Sintect Sul Fluminense critica postura da ECT em anunciar fechamento de unidades no país

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SUL FLUMINENSE

A direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está promovendo o fechamento de diversas unidades dos Correios, em todo o país. A situação ocorre desde a terça-feira, 16 e deve abranger 41 unidades em 15 estados. A justificativa da estatal é fechar estrategicamente as unidades nas cidades onde existem postos dos Correios próximos em atividade, com menos de dois quilômetros de distância entre si. A proximidade, entre eles, segundo a ECT, não gera lucros e, ainda, garantiu que os trabalhadores das unidades com expediente encerrado serão realocados. Serão fechadas agências nos estados do Amazonas, da Bahia, do Ceará, do Espírito Santo, de Goiás, do Piauí, de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, de Mato Grosso, do Pará, do Piauí, do Rio de Janeiro, de Roraima, do Rio Grande do Sul e de São Paulo.

A informação tem provocado temor entre os funcionários dos Correios temendo transferências quanto em usuários sofrendo com a escassez das atividades de entrega de correspondências. Porém, até o momento, não havia relato de qualquer unidade fechada na Região Sul Fluminense, situação que vem sendo acompanhada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect/RJ) no Sul Fluminense. “Essa situação de fechamento de unidades já vinha sendo ventilada pela ECT desde julho. A divulgação realizada a partir do dia 16 foi uma surpresa e lamentamos veementemente esta situação. O Sintect vai reivindicar uma reunião com a direção da empresa para esclarecimentos. Somos totalmente contrários ao fechamento de qualquer agência que seja. Vamos defender o trabalho eficiente dos profissionais e com isso garantir a eficiência do atendimento aos usuários, pois trata-se de um serviço de utilidade pública”, informa o diretor sindical Esmeralci Silva.

De acordo com a estatal, as unidades que serão desativadas estão em imóveis alugados, localizadas muito próximas a outras agências e não geram lucros. Em Resende, por exemplo, existe a agência central na Praça da Concórdia, no Centro e a agência de Campos Elíseos. “Não quero nenhuma delas fechadas, pelo contrário, tem é que abrir mais postos e ainda mais amplos. Penso que do jeito que está já é precário, se vier a fechar alguma delas vamos sofrer bastante com o atendimento ineficiente”, comenta o industriário Damião Pereira, de Porto Real.

A Agência dos Correios de Resende é referência ainda para entregas nos municípios vizinhos de Porto Real e Itatiaia. Entre junho e julho a unidade registrou a greve dos carteiros que durou 28 dias, pedindo melhorias salariais e condições de trabalho. De acordo com a ECT atualmente, os Correios têm pouco mais de 6,3 mil agências próprias em todo o país, além de 4,3 mil comunitárias, 1 mil franqueadas e 127 permissionárias.

FECHAMENTO NÃO AFETARÁ A REGIÃO

Através de comunicado enviado ao A VOZ DA CIDADE, nesta sexta-feira, 19, a direção dos Correios esclareceram que “o fechamento das agências não afetará os serviços de entregas na região, que continuarão sendo realizados normalmente. Já os empregados das agências cujo funcionamento venha a ser encerrado serão realocados em outras unidades dos Correios”.

E, ainda, que “o encerramento das atividades de algumas agências faz parte do processo de remodelagem da rede de atendimento dos Correios, que prevê a substituição gradativa de unidades convencionais por modelos diferenciados e mais adequados às necessidades dos clientes. Haverá também ampliação dos pontos de atendimento, dos atuais 12 mil para 15 mil, em todo o país, até 2021, melhorando os serviços para a população”.

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