Estudo sobre a Pedreira da Voldac é aprovado por pesquisadores das geociências de Volta Redonda

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VOLTA REDONDA
Estudantes de geologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), membros da Equipe Ambiental do Movimento Pela Ética na Política (MEP) e quatro professores doutores vinculados a universidades públicas, assistiram, nesta semana, a apresentação do trabalho acadêmico de Matheus Henrique sobre a Pedreira da Voldac. A pesquisa acadêmica, denominada “Inventário e valoração da geodiversidade da antiga pedreira da Voldac Volta Redonda-RJ” traçou de forma aprofundada o potencial turístico, educacional e científico da área do maciço rochoso.
A área, que durante décadas com a extração de minério, teve uma função social importante na edificação de milhares de residências em Volta Redonda e região. Após a apresentação do estudo, o agora geólogo Matheus, ouviu dos pesquisadores da banca considerações e indagações sobre o estudo.
As reações dos pesquisadores apontaram para relevância científico-social da proposta já encaminhada ao Executivo Municipal e aprovaram com louvor o trabalho de conclusão do novo Bacharel em Geologia formado pela UFRRJ.
GEOBIODIVERSIDADE DA PEDREIRA
Na avaliação dos geocientistas, professores Renato Ramos, Ricardo Vaz Leite e Rubem Porto e da professora orientadora Soraya Carelli, o estudo aprofundado do meio abiótico, meio físico, da Pedreira feito pelo estudante dá elementos essenciais para embasar a potência na geobiodiversidade local.
Renato Ramos comentou que, sem dúvida é uma grande contribuição acadêmica a este objetivo de criar uma área de conservação na cidade de Volta Redonda, sobretudo no ponto de vista geológico. Outro convidado da banca, Ricardo Vaz, disse que poucas pessoas acham que uma pedreira em meio à uma cidade industrial pode ser um patrimônio geomorfológico. “E você mostrou que pode sim, parabéns”, disse o professor Ricardo Vaz. A orientadora do projeto, Soraya, elogiou a dedicação do geólogo na escrita e nos trabalhos de campo e laboratório.
NOVA GERAÇÃO DE GEÓLOGOS
Por fim, Rubem Porto Jr., responsável pela sala declarou que os acadêmicos fazem parte de uma nova geração de geólogos, que com olhares aguçados passam a colocar na pauta a geologia, capaz de localizar nos espaços urbanos, estudos que recuperam e dão finalidade sociocientífica aos espaços, ajudando a ciência se conectar com as demandas da sociedade.
Após a sabatina, o geólogo Matheus Henrique, que tem acompanhado a Equipe Ambiental do MEP, informou que vai continuar à disposição do Movimento para seguir dialogando e pontuando com eles junto ao prefeito Antonio Francisco Neto e o secretário do Meio Ambiente, que já entenderam sobre a importância da criação da unidade de conservação, para que a médio prazo se transforme oficialmente em Monumento Natural.

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