VOLTA REDONDA/BARRA MANSA
Neste final de semana, entregadores de aplicativo de Volta Redonda e Barra Mansa realizam uma paralisação. De forma pacífica e ordenada, os motociclistas reivindicam melhores condições de trabalho, como taxas mais justas, mais promoções, rota de retorno com valor justo, agilidade dos estabelecimentos no preparo do pedido, além de criação de pontos de apoio e transparência sobre os ganhos e quilômetros rodados. O ato diz respeito ao aplicativo de delivery iFood. A greve acontece em várias cidades do Brasil, entre elas, em São Paulo, Jundiaí, no interior paulista.
Com faixas, os grupos de motociclistas estavam protestando em vários pontos de Volta Redonda e Barra Mansa.
Paralisação teve início no sábado e segue neste domingo em vários pontos de Volta Redonda e Barra Mansa – Evandro Freitas
O motoboy, Marcel Toledo Estrela Júnior, contou que a categoria, que atualmente engloba cerca de 1500 motociclistas, está insatisfeita com o aplicativo iFood com o qual oferece na cidade um serviço de delivery. “Estamos pedindo um ponto de apoio com banheiro, tomada e uma pia para que a gente possa fazer a nossa alimentação e ter as nossas necessidades feitas no local. Também reivindicamos também melhoria da taxa. Além disso, estamos precisando em momento de chuvas uma bonificação por estarmos colocando novas vidas em risco nossa vida e nosso material de trabalho”, contou Marcel. Ele ainda informou que os motoboys querem a criação de um Sindicato no município. “Estamos solicitando o apoio de alguém que possa abrir um sindicato na cidade e olhar por nós, porque no momento da pandemia a gente foi alvo de satisfação da cidade e em outros territórios. Queremos atenção do aplicativo de olhar por nós, já que estamos largados. Não temos nenhuma insalubridade, não temos com quem falar e com quem procurar. Nós trabalhadores e pais de famílias estamos insatisfeitos porque a gente não está tendo condições de manter o nosso próprio material com valores que nós estamos trabalhando. Não estamos querendo muito, nem tomar espaço de ninguém e nem fama”, dispara.
Júnior lembra que os motoboys também contribuem para movimentar a economia nos municípios. “Nós fazemos toda a entrega da cidade não só de lanche, farmácias, hospitais e tudo o que for necessário para poder manter a economia de nossa própria cidade em rotatividade”, ressalta o motoboy, pedindo apoio do Poder Executivo e Legislativo. “Queremos um apoio da prefeitura ou um vereador que possa olhar por nós. Queremos alguém digno, assim como nós somos dignos e estamos fazendo uma paralisação sem baderna. Estamos aqui no momento uma satisfação nossa, porque saímos de casa em um domingo, deixamos nossa família para buscarmos melhorias, porque insatisfeitos realmente. Já perdermos período de trabalho, estabelecimentos e o aplicativo não dá suporte ao estabelecimento”, complementa.
O QUE DIZ A EMPRESA
Em nota enviada, o iFood disse que respeita o direito à manifestação pacífica e à livre expressão dos entregadores. “Desde 2019 trabalhamos na construção de espaços recorrentes e permanentes de escuta e melhoria constante. Como empresa brasileira e ciente do seu papel na geração de oportunidades, temos nos dedicado na criação de uma agenda sólida e perene de diálogo com os trabalhadores e representantes da categoria para o aprimoramento de iniciativas que garantam mais dignidade, ganhos e mais transparência para estes profissionais”, informa a nota.
