido presos em outra operação, há um ano, a Cadeia Velha, que investigou esquemas de corrupção envolvendo lideranças da Alerj, uma construtora e empresas de ônibus.  Picciani é o único que cumpre prisão domiciliar.

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