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Audiência pública debate mortalidade materna no Estado

Por Carol Macedo
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ESTADO

Dados apresentados pelo coordenador estadual de Saúde das Mulher, Antônio Braga, apontaram que o número de óbitos de mães por 100 mil nascidos vivos foi de 66,0 em 2022. A Alerj realizou nessa semana, através da Comissão de Saúde, uma audiência pública. A Razão de Mortalidade Materna (RMM), um dos principais indicadores globais de saúde – mostra que o número de mortalidade materna no Estado do Rio ainda é considerado alto.

Embora tenha havido uma redução no indicador de mortalidade materna num comparativo aos anos de 2020 e 2021, Braga afirmou que o número ainda é bastante elevado – o relatório foi elaborado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Outro fato trazido pelo coordenador demonstrou que períodos de epidemia costumam agravar o quantitativo desse tipo de caso. Ele citou como exemplos a gripe suína (H1N1), em 2009; o vírus da zika, em 2017; e a Covid-19, em 2020/2021.

Setenta e cinco por cento das mortes está concentrado nas Regiões Metropolitanas I e II


As principais causas são hipertensão e eclampsia; hemorragias e abortos. Mulheres consideradas jovens e em situação de vulnerabilidade social estão na frente dessas estatísticas. E um dado alarmante. Noventa por cento dos casos eram evitáveis. “Se uma gravidez dura nove meses, é ideal que a mulher tenha os cuidados pré-concepcionais três meses antes de engravidar. É fundamental que a gente consiga articular com a Alerj o eixo estruturante que a SES pretende fazer para enfrentar este problema. Já melhoramos em relação ao período de pandemia, mas ainda há muito o que evoluir. A SES é responsável por levar a política de prevenção à mortalidade materna a unidades estaduais e também municipais”, disse o coordenador.

Presidente da Comissão de Saúde, o deputado Tande Vieira (PP) demonstrou otimismo em encontrar soluções efetivas para solucionar os problemas apresentados na audiência. “A gente vai se debruçar sobre as informações trazidas e pensar em algumas iniciativas legislativas que possam ajudar nesse trabalho, apresentado hoje pela SES. Um levantamento muito esclarecedor e que trouxe para a gente uma segurança de que há um planejamento coerente, realizável, e uma atenção que já está concentrada nos problemas identificados”, comentou.

Outro dado foi apresentado pela deputada Elika Takimoto (PT). Segundo ela, cerca de 60% das mortalidades desse gênero registradas no ano passado, na cidade do Rio de Janeiro, aconteceram em hospitais públicos.

A superintendente de Atenção Primária à Saúde, Halene Cristina Dias, disse que a SES tem buscado zerar o número de mortalidade materna e afirmou que está sendo elaborado o Pacto Estadual de Violência Contra a Mulher, além de parcerias para combater a tuberculose, também apontada como causa de óbitos.

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