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Yoga e feminilidade: o equilíbrio hormonal e energético da mulher

Por Franciele Aleixo
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SUL FLUMINENSE

Além de equilíbrio interior, diminuir o estresse e ansiedade, promover o condicionamento físico, facilitar o emagrecimento, aliviar dores corporais e melhorar o sono o yoga atua especificamente nos hormônios femininos.

O hipertiroidismo, o hipotireoidismo, a menopausa, a TPM, a gravidez e o equilíbrio de todo o sistema reprodutor feminino sofrem efeito direto das torções, respirações, equilíbrios e forças específicas de alguns exercícios da prática.

Além de harmonizar o sistema, esses exercícios em separado, sincronizados ou trabalhados em sequência também exercem efeito calmante no corpo físico, emocional e no sistema nervoso. Essa mudança energética pode muitas vezes melhorar e até curar alguns distúrbios enquanto a prática é realizada com regularidade.

Ao estimular as glândulas e o sistema reprodutor feminino, o yoga vem se mostrando útil na regulação hormonal de todas as mulheres, principalmente para as que estão na menopausa ou possuem alguma forma de desequilíbrio hormonal, como a menopausa precoce, e sintomas como a irritabilidade, sensações de calor alternadas, angústia e ansiedade, hipertireoidismo e hipotireoidismo.

Como a execução dos ásanas (diferentes posturas utilizadas pela ioga para suprimir a atividade intelectual) e exercícios respiratórios ajuda na regularização da função de nossos hormônios ao equilibrar o sistema endócrino, ocorre uma tranquilização do sistema nervoso. Com o estresse minimizado, todas as energias passam a fluir de forma mais adequada, reduzindo o desregulamento emocional e físico e a aumentado a qualidade de vida das pessoas do sexo feminino.

Em relação à TPM e ao controle ou minimização do estresse, estudos realizados na Índia em 2014 pelo departamento de Ciências da Universidade de Mangalorem, na Índia, constataram, após duas semanas de prática de yoga, a redução de problemas causados pelo desregulamento hormonal, como cansaço, prisão de ventre, irritabilidade, oscilação e ganho de peso, perda de libido e queda de cabelo. E após seis meses de prática foram notadas melhoras nos o níveis de colesterol ‘ruim’.

A glândula tireoide, por exemplo, é estimulada em posturas como o Matsyasana, postura do peixe, onde a respiração e o estímulo energético são voltados para a garganta. As posturas com abertura de peito ou onde o queixo encosta no tórax para a frente, com o queixo no peito, invertidas ou não, são estimuladoras da tireoide.

Um dos principais exercícios respiratórios, pranayamas, utilizados na regulação hormonal é a respiração Bhastrika. A Respiração do Fole, como também é conhecida, aumenta a vitalidade e dissolve os bloqueios energéticos, por ser muito vigorosa e acionar num curto espaço de tempo o diafragma e a parede abdominal. Ela oxigena o sangue e aumenta a vitalidade de todos os órgãos e tecidos, harmonizando e limpando todo o sistema, incluindo o aspecto da reativação hormonal feminina.


Aprenda a fazer a respiração Bhastrika

Um dos principais exercícios respiratórios, pranayamas, utilizados na regulação hormonal é a Bhastrika ou respiração do fole, que aumenta a vitalidade e dissolve os bloqueios energéticos.

Inicie sentando-se de forma confortável e com a coluna ereta;

Feche os olhos e respire inflando o tórax, ou seja, usando o diafragma lentamente e de forma suave;

Aos poucos vá acelerando o ritmo, mantendo o tempo de entrada e de saída de ar iguais, e priorizando a contração do abdômen no momento da exalação;

No decorrer do exercício, vá encontrando o seu ritmo de velocidade máxima de inalação e exalação, sem perder a profundidade da respiração abdominal máxima;

Mantenha sempre o tronco estável e a face relaxada;

Repita esse ciclo respiratório de 15 a 25 vezes, notando sempre que o volume de ar que entra e sai dos pulmões se mantém igual durante todas as inalações e exalações, aproximadamente um segundo para inalar e um segundo para exalar e esvaziar totalmente os pulmões.

Para serem alcançados esses benefícios, não há necessidade de seguir sequências rígidas. Apenas a prática regular orientada é o suficiente para que esse equilíbrio e conforto sejam encontrados. Vale ressaltar que o yoga, contudo, não é uma terapia médica, apesar de muitas vezes ser utilizado sozinho como método de tratamento alternativo ou em conjunto com a medicina tradicional para potencializar seus resultados dos tratamentos.

 

 

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