“Volta Redonda precisa voltar a ser o que era antes”, diz Neto pré-candidato a prefeito

0

VOLTA REDONDA

Em visita na tarde desta terça-feira, 4, na sede em Barra Mansa do A VOZ DA CIDADE, Antônio Francisco Neto falou sobre como está confiante que poderá disputar a Prefeitura de Volta Redonda neste ano. Pré-candidato a prefeito pelo Democratas, destacou que por amor a cidade do Aço, retoma com propósito de lutar por uma oportunidade novamente na prefeitura, o seu quinto mandato, e fez uma análise de como vê o atual governo de Samuca Silva. Reafirmou que vem para a disputa como pré-candidato movido pelos pedidos da população.

Atualmente o que impede Neto de se candidatar é uma reprovação de suas contas de 2011 pela Câmara de Vereadores, o que, em tese, determinaria sua inelegibilidade. Fato que o ex-prefeito está confiante que pode reverter na Justiça, onde o processo já corre. Mais confiante ainda está Neto sobre outra reprovação de contas pelo Legislativo. Essa de 2013, onde houve parecer para aprovação pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e os vereadores rejeitaram as contas. “A maneira que as contas foram rejeitadas, toda a cidade já sabe o que aconteceu, um julgamento político”, citou.

Mesmo assim, Neto argumentou os dois pontos apontados pelo TCE pela orientação da rejeição nas contas de 2011. O primeiro deles seria o fato de ter usado mais do que 25% que o Legislativo tinha autorizado para remanejamento de verbas, o que Neto contesta e diz que ainda havia margem para isso. E o segundo motivo seria a movimentação abaixo do limite permitido em lei na educação, o que o ex-prefeito também informa que sempre usou o Furban – Fundo Comunitário – para fazer obras nas escolas e em todos os anos aceitaram sem problemas.

“O mais importante é que não houve dolo. A lei é bem clara e há diversas jurisprudências. Não importa o adversário, estou confiante que vou ser pré-candidato a prefeito de Volta Redonda. A cidade precisa voltar a ser o que era antes. É muito blá, blá, blá. A saúde, educação, social, precisam da retomada. Eu votei no atual prefeito, mas ele cometeu um grande erro que um político não deve cometer: no primeiro dia de governo já pensou em reeleição e não na cidade. Volto novamente para a disputa primeiro porque amo Volta Redonda e as pessoas nas ruas estão pedindo muito para vir como pré-candidato, mas também afirmo que o atual prefeito foi um dos maiores incentivadores para essa minha decisão. Foram muitas mentiras sobre um governo que foi muito bem avaliado pela população”, apontou Neto.

Além disso, citou algumas coisas boas que o atual governo não deu continuidade, como a Clínica de Alzheimer e manter o bom funcionamento da policlínica que funciona no Estádio Raulino de Oliveira, assim como realização da Olimpede como acontecia antes.

DÍVIDA FANTASIOSA

A principal acusação de Samuca Silva ao ex-prefeito Neto foi a dívida deixada por ele. Falam de R$ 1,7 bilhão. Neto afirmou ser fantasiosa essa informação e enumerou cada parte da dívida mencionada em um relatório que um vereador teve acesso da prefeitura quando obteve resposta de um requerimento de informações. A maior parte, R$ 800 milhões, relativa ao PCCS da educação e do servidor público, uma obrigação estipulada no governo do ex-prefeito Baltazar e que para cumprir significaria gastar 128% a mais do que arrecadava, inviável segundo Neto, e ninguém conseguiu cumprir.  “O PCCS que ele colocou em prática é outra fantasia e mentira. Cita ainda cerca de R$ 200 milhões de dívidas com a CSN em função do IPTU progressivo, que veio de outros governos. Fala de R$ 100 milhões em precatórios, também de outros governos, o mínimo do meu, e que pagávamos rigorosamente e ele deixou de pagar. Fala de R$ 120 milhões da Cohab, dívida antiga. A única que de fato é minha é de INSS e fundo de garantia de outros governos que fiz parcelamento em 20 anos para poder acertar”, citou.

Neto lembrou o argumento usado na campanha de que ‘dinheiro tem, falta é gestão’. “De fato, hoje falta gestão. O dinheiro que ele tinha para investimento usou aumentando a folha de pagamento em R$ 100 milhões ao ano, sem dar reajuste ao servidor, colocando mais cargos comissionados. Além disso, implantou as OS. Gastávamos R$ 20 milhões na saúde e ele está gastando R$ 46 milhões. Elas não são necessárias. Conhece algum lugar que a OS deu certo?”, questionou.

Neto ainda lembrou o fato da atual administração ter pegado dois hospitais que estavam fechados – Santa Margarida e São Camilo. “Seria muito mais inteligente investir nos dois hospitais que temos, o São João Batista e o do Retiro. Para que? Dois elefantes brancos com um funcionamento precário”, apontou Neto, citando ainda que muito do que é comemorado por Samuca não foi mérito de seu governo, como o Shopping Park Sul, Centro de Diálise, Rodovia do Contorno. “As grandes obras que geraram empregos foram situações que já estavam bem adiantadas. Temos condições de recuperar Volta Redonda e vamos precisar de todas as forças políticas e da sociedade para isso”, disse.

E se por acaso não puder vir como candidato por conta das contas rejeitadas, a marca Neto não estará de fora das eleições deste ano. Seu irmão, Munir Francisco, o ex-deputado federal Deley de Oliveira ou Sebastião Faria, são alguns nomes que podem substituí-lo.

 

 

Deixe um Comentário