VOLTA REDONDA
Os prefeitos de Volta Redonda, Antonio Francisco Neto; de Barra Mansa, Rodrigo Drable; de Pinheiral, Ednardo Barbosa; se reuniram na tarde desta segunda-feira, 15, com representante do Ministério Público o promotor Leonardo Kataoka, na prefeitura da Cidade do Aço. A intenção é que esses municípios fiquem na mesma linha no combate à Covid-19, com seus decretos unificados. Além disso, haverá modificação nos horários de abertura do comércio de Barra Mansa e em Volta Redonda pode acontecer, visando diminuir o número de pessoas dentro dos ônibus em horários considerados de pico. Em Pinheiral não haverá mudança no horário. Nos três municípios será adotada a tolerância zero para estabelecimentos que desrespeitarem os decretos. As aulas presenciais ainda estão mantidas.
Em Volta Redonda, o prefeito Neto vai conversar com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) para saber o que a entidade acha e como pode ser feito. Em Barra Mansa, o prefeito Rodrigo Drable informou que o comércio abrirá às 10h30min e fechará às 19h30min. “Antes das 10h30min não há grande fluxo no comércio então não faz sentido abrir mais cedo e vai fechar mais tarde, alternando o horário para permitir que o fluxo de pessoas seja menor em períodos onde outros trabalhadores estão”, disse.
Nas três cidades, bares, restaurantes e lanchonetes deverão fechar às 22 horas com tolerância de 1 hora. Na prática, após às 23 horas, esses locais serão multados e interditados se pessoas ainda estiverem dentro deles e as portas levantadas. A capacidade máxima será de 50% de ocupação. Será permitida música ao vivo, sem pista de dança, para os estabelecimentos que já possuem permissão para este tipo de atividade. Em todos os locais as medidas de prevenção à Covid-19 deverão ser tomadas.
As cidades mantiveram o funcionamento de igrejas e de templos religiosos com 50% de ocupação respeitando as regras de distanciamento. Já as academias de ginástica poderão funcionar com 30% de ocupação, respeitando as mesmas regras de distanciamento social e higienização.
Casas de festas e congêneres, em estabelecimentos particulares ou alugados, poderão funcionar com a ocupação máxima de 30% de sua capacidade, sendo obrigatória a exigência de máscaras para permanência nos referidos espaços e horário de funcionamento até às 22 horas.
TOLERÂNCIA ZERO
O prefeito Rodrigo Drable ainda chamou atenção de todos para a responsabilidade, pois o nível de ocupação de leito está aumentando. “Não quero fechar o comércio, proibir música ao vivo, fechar o bar, lockdown, mas por outro lado, se as pessoas não mudarem o comportamento isso vai acontecer independente da minha vontade”, destacou Drable, frisando que a fiscalização será forte em bares, restaurantes e lanchonete.
O prefeito de Volta Redonda, Neto, foi questionado pelo A VOZ DA CIDADE se os números nas cidades aumentassem se poderia haver novo lockdown. Ele disse que estão vivendo o dia a dia. “Entendemos hoje que não. E, por isso mesmo vamos fazer uma campanha entre os três municípios para conscientizar as pessoas ainda mais, caminhando para juntos mantermos os números sob controle”, contou, frisando que se os números não diminuírem novas medidas poderão ser tomadas.
Segundo o prefeito de Pinheiral, Ednardo Barbosa, os estabelecimentos que não estiverem colaborando, o tempo de conversa acabou. “Agora não terá mais notificação, iremos para multa e fechamento”, avisou o prefeito, frisando que terá a ajuda da Polícia Militar.
A reunião foi devido a preocupação com a questão da ocupação dos leitos do Hospital Regional, que ultrapassou 90% nos leitos de UTI, de pessoas oriundas de outra região do Estado. O prefeito também destacou que o encontro visou que as medidas nas três cidades sejam uniformes. Ednardo ainda destacou que as aulas presenciais, para quem assim optar, voltarão no dia 22. “A falta das aulas presenciais têm trazido diversos transtornos aos alunos principalmente na faixa etária inicial. Vamos retornar com toda segurança”, destacou, frisando que conseguiram manter o comércio fechado e solicitará ampla fiscalização nos ônibus intermunicipais.
Para o promotor do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPRJ), Leonardo Kataoka, o diálogo com as prefeituras e ações que possam amenizar o avanço do vírus na região é de extrema importância nesse momento.
