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Christiano Alvernaz vem para disputa da prefeitura com foco no desenvolvimento de Angra

Por Andre
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ANGRA DOS REIS

Pela segunda vez, o pré-candidato Christiano Alvernaz (Republicanos) disputará a cadeira de prefeito de Angra dos Reis. Christiano, que nunca assumiu a um cargo político, natural do Rio de Janeiro, afirma que está focado em assumir o governo municipal após perceber diversas falhas na política na cidade litorânea. Alvernaz é cirurgião geral, especialista em Medicina do Trabalho e pós-graduado em medicina estética e gestão pública. Sua história com Angra teve início em 2010, quando dezenas de pessoas morreram vítimas de deslizamentos de terra no réveillon e ele se prontificou ao trabalho médico voluntário e depois, o carioca, passou a morar no município de Angra.

“Acabei ficando uns 15 dias na cidade e uma pessoa da Usina Nuclear gostou do meu trabalho, me convidou para ser médico plantonista do Hospital da Praia Brava e foi aí que começou minha história na cidade”, relatou, destacando que ficou um ano na unidade e que decidiu ficar porque sua cidade natal, Rio de Janeiro, estava violenta. “E eu queria uma terra com mais paz e você se encanta pelo município. Nessa época eu não tinha intenção alguma em entrar na política, mas após um tempo na regularização do Samu, comecei a perceber algumas coisas que me incomodaram, como, por exemplo, a interferência política em assuntos que não lhes convinha”, destacou.

O pré-candidato explica que está mais conhecido entre as classes C, D e E, sendo assim ele observava a necessidade que a população passa. “Ao mesmo tempo em que eu percebia a necessidade das pessoas, vi que vinha de uma terra em que as coisas não eram assim. Em Angra, vereador queria interferir no meu trabalho no hospital e eu passei a entender o quanto a atuação da política da cidade era medíocre, mas não vi ninguém que tivesse a disposição para mudar isso e eu decidi fazer”, expôs.

Christiano então decidiu entrar na política em novembro de 2012 e começou a trabalhar para disputar as eleições. Em 2014 concorreu ao cargo de deputado federal e em 2016 disputou a liderança do Executivo de Angra dos Reis, ficando em segundo lugar. “A primeira vitória que eu tive foi conseguir ser candidato. Porque com um perfil como o meu, ninguém queria que eu participasse, eu era jovem, sonhador, idealista e que nunca busquei fazer as coisas de maneira errada”, ratificou, detalhando que nas primeiras disputas não era tão conhecido, mas agora a realidade é diferente”, afirmou.

PROJETOS


Um dos projetos que o candidato visa implantar é o modelo educacional ‘Educação em Três Turnos’, no qual ele é autor. “Seriam três turnos de atividades educacionais. Além da grade escolar no primeiro turno, você adiciona disciplinas extracurriculares no segundo turno e no terceiro direciona as atividades que poderão ser profissionalizantes. Temos o planejamento de pegar as seis principais escolas municipais de Angra e iniciar esse modelo”, contou.

PROBLEMAS E SOLUÇÕES

O pré-candidato pontuou alguns dos principais problemas de Angra dos Reis e destacou algumas soluções. Um deles seria a falta de investimento em empregos. Ele afirmou que várias empresas já tentaram se implantar no município, mas não conseguiram por conta de uma manutenção de poder, tornando a população dependente do apoio político. “Impendem o desenvolvimento da cidade com interesses. Por que nessas últimas quatro décadas nunca houve alguém para poder desenvolver e trazer progresso”, questionou.

Ele exemplificou o turismo de Angra como ‘veranista’, onde as pessoas passam uma temporada e vão embora. “Na verdade, a cidade não tem estrutura para prender o turista ali, não tem nenhum atrativo. Você tem belezas naturais, mas a pessoa não fica porque não tem infraestrutura para nada. É fácil perceber que isso é de propósito”, afirmou, acrescentando que a saúde é outro problema, uma vez que tem um orçamento de mais de R$ 3 milhões/ano para 204 mil pessoas, mas que não atende problemas de alta complexidade.

Outro ponto citado por ele foi o problema de segurança pública, no qual ele destacou alguns motivos que levaram a cidade ao indicie de violência atual, que são: “Angra é o 10º município brasileiro em taxa de favelização, sendo 37% da população vivendo nas favelas; há dois anos ficou em segundo lugar dos municípios com mais desempregados; o azar de diversas facções invadirem o município e brigam entre si; com a Dutra muito monitorada, a Rio Santos passou uma rota alternativa entre os dois principais mercados para o tráfico, que são Rio e São Paulo; vasto litoral com carregamentos chegando e não existe Guarda Costeira; governo municipal não combate a dependência química através da saúde; e não há política social de inclusão para os jovens, como cultura, esporte e lazer”, afirmou.

“Para resolver isso precisamos, por exemplo, readequar os espaços urbanos dentro dos bairros e comunidades, atuar no sistema educacional e atuar no sistema de segurança pública. É atuando nesses condicionantes, é que vamos combatendo isso aos poucos”, afirmou, finalizando que o que pretende focar no investimento da cidade. “A falta de emprego acarreta na insegurança pública, que tem impacto na manutenção da estrutura política da cidade”, disse, finalizando que Angra é rica, com orçamento anual de R$ 1,2 bilhão. “Tem um bom orçamento, mas sem serviços desenvolvidos, com a gestão correta, é possível crescer. E eu vou atacar nessas áreas, para atrair investimento. O nosso plano de governo é 100% alinhado com o Governo Federal”, concluiu.

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