VOLTA REDONDA
Os representantes das principais entidades do comércio varejista e setor da indústria metalmecânica querem a antecipação da reabertura das lojas. Nesta terça-feira, 31, a diretoria da Câmara de Dirigentes Lojistas de Volta Redonda (CDL), Sindicato do Comércio Varejista (Sicomercio), Associação Comercial, Industrial e Agropastoril (Aciap), Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria (Sipacon) e o Sindicato das Indústrias Metalmecânicas (Metalsul) confirmaram que pleiteiam a abertura do comércio no dia 3 de abril.
As entidades lembram que um novo ofício foi remetido ao prefeito Samuca Silva, solicitando respostas para o pedindo de antecipação e reabertura do comércio nesta data, três dias antes do previsto pelo Decreto Municipal 16.082, que informa o prazo de reabertura para o dia 6. O prazo permitiria que as empresas que estão fechadas tenham condições de pagar os salários de seus funcionários. Além disso, as entidades reforçam que a abertura seguiria todas as normas de higienização.
Foi citado no informe remetido para a imprensa novos números do comércio do município durante a pandemia, com base em dados da CDL, Sicomércio e Aciap, junto a 54 empresas de contabilidade da cidade. Em 10 dias de quarentena são 1.759 demissões e mais de 4 mil pessoas em férias coletivas. “Mais de 60% das empresas não terão condições de arcar com a folha de pagamento, vencendo até o quinto dia útil de abril; além de não conseguirem honrar com os compromissos fiscais e tributários pelos próximos três meses. Pelo menos 30% das micro e pequenas empresas tendem a fechar, caso o comércio não reabra”, advertem as entidades, nestes dados, com base em informações de associados consultados sobre a economia nesta terça-feira, dia 31.
A PROPOSTA
As entidades reforçam que se as medidas preventivas que vêm sendo adotadas por decretos se mantiverem por um longo período, o risco do fechamento definitivo, principalmente, de pequenas e microempresas é eminente, causando o declínio econômico da nossa cidade, deixando muitas famílias sem trabalho. As entidades salientaram ainda que reconhecem a importância da prevenção, por isso, se comprometem ainda em recomendar que as medidas de saúde continuem sendo reforçadas nos estabelecimentos, visando proteger a saúde da população em geral e os empregos. Abaixo, a proposta inicial remetida ao governo municipal:
FUNCIONAMENTO:
– Definir um prazo urgente para a abertura do comércio em geral, seguindo as normas de higienização conforme diretrizes do Ministério da Saúde, levando em consideração o grande número de trabalhadores afetados com demissões num curto período de (10) dez dias, que já ultrapassam 1.700 (hum mil e setecentos) demitidos.
– Manter fechados estabelecimentos que estimulem a aglomeração como cinemas, casas de show, teatros, casas de festas, boates e congêneres;
– Aumento da segurança policial (Guarda Municipal e Polícia Militar) nas ruas;
– Horário especial para atendimento ao idoso;
– Shoppings abertos com limite de metragem (10 metros quadrados) por consumidor, o mesmo para lojas que funcionem externamente no shopping e grandes redes;
– Manter limitação já definida para restaurantes, com metragem por consumidor;
– Manter afastados idosos, gestantes e funcionários que fazem parte do grupo de risco, com trabalho em home office ou em compensação dessas folgas;
– Estimular a carona solidária;
– Funcionamento dos estabelecimentos comerciais limitando a um cliente no interior a cada dez metros quadrados;
– Proibir reuniões de pessoas de fora na cidade, priorizando as videoconferências;
– Ter álcool em gel nos estabelecimentos comerciais para funcionários e clientes, se disponível no mercado;
IMPOSTOS
– Suspensão da cobrança por serviços municipais e impostos municipais, bem como demais taxas municipais pelo prazo de 120 dias ou enquanto durar a pandemia;
CONTRAPARTIDA DAS ENTIDADES:
– As entidades também se propõem a fazer uma campanha publicitária na internet, rádio e tevês de conscientização nas mídias sobe a importância de se cumprir as medidas de segurança em saúde, com a higienização dos ambientes empresariais, principalmente, das superfícies de contato: portas, maçanetas, vitrines e balcão, seguindo o protocolo de desinfecção.
– Desinfecção das calçadas com equipamento da prefeitura e doação do cloro pelo comércio.
AJUDA HOSPITAL DE CAMPANHA
– Doação de R$ 66.712,80 para compra de materiais para o Hospital de Campanha, que está sendo instalado no Estádio Raulino de Oliveira, conforme orçamento apresentado pelo Município de Volta Redonda. Valor arrecadado da seguinte forma: R$ 15 mil, doado pela Rede Royal; R$ 10 mil, doados pela Café Faraó Favorito; e R$ 41.712,80 doados pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Volta Redonda (CDL-VR).