SUL FLUMINENSE
Com um discurso idealista e voltado para a geração de empregos, o ex-secretário de Indústria, Comércio e Turismo de Resende, o advogado Raphael Gattás (PP), deixou o cargo para disputar a próxima eleição como candidato estadual. Em visita ao A VOZ DA CIDADE, Gattás, que já foi vereador no Rio de Janeiro em 2016, disse querer ser um líder para o Sul Fluminense e frisou algumas conquistas que conseguiu para o desenvolvimento da região.
“Quando cheguei a Resende eu falei com o prefeito Diogo Balieiro (DEM): ‘Prefeito, você tem um tesouro escondido, que é o aeroporto municipal que está abandonado’. Propus resgatá-lo, mas ele disse que ninguém havia conseguido mexer com isso, mas graças a parcerias com o Governo Federal nós conseguimos arrecadar R$ 7,5 milhões junto com a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), para ser realizado todo o balizamento recapeamento da pista, reforma do saguão de recepção das pessoas, e mais R$ 2,5 milhões junto à Aeronáutica para instrumentalização e colocar o aeroporto para funcionar”, disse Gattás; destacando que a volta dos voos aumentará a arrecadação de recursos do município, além de ser um meio facilitador na logística de diretores das grandes empresas situadas na região.
“Voltando a operar o aeroporto de Resende poderá fazer voos com o trecho Rio-São Paulo, voos de carga, aumentando assim a arrecadação do município e sendo possível investir em obras sociais. Essa rota facilita o deslocamento de diretores de empresas aqui da região, o que acaba se tornando mais um atrativo. Consequentemente vamos gerar mais emprego para o Sul Fluminense, que é o que realmente muda a vida das pessoas: oportunidade de trabalho e geração de emprego”, considerou.
A VEZ DO EMPREENDEDOR
Ainda sobre desenvolvimento econômico, Gattás disse que conseguiu que conseguiu desburocratizar a solicitação de alvarás para a abertura de empresas em Resende. Segundo ele, quase dois mil documentos foram emitidos a partir do formato desenvolvido por ele na cidade. Outro ponto destacado pelo pré-candidato em sua atuação como secretário foi a valorização do trabalho informal e a geração de renda.
“O poder público precisa facilitar a vida de quem quer empreender. Em Resende havia um problema com os comerciantes do Mercado Popular, que não eram regularizados. Eles trabalhavam temendo serem despejamos. Fizemos uma reunião da classe junto ao Ministério Público e fizemos o recadastramento dos 54 comerciantes instalados naquele ponto da cidade. Hoje estão todos regularizados”, destacou, acrescentando: “Criamos também a Casa do Artesão, um espaço para venda e exposição dos trabalhos desses profissionais. O local que é gerido pelos próprios trabalhadores. É a garantia de dignidade a essas pessoas”, afirmou, lembrando que a criação da Casa do Artesão foi criada após uma emenda de R$ 536 mil destinados a Resende, graças ao bom relacionamento dele com a deputada federal Laura Carneiro (DEM).
Outro ponto destacado por Gattás durante sua gestão na pasta foi a criação do “Happy Hour do Trenzinho”, projeto idealizado por ele e marcado pela valorização de artistas locais e a boa gastronomia oferecida ao público, através dos food trucks e das diversas barraquinhas instaladas no local. “Quando cheguei a Resende, vi uma carência muito grande da população em relação ao entretenimento. Criei um evento chamado Happy Hour do Trenzinho, que deu nova vida à Praça do Trenzinho, em Campos Elíseos, no centro comercial da cidade, que antes era ocupada por usuários de entorpecentes. Facilitávamos a apresentação de músicos da região, que apresentavam sua arte. Chegamos a atrair 800 mil pessoas na praça, movimentando a economia local”, recordou Gattás.
RENOVAÇÃO NA POLÍTICA
Aos 38 anos e há 12 morando em Resende, Gattás se coloca como uma opção de renovação no cenário político estadual, com um olhar para o Sul Fluminense. “Eu não venho com promessas de campanha; trago realizações. As pessoas querem alguém diferente, elas estão incrédulas com a política, mas o maior culpado disso são os próprios eleitores. A gente tem que renovar, mas não com filhos de candidatos, porque a corrupção muda só de rosto: de pai para filho”, opinou.
O progressista lembrou ainda a Operação Lava Jato e disse que ela serviu para “abrir os olhos das pessoas” para a política. “Hoje todo mundo é um conhecedor da política, do que está acontecendo. Temos a ferramenta da internet, o Facebook, que é um propagador de idéias, mas também serve para alertar a população, para fazer denúncias: ‘Aquele candidato ou gestor não tem uma boa conduta’. A gente tem que parar e refletir. Se determinado candidato vier com uma base financeira muito grande, tem que desconfiar”, orientou.
Gattás disse que gostaria que um gabinete fixo fosse instalado em alguma cidade da região para atender as diversas demandas do Sul Fluminense. Ele disse também, que um gabinete itinerante seria essencial para conseguir atender um grande número de pessoas. “A ideia é fazer uma política participativa, uma gestão compartilhada com a população. Eu tenho a intenção trazer o contribuinte para dentro do Poder Público. Um bom gestor, nada mais é do que um bom síndico”, reforçou.
Sul Fluminense sustenta o estado do Rio nos últimos tempos
Em um cenário de crise econômica, Gattás disse que o que vem sustentando o estado do Rio nos últimos tempos é o Sul Fluminense. No entanto, ele frisou que existem carências que afetam o desenvolvimento da região. “A gente sabe que o Sul Fluminense carece de segurança. A região como um todo é mal iluminada, por exemplo. Houve também uma migração de criminosos do Rio com o surgimento das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O que me preocupa muito é o descaso com as forças de segurança. Há um déficit de policiais muito grande. O Sul Fluminense é abandonado pelo Poder Público e por seus gestores. Só a união das cidades é que vai chamar a atenção dos governantes para a importância de aumentar o número de viaturas, do número de policiais. A gente tem que provocar os nossos gestores. Por isso é importante elegermos candidatos que realmente tenham network grande com esses gestores para poder trazer recurso ao Sul Fluminense”, disse, afirmando ter bom relacionamento com o ex-prefeito Eduardo Paes, com quem já trabalhou; e com o deputado federal Júlio Lopes (PP) e a também a parlamentar Laura Carneiro.
‘QUERO SER UM LÍDER NA REGIÃO’
Com uma experiência que vai desde a da administração regional de Copacabana de 2007 a 2013 (conhecido popularmente como prefeitinho de Copacabana) até o trabalho como assessor especial da vice-governadoria, passando por gestões no Detran-RJ e também na prefeitura de Resende como secretário, Gattás se disse pronto para o desafio para ser deputado estadual.
“A gente tem que ganhar as pessoas pelo trabalho e pela credibilidade, não tem que haver imperialismo. Um imperador impõe as pessoas a seguirem ele, um líder as pessoas acompanham porque querem. E eu quero ser um líder no Sul Fluminense”, finalizou.
2 Comentários
Vereador em 2016 no rj com 5 mil votos. Que mentira cabeluda desse jornaleco.
o cara levou ferro nas eleiçoes pra vereadlr do rj e ta aí tirando onda …ahhhhh acorda amiguinho..
Júlio Lopes é o da Lava-Jato? Claro que é, né? Veio pra saquear a cidade.. a começar pelo aeroporto. Quadrilha formada.