Cidades enfrentam aumento nos casos de conjuntivite

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As secretarias municipais de Saúde da região enfrentam um aumento no número de casos de conjuntivite nesses primeiros meses do ano, no entanto, negam surto da doença. O verão costuma ser a época mais comum para o contágio. Em Barra do Piraí, por exemplo, houve um aumento de 400%, de janeiro para fevereiro, enquanto em Barra Mansa a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro, registrou 520 atendimentos somente entre os dias 1º e 14 desse mês. Em todo mês de fevereiro o número de pacientes com conjuntivite havia sido de 179. Os dados são apenas da rede municipal de atendimento.

Segundo a Secretaria de Barra do Piraí, em janeiro foram registrados na cidade cerca de 90 casos, em fevereiro, o número de pessoas contaminadas chegou a 397. A maior incidência ocorreu no bairro Química, seguido pelo Centro.

A diretora do departamento de Vigilância em Saúde de Barra do Piraí, Irineia Sant’anna Rosa, explicou o crescimento no número de casos. “Durante o verão ocorre o aumento do vírus e da bactéria que transmitem a conjuntivite. Esse aumento é normal, mas a população não pode se descuidar, em caso de suspeita deve procurar a Unidade de Saúde Básica mais próxima para passar pela triagem”, afirmou.

O tratamento é simples. Para diminuir os sintomas e o desconforto deve-se lavar os olhos com soro fisiológico gelado e usar compressas sobre as pálpebras, não usar lentes de contato enquanto estiver com conjuntivite, evitar coçar os olhos para diminuir a irritação da área, usar de óculos escuros ajuda a reduzir o desconforto à luz.

Quem foi diagnosticada com a doença recentemente foi a filha da moradora de Volta Redonda, Mônica Vieira. A pequena Melissa, de quatro anos, apareceu com inchaço nas pálpebras e olhos lacrimejando. “A levei para o colégio que fica em Barra Mansa pela manhã e uma hora depois me ligaram pedindo para buscá-la. A princípio pensei que fosse alguma reação alérgica. Há menos de três meses ela teve conjuntivite. Mas realmente está com a doença novamente”, contou a mãe, lembrando que desde quando a filha teve conjuntivite, ela também sofreu com a doença por duas vezes em um mesmo mês no final do ano passado.

Questionado pelo A VOZ DA CIDADE, a Secretaria de Estado de Saúde informou que a doença não é de notificação obrigatória pelos municípios. O Ministério da Saúde classifica como surto o aumento repentino do número de casos, dentro de limites geográficos restritos. Já a epidemia é o aumento da doença, acima do esperado pelas autoridades, não delimitado a uma região.

A DOENÇA

A conjuntivite é contagiosa e apesar de não ser grave provoca incômodo e pode causar até a cegueira, caso não seja tratada corretamente. O contágio é feito pelo contato direto com a pessoa doente ou objetos contaminados e ocorre com maior facilidade em ambientes fechados. Os principais sintomas da conjuntivite são: olhos vermelhos e lacrimejantes; inchaço nas pálpebras; intolerância à luz; visão embaçada. A irritação dura em torno de 15 dias, caso a doença esteja evoluindo gravemente é necessário o encaminhamento ao oftalmologista.

SECRETÁRIA DE SÁUDE DESMENTE BOATOS

Usuários dos Hospitais São João Batista (HSJB), do Munir Rafful, no Retiro, e do Cais Aterrado e Conforto, em Volta Redonda, garantem que está havendo surto de sarampo, coqueluche, caxumba e conjuntivite no município. Muitos deles procuraram o A VOZ DA CIDADE para falar que quase todos os dias têm presenciado a entrada de pessoas com uma dessas doenças nas unidades hospitalares. Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) desmentiu o boato.

Segundo os denunciantes, muitos casos dessas doenças, principalmente de conjuntivite e sarampo estão ocorrendo na cidade. Garantem que, e não é somente em um bairro, mas em vários. “Na semana passada fui ao cais Aterrado levar meu enteado para consultar e conversei com uma mocinha eu estava com conjuntivite. Logo em seguida veio uma senhora com a mesma doença. Disseram que foram consultar porque estava com muita dor e incômodo nos olhos”, contou a cuidadora Eliana Aparecida dos Santos, 44 anos. Ao A VOZ DA CIDADE, o subsecretário de Saúde de Volta Redonda, Caio Larcher, garantiu que não há surto de nenhuma das doenças citadas em Volta Redonda. Ressaltou que, o número de casos de conjuntivite registrados está dentro da estatística normal para o período. Já em relação aos casos de sarampo ou coqueluche não há registros até o momento.

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