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Ano novo, dívida nova

Por Andre
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Depois de muita festa, alegria e esperanças renovadas, o ano começou. E o que começou também foram as propagandas de bancos e financeiras te oferecendo aquela ajudinha para pagar as contas no início do ano, com uma parcela que só começa daqui há três meses. É uma maravilha, só que não. Nem tudo são flores, é preciso estar muito atento porque esse período pode trazer complicações financeiras sérias e desencadear um processo de endividamento muito alto.
As festas de final de ano fazem dezembro ser um mês com mais gastos. É confraternização entre a família, outra no trabalho, junto com os amigos, etc. Sem contar também os presentes, já que a maioria das pessoas se importa e querem ser lembradas. O problema surge quando todos estes eventos consomem mais do que o rendimento do mês sem antes ter sido planejado, fazendo nascer uma pequena dívida que pode ser uma fatura do cartão de crédito que vai ficar difícil de ser paga integralmente em janeiro ou o limite do cheque especial tomado. Essas duas modalidades de crédito são as mais caras, e tem todo potencial de transformar uma pequena dívida em uma enorme bola de neve. Como se não bastasse entrar o ano com as economias mais apertadas, o primeiro bimestre também traz alguns compromissos financeiros que podem acentuar o tamanho desse problema, como o IPTU, IPVA, renovação de matrícula e material escolar.
A demanda cria a oportunidade que o mercado financeiro vai atuar, e é justamente no início do ano que a oferta de crédito fica muito mais agressiva, já que tanta gente busca um alívio para a renda que está pra lá de comprometida. De grandes bancos a pequenas financeiras, todos começam a anunciar condições mais facilitadas para desafogar as contas e é preciso fazer uma análise criteriosa pra saber se você deve ou não entrar nessa.
Prefira primeiro cortar todas as despesas possíveis para quitar as dívidas e passar por esse período. Reduza o valor gasto com lazer nestes primeiros meses, o que é supérfluo e até o que não é, mas pode ficar sem neste bimestre. Se mesmo assim sua renda não der conta de tudo e algo ficar de fora, antes de aceitar a oferta de crédito, procure a instituição que detém sua dívida para negociá-la o mais rápido possível para que os juros não tomem uma proporção que a transforme em algo impossível. Feito isso, é muito necessário que o período desse financiamento seja encarado com austeridade, para que novos compromissos financeiros não tomem o lugar que a condição facilitada de crédito proporcionou a sua renda.
O Ano Novo começa com um monte de oportunidade para fazer sua vida financeira mais saudável. Vamos sorrir mais e gastar menos para que possamos ter sempre o controle da nossa conta bancária sem perder o sono com a inadimplência. Feliz 2019!


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