VOLTA REDONDA
O Dia Nacional da Empregada Doméstica, celebrado no dia 27 de abril, foi lembrado por várias trabalhadoras do ramo, em Volta Redonda. Uma delas, Cristiane Freitas de Oliveira Barros que há cerca de dez anos está na profissão. Ela fez questão de destacar o orgulho de comemorar, lembrando que, apesar de ser uma data de celebração de algumas conquistas, a categoria tem ainda uma série de reivindicações.
Outra que falou sobre a data foi a Izanete da Silva. “Ainda trabalho como doméstica e já trabalhei também como babá, cuidadora e acompanhante. É uma função muito bonita”, destacou Izanete, lembrando que assim aprendeu com a sua mãe, mulher do lar. “Viva o nosso dia e abençoadas sejam todas as trabalhadoras e os trabalhadores domésticos”, comentou Izanete.
Luci Moura também relatou sua gratidão de ter feito parte do grupo das domésticas. “Sou muito grata pela boa lembrança. Tenho orgulho de ter sido uma trabalhadora doméstica, pois foi nela que cheguei até aqui”, declarou, lembrando que o caminho não foi fácil, mas com garra e fé, graças ao Pré-Vestibular Cidadaão, hoje é uma universitária.
A presidente Sindicato dos Empregados Domésticos do Sul Fluminense (Sindoméstica), com sede em Volta Redonda, Jorgina dos Santos, é outra que agradece a lembrança da data. Segundo ela, a categoria, historicamente marginalizada nas relações trabalhistas, teve conquistas fundamentais como a promulgação, há 12 anos, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Domésticas (72/2013), assim como os dez anos da Lei Complementar 150/2015, que regulamentou seus direitos, mas ainda sofre. “Agradeço pela data. A nossa jornada carrega muitos desafios, precisamos de apoios”, disse Jorgina, lembrando que a trabalhadora da área que precisar de ajuda é só procurá-la na subsede do sindicato, na Rua Quinze, 5, no bairro Conforto. O telefone para contato é o (24) 3348-4955. No local acontecem as homologações todas as quartas-feiras.
EX-DOMÉSTICO
Quem também falou sobre a da função foi o ex-doméstico, em Volta Redonda, José Maria da Silva, o Zezinho do MEP. Disse que fez questão de homenagear as trabalhadoras domésticas. Disse que, em 1973, com 20 anos de idade, conseguiu um forte aprendizado de vida, ser empregado doméstico.
Segundo Zezinho, após ser demitido de uma empresa onde prestou seus serviços durante cinco anos. Logo em seguida, indicado, foi admitido pelo então empresário José Ferreira dos Santos, o ‘Zé do Aço’. “Bem acolhido pelas colegas de trabalho, localizado na Avenida Amaral Peixoto, aprendi e consegui concluir o curso técnico de química”, declarou Zezinho ao informar que ano seguinte ingressou na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no Centro de Pesquisas, já como químico.
Lembrou o ex-doméstico que, o dia 27 de abril, Dia de Santa Zita, que faleceu em 27 de abril. Nascida na cidade de Lucca, na Itália, Zita começou a trabalhar como empregada doméstica aos 12 anos de idade, prestando serviços a uma família local. Zita era conhecida por sua generosidade com os empobrecidos. Após sua morte, o Papa Pio XII a proclamou ‘Santa das Empregadas Domésticas’.
Trabalhadoras enaltecem a profissão de doméstica
Dia da Empregada Doméstica é lembrado em Volta Redonda

A presidente do Sindicato das domésticas diz que muitos trabalhadores têm carteira assinada, mas não recebem os direitos devidos - Arquivo