VOLTA REDONDA
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Volta Redonda, por meio do setor de Educação Permanente, promoveu o evento “Integração Ensino-Serviço-Comunidade com o tema “Pode ser lindo aprender no SUS: Desafios para a formação integral dos futuros trabalhadores e trabalhadoras da Saúde”. O encontro aconteceu na noite dessa quinta-feira, dia 15, no Teatro Maestro Franklin de Carvalho Junior, no Laranjal, e reuniu mais de mil pessoas na modalidade híbrida, presencial e on-line.
De acordo com uma das organizadoras do evento, a médica de Família e Comunidade, Sílvia Mello dos Santos, o objetivo principal foi fazer o acolhimento dos futuros trabalhadores da saúde na Rede de Atenção à Saúde (RAS) em Volta Redonda. “Este é o segundo evento do tipo em 2024, o primeiro foi em março para receber os estagiários que entraram no primeiro semestre. Agora, estamos recebendo os que começarão a atuar no segundo semestre. Recebemos cerca de três mil estagiários ao ano”, explicou Sílvia.
FUTUROS TRABALHADORES
Ela acrescentou que, considerando os estágios obrigatórios dos futuros trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) em Volta Redonda, a Integração Ensino-Serviço-Comunidade pretende uma maior aproximação entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), escolas de nível técnico e superior, serviços de saúde e comunidade. “Para que todos os envolvidos se fortaleçam num processo de mudança da lógica da formação e do trabalho em saúde no SUS, voltados para a integralidade, equidade e universalidade”, reforçou a médica.
O público-alvo era formado por estudantes da área da saúde, de nível técnico e superior, mas o evento também reuniu gestores, técnicos, residentes médicos, profissionais preceptores dos estagiários e professores supervisores-técnicos, além de representantes das instituições de ensino superior e técnico que possuem acordo de cooperação com a Secretaria Municipal de Saúde.
ABERTURA
A diretora do Departamento de Educação Permanente da SMS, Marcilea Dias Sá, iniciou a fala de abertura da mesma forma que no evento em março deste ano. “Não posso participar desse evento sem falar em gratidão. Gratidão pela relação estabelecida entre a SMS e as instituições de ensino, que nos permite trabalhar essa parte do SUS, que trata da educação. E gratidão pela confiança desses jovens que vão começar a atuar no SUS”, disse.
“Nós, da SMS, levamos tão a sério a política de educação permanente na saúde, que temos um departamento só para isso. E atuamos no acolhimento com equidade, igualdade e liberdade, de forma justa, dentro dos preceitos do SUS a todos vocês que vão compor as nossas equipes de saúde”, acrescentou Marcilea, que abordou o tema “Os Desafios da gestão para a garantia dos processos formativos no SUS: A maior escola de saúde do mundo”, durante a mesa-redonda.
A presidente do Conselho Municipal de Saúde, Maria do Carmo Carbogim, a Carminha, disse estar feliz em ver a juventude aceitando o convite para atuar e conhecer a essência do SUS. “O SUS somos todos nós. O SUS não é plano de saúde, é uma política de estado para garantir a todos o direito à saúde”, reforçou.
A secretária-executiva da Comissão Intergestores Regional, a sanitarista Sonia Regina Silva de Paula Machado, reafirmou que o SUS é uma política nacional. “E a educação permanente existe para melhorar o sistema e garantir atendimento de igualdade, com respeito ao paciente e tratamento humanizado”, disse.
MESA-REDONDA
Para a mediação da mesa redonda, foi convidada a nutricionista, pós-graduada em Comportamento Alimentar e Transtornos Alimentares pela Faculdade Global e capacitada em Diabetes pelo Instituto Sírio Libanês, que atua em diversas áreas como nutrição clínica, educação nutricional, comportamento e transtornos alimentares, Michele Abreu, que também é ex-aluna do projeto Pet-saúde Interprofissional.
A discussão teve como base o tema “Desafios para a formação integral dos futuros trabalhadores e trabalhadoras da Saúde” e abordou “Os desafios da gestão para a garantia dos processos formativos no SUS: A maior escola de saúde do mundo”, “Desafios da academia para a formação integral dos futuros trabalhadores e trabalhadoras da saúde”, “O papel do preceptor: Competências e habilidades esperadas para os futuros trabalhadores e trabalhadoras da saúde” e “Desafios da Educação Permanente em Saúde – EPS como estratégia na formação profissional para as necessidades do SUS”.
PARTICIPANTES
Além de Marcilea Dias, participaram da mesa-redonda o médico-pediatra e de Saúde Coletiva, Luis Antonio Neves, que também é professor do curso de Medicina do Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA) e conselheiro municipal de Saúde de Volta Redonda; a enfermeira, bióloga, especialista em Saúde da Família e Comunidade, especialista em Educação na Saúde para Preceptores do SUS, mestre em Ensino e Ciências da Saúde e do Meio Ambiente, coordenadora da Área Técnica da Saúde da Criança e do Adolescente da Prefeitura de Volta Redonda e preceptora do PET Saúde Equidade, Jussara Moreira de Oliveira.
E ainda a enfermeira com habilitação em Saúde Pública, especialista em Docência Superior, em Apoio em Saúde e em Gestão dos Serviços de Saúde com foco na Atenção Primária, mestre em Enfermagem, servidora da Secretaria de Estado de Saúde (SES/RJ), lotada na Superintendência de Educação em Saúde, na coordenação de Educação Permanente, Sara Gonçalves.