Projeto ‘Viva a Melhor Idade’ ajuda no resgate da autoestima e socialização de idosos

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VOLTA REDONDA

“Participar do grupo de convivência me abre muitas portas. Sofria de depressão. Este ano tive duas perdas; que foi meu sobrinho e minha prima, e o grupo me ajuda muito. São pessoas que estão comigo a vida inteira; são do bairro, da igreja. Volto da viagem renovada. O lugar é lindo. A gente acaba conhecendo novas pessoas e os amigos que estão ali, dão uma força a mais para a gente viver”. O relato é de Georgete Guimarães da Silva, de 70 anos, moradora do bairro Eucaliptal e integrante do grupo de convivência “A Vida é Bela”, da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac), resumindo o projeto “Viva a Melhor Idade”.
Com mais um grupo embarcando nesta segunda-feira, dia 8, o projeto já oportunizou que mais de 1,6 mil idosos de Volta Redonda viajassem para o Hotel Le Canton, em Teresópolis, na região Serrana do Rio, este ano.
Georgete chegou de um dos passeios na tarde da última terça-feira, dia 2, junto com outras mais de 400 pessoas, entre elas a Neide Garcia e Silva, de 80 anos, integrante do grupo de convivência “Luz do Sol”. Durante a viagem, a moradora da Vila Santa Cecília também tinha motivos para comemorar. “Peguei Covid-19. Por causa de uma reação alérgica ao medicamento fui parar no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) de um hospital particular da cidade. Fiquei oito dias entubada e hoje estou aqui, celebrando a vida. Ao todo, foram 21 dias internada. Saí, fiquei sem andar um pouco, mas estou bem, sem sequela nenhuma, graças a Deus. Nem os médicos acreditam. O melhor é poder desfrutar desta viagem com os amigos, é estar em grupo, depois ter história para contar. Lembrar das bobeiras, piadas, ter muito assunto quando a gente se reúne”, disse ela, aos risos.
BOM ASTRAL
E o bom astral é praticamente regra nos ônibus que vão e voltam de Teresópolis. É o que garante a secretária municipal de Ação Comunitária, Carla Duarte. “O retorno desta viagem significa tudo para estas pessoas que fazem parte dos nossos grupos de convivência. Isso reflete no corpo, na mente e até no convívio com outras pessoas. É possível ver os resultados imediatos. Voltar com essas viagens é celebrar o retorno da vida”, disse Carla.
A diretora do Departamento de Proteção Básica (DPB) da Smac, Rosane Marques, a Branca, reforça que é uma forma de resgatar a autoestima dessas pessoas e promover a socialização entre as famílias e garantir a qualidade de vida dos idosos. “Este momento é fundamental para eles. Tem pessoas que estão conosco há muitos anos e essa oportunidade, de viajar, atrai novos idosos e para nós isso é muito importante. É a partir disso que eles passam a conhecer e a realizar outras atividades promovidas no município, como os grupos de acompanhamento pela Saúde, a ginástica específica para o idoso através da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Smel). Na Assistência Social nós promovemos a qualidade de vida, o resgate social, a cidadania. Isso é valorizar o idoso e ajudá-lo a ter um envelhecimento mais saudável”, frisou Branca.
RECONHECIMENTO DA HISTÓRIA
Até o dia 21 de novembro, 7.800 idosos viajarão para Teresópolis. Eles são integrantes ativos dos projetos voltados à terceira idade no município, seja pela Smel ou pelos grupos de convivência da Smac. “Os idosos de Volta Redonda merecem esse reconhecimento, pois são um exemplo para o município, o projeto ‘Viva A Melhor Idade’ é uma forma de agradecê-los por tudo o que fizeram pela nossa cidade e por sempre acreditarem nela”, disse o prefeito Antonio Francisco Neto, frisando que a volta de projetos como esse fazem parte da reconstrução de Volta Redonda.

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