BRASÍLIA
A revista Environment International publicou um estudo divulgando uma recém-descoberta: viver próximo à natureza adia a menopausa em até 16 meses. Os pesquisadores descobriram que mulheres que vivem em áreas rurais ou com maior quantidade de espaços verdes tendem a entrar na menopausa até 16 meses depois da idade média – que é de 50 anos.
O motivo para esse fenômeno é simples: residir no campo reduz os níveis cortisol, conhecido como hormônio do stress. Este é o primeiro estudo a analisar a relação entre espaços verdes e menopausa.
A equipe verificou que taxas mais altas de cortisol podem interferir nos níveis de estradiol, hormônio sexual feminino. A queda nos níveis de estradiol é um dos sinais que indicam a proximidade da menopausa.
O estudo
A pesquisa teve início em 1990 e acompanhou durante 20 anos 1.955 mulheres de oito países europeus (Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Reino Unido, Suécia, Estônia, Islândia e Noruega). As participantes foram avaliados duas vezes durante o período de acompanhamento: entre 1999 e 2011 e depois entre 2010 e 2013.
Ao final do estudo, os cientistas verificaram que mulheres que residiam até 300 metros de grandes áreas verdes atingiam a menopausa, em média, aos 51,7 anos de idade, enquanto aquelas que moravam em áreas urbanas passavam pela transição aos 50,3 anos.
Fatores prejudiciais
Além do stress, outros fatores podem tornar as mulheres mais propensas a terem menopausa mais cedo. Estudo canadense, por exemplo, apontou que trabalhar em períodos noturnos causa padrões irregulares no sono – o que nas mulheres pode reduzir os níveis de estrogênio (estradiol) e interromper a função dos ovários.