RESENDE
Além de não ter mais chances de classificação para a fase principal do Campeonato Carioca, o Resende pode ser penalizado pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) pelos tumultos provocados no final da partida contra o Goytacaz pela Seletiva, onde foi derrotado por 2 a 1. O juiz da partida Elton Azevedo, relatou na súmula uma série de problemas ocorridos dentro de campo e até uma tentativa de agressão, segundo descreve no documento, por parte dos atletas e comissão técnica do Gigante do Vale.
Na súmula, Elton Azevedo descreveu uma invasão de campo que aconteceu após o apito final e que sacramentou a derrota alvinegra, quando jogadores e comissão técnica do Resende cercaram a equipe de arbitragem. No documento, o arbitro informou que o supervisor de futebol do Resende, Leandro Lugão, também entrou no gramado ainda durante o jogo, quando o goleiro Arthur foi expulso. Outro fato relatado diz que o delegado da partida, Luiz de Oliveira Nery Filho, quase foi agredido por jogadores do Resende, que no entanto, não foram identificados. Segundo a súmula, eles teriam dado um tapa em um celular que filmava a confusão. Além do goleiro Arthur, que levou o segundo cartão amarelo aos 43 minutos do segundo tempo, Elton Azevedo expulsou também o zagueiro Marcelo por ter lhe dirigido xingamentos.
Mas o Goytacaz também pode sofrer sanções da Ferj, já que na súmula também foi relatado que membros da comissão técnica e da diretoria do Goytacaz entraram no gramado durante a confusão que aconteceu depois da partida. Além disso, torcedores da equipe mandante da partida atiraram latas de cerveja no campo e que um desses objetos teria atingido o árbitro adicional Gabriel Seraine.
O fato é que com o tumulto a polícia militar teve que entrar em campo para proteger o trio de arbitragem e acalmar os ânimos. O Gigante do Vale agora terá que disputar a partir do dia 20, um torneio juntamente com as outras equipes que forem eliminadas na Seletiva, denominado Grupo X. As duas últimas colocadas nesse torneio serão rebaixadas para Série B. Uma das penalizações que o Resende pode sofrer seria o impedimento de jogar suas partidas desse torneio no Estádio do Trabalhador.
Supervisor não crê em prejuízo ao Resende
Citado na súmula, o supervisor de Futebol do Resende, Leandro Lugão, confirmou que invadiu o campo no momento da expulsão do goleiro alvinegro mas acredita que o clube não corre este risco de ficar sem seu estádio na disputa do Grupo X. “O fato de eu ter invadido o campo não acarreta em perda de mando do Resende. Ao Goytacaz sim, já que a partida foi no campo deles e o juiz relatou que a torcida lançou latas de cerveja no campo. O que pode acontecer comigo é ficar proibido de ficar no banco de reservas durante alguns jogos. Quanto a tentativa de agressão, ele não identificou na súmula os possíveis agressores”, afirmou o supervisor.