BARRA MANSA
De acordo com uma pesquisa feito pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), o ano começou com menos cariocas endividados. De acordo com a sondagem, que desconsidera despesas regulares como contas mensais, 31,9% iniciaram o ano com dívidas, contra 54,9% do ano passado.
A sondagem mostra ainda que, dos que têm despesas extras, 57,7% vão pagar o IPTU parcelado, contra 35,9% que pretendem quitar o imposto à vista. Em 2024, 45,4% disseram que parcelariam o imposto. O mesmo ocorre com o IPVA, já que 53,8% vão pagar parcelado, contra 42% que pretendem pagá-lo integralmente. No ano passado, 49,3% afirmaram que parcelariam o imposto.
Em relação à matrícula escolar, 67,9% vão pagar à vista, enquanto 28,9% de forma parcelada. Em 2024, 48,6% disseram que iam pagar a matrícula escolar sem parcelar. Pagar o material escolar sem parcelamento está nos planos de 55,5%, contra 37,3% que vão optar pelas parcelas.
De acordo com a economista Sônia Vilela, os consumidores brasileiros estão mais conscientes na hora de fazer as compras. Entre os destaques, estão a escolha de produtos sustentáveis e lojas online, além da priorização das necessidades básicas como alimentação, educação e saúde. “O consumo é uma atividade necessária e benéfica, mas deve ser feito com moderação e planejamento. O que tem acontecido é isso, fluminense e o brasileiro de forma geral, tem planejado e avaliado o impacto das suas compras não só no seu bolso, mas qualidade de vida das pessoas e no fim do ano tem se programado para o pagamento dos impostos, do material escolar e isso influencia positivamente, gerando menos ‘aperto’ para a família em geral”, avalia a profissional.
Mais dados
O endividamento das famílias brasileiras caiu em dezembro do ano passado e ficou em 76,7%, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Na comparação com o fim de 2023, a queda foi de 0,9 ponto percentual, quando o indicador havia ficado em 77,6%.
A redução do endividamento no fim do ano, momento em que sazonalmente ocorre aumento do indicador, com famílias recorrendo mais ao crédito, mostra a cautela do consumidor diante do cenário de aumento de juros, da inflação e do custo do crédito, afirma a CNC.