VOLTA REDONDA
O vereador Carlinhos Santana (Solidariedade) usou sua rede social para repudiar a atitude do prefeito Samuca Silva (Sem Partido) em reduzir 10% dos salários dos funcionários por RPAs da prefeitura que ganham acima de R$ 1,6 mil. O parlamentar classificou como um absurdo a redução no salário de uma categoria que não tem 13º salário e que neste momento, mesmo que seja por dois meses conforme informou o governo municipal, já que é o mês que mais o trabalhador precisa de dinheiro.
Para Santana a medida é arbitrária e absurda. “Não tem explicação reduzir 10% do salário do trabalhador que está na ponta, atendendo a população em saúde. No mês que o trabalhador gasta mais seja para comprar um presentinho paro o seu filho, fazer uma ceia para reunir a família, é pego de surpresa com a redução de 10% do salário”, criticou o parlamentar, ressaltando que em janeiro chegam as contas do IPTU, IPVA e despesas com colégio e outras. Por isso o meu repúdio a esta atitude do senhor prefeito e farei um requerimento para me informar a folha de pagamento integral e qual o valor da folha com relação a receita da cidade”, completou o vereador.
PROFISSIONAIS DECEPCIONADOS
O comunicado da prefeitura, emitido na noite de quinta-feira-6, garantindo que a redução é necessária para manter os empregos e não tomar medidas mais duras não agradou os profissionais que se mostraram decepcionados. Médicos, enfermeiras e técnicas de enfermagem disseram que acreditavam que com a volta de Márcia Cury para Saúde, a gestão melhoria, porém a redução de salários pegou os funcionários da saúde de surpresa. A redução será nos meses de novembro e dezembro. Para os profissionais, a notícia foi absurda. “Estamos indignados com a atitude do prefeito, do secretário de Saúde. Nossa esperança era que a Márcia na gestão dos hospitais a situação ia mudar, mas está tudo na mesma”, desabafou um médico que preferiu não se identificar, lembrando que tal decisão ataca claramente a classe trabalhadora que está aguardando o salário de novembro e contando com o mês de dezembro, que já está em curso.
Sob essas circunstâncias, de acordo com os profissionais insatisfeitos, o atendimento médico será restrito para pacientes em todas as unidades de saúde a partir do dia de hoje. “A classe médica pede desculpa a população e informa que está disposta a conversar com a prefeitura, porém somos trabalhadores e exigimos nossos direitos frente a um salário cada vez mais defasado e com recursos escassos disponibilizados por está gestão”, declarou outro profissional.
Vale lembrar que a partir do dia 19 deste mês, os hospitais passarão a ser geridos pela Organização de Saúde (OS) Mahatma Gandhi e ficou a cargo de Márcia Cury o processo de transição.
CRÉDITO INTEGRAL
Ontem, o prefeito Samuca Silva, em reunião com os secretários de Saúde, Alfredo Peixoto, de Administração Carlos Baia, de Comunicação Adriano Lizarelli e com o subsecretário de Saúde Fernando Samuquinha, informou que, considerando que os profissionais da Prefeitura de Volta Redonda, via RPA, trabalharam todo o mês de novembro e, mesmo com aviso em maio por decreto municipal, não foram alertados pelos responsáveis do corte de 10%, é justo que o crédito de seu pagamento neste mês, seja integral, sem redução. “O valor da diferença será creditado em folha suplementar ainda no mês de dezembro”, prometeu.
A princípio, segundo o prefeito, está mantido o aviso de ajuste de corte em 10% em dois meses, em dezembro e em janeiro. No entanto, conforme nota da prefeitura em janeiro mediante o comportamento da arrecadação, será reavaliada a permanência do corte.