VOLTA REDONDA
Uma das mais populares áreas de lazer de Volta Redonda, o Zoológico Municipal (Zoo-VR) preparou uma programação especial para o mês de janeiro, em que a criançada está de férias. O projeto “Férias no Zoo” tem início na próxima terça-feira, 9, e vai até 31 de janeiro, com diversas atividades gratuitas na parte da manhã, 9h30min às 11h30min e à tarde, 13h30min às 15h30min. E não precisa fazer inscrição, basta chegar no parquinho do zoológico, onde os recreadores realizarão as atividades, destinadas às crianças entre três e 13 anos.
Com o tema “Viva as Férias”, com tudo o que a criançada gosta de fazer no período, a primeira semana de atividades acontecerá entre a terça-feira (9) e o próximo dia 12. A segunda semana, com o tema “Sou um Artista”, está agendada para o período entre 16 e 19 de janeiro, em que todos poderão mostrar seus talentos para a arte; em seguida, entre os dias 23 e 26, será a vez da “Aventura na Natureza”, em que serão vários exploradores da Natureza, com diversas atividades ao ar livre. A última semana terá atividades nos dias 30 e 31 de janeiro.
BRINCADEIRAS LÚDICAS
Durante as duas horas de cada período, manhã e tarde, os recreadores vão promover brincadeiras lúdicas utilizando materiais como bambolês, cordas e baldes, entre outros, além de oficinas que promovem interação social e desenvolvem criatividade estimulando a arte. Entre as atividades previstas estão, entre outras: recepção animada; brincadeiras lúdicas, temáticas; resgate de brincadeiras antigas; pé de lata; corrida do saco; amarelinha; pula corda; jogos coletivos; caça ao tesouro; brincadeiras molhadas; e diversos piques. “O público pode passar um dia agradável aqui no zoológico. Além das atividades lúdicas e de lazer durante as férias, o programa pode incluir um passeio para conhecer os animais, conferir as áreas verdes, e temos também uma grande área para piquenique e o trabalho de educação ambiental com os animais. Convidamos todos a passarem as férias de janeiro aqui no zoo”, concluiu o coordenador do Zoo-VR, o biólogo Jadiel Teixeira.
VOLTA REDONDA
A Subprefeitura do Retiro fecha o ano de 2021 com uma evolução na procura e na oferta dos serviços oferecidos à população de Volta Redonda. Um balanço referente ao período de janeiro a outubro deste ano aponta um crescimento de 52% no número de atendimentos realizados pela subprefeitura. A média de público atendido chegou a 7 mil registros entre os meses de setembro e novembro, enquanto a média de janeiro foi de 4,6 mil.
O coordenador da Subprefeitura do Retiro, Jorge Ricardo Silva,o Jorginho, explicou que alguns fatores influenciaram esse crescimento, como a retomada da economia, o Refis e o desconto de 50% no IPTU 2022 para aposentados e pensionistas. Acrescido a eles, o coordenador cita uma reestruturação feita na quantidade e na qualidade dos serviços oferecidos pela autarquia. “O atendimento já começa diferenciado quando o cidadão chega à recepção. Damos total apoio às pessoas que necessitam de acesso à internet. Muitas não sabem fazê-lo, ou não têm acesso, e por isso nos procuram. Temos uma equipe preparada para ajudar nesses casos”, garantiu Jorginho.
E quem utiliza os serviços da subprefeitura tem elogiado o atendimento prestado. É o caso do advogado e corretor de imóveis, Carlos Gomes do Carmo, de 28 anos, morador do Retiro. Segundo ele, dentre as melhorias identificadas neste ano está a melhor disposição do espaço no saguão onde são realizados os atendimentos. “Facilita muito termos um polo aqui no Retiro para conseguir fazer parcelamentos como do Refis, do Saae e outros serviços que ajudam a comunidade daqui e do entorno, como Vila Brasília, Belo Horizonte e Siderlândia. Sempre que venho à subprefeitura sou bem atendido, tanto pelas recepcionistas quando pelos atendentes”, acrescentou Carlos.
INFORMAÇÃO E GERAÇÃO DE EMPREGOS
A Subprefeitura do Retiro oferece diversos serviços realizados pela administração municipal e por outros órgãos e entidades. Em relação à prefeitura, Dívida Ativa, IPTU, Saae-VR, entre outros, são feitos uma média de 120 atendimentos por dia, tanto presencial quanto de formas remotas, como por telefone, e-mail e Whatsapp.
Entre os serviços mais procurados na autarquia, estão solicitações referentes à Carteira de Trabalho Digital; cadastro para vagas e empregos no Sine; agendamentos para o Seguro Desemprego (1.745 cadastramentos de janeiro a novembro); atendimentos para serviços e emissão de boletos do Saae/VR; auxílio para serviços digitais de diferentes órgãos públicos.
De acordo com o último relatório emitido pela subprefeitura, até novembro foram cadastradas 84 novas empresas no Sine, resultando em 787 vagas ofertadas e no encaminhamento de 2.361 pessoas para participar de processos seletivos. “Em junho, iniciamos uma parceria inédita. O auditório da subprefeitura foi cedido às empresas cadastradas para realizar seus processos seletivos. Nesse período, a procura foi grande, foram 148 eventos para seleção. E como a demanda tem crescido, estamos prevendo ampliar a equipe e dobrar a capacidade de atendimento”, disse Jorginho.
A equipe do Sine também atua com cadastro de vagas, empregadores e trabalhadores; orientação para abertura de Carteira de Trabalho Digital e para uso do aplicativo Sine Fácil, além de auxiliar com demandas referentes ao Ministério do Trabalho; permissão às empresas cadastradas para acesso ao Proger (Programa de Geração de Renda), do Governo Federal, que oferece linhas de crédito.
NOVOS SERVIÇOS PREVISTOS PARA 2022
O coordenador da subprefeitura conta que os serviços serão ampliados em 2022. Segundo ele, um convênio já firmado com o INSS vai permitir o atendimento na subprefeitura a solicitações de serviços do instituto, como a prova de vida, em casos excepcionais. E também está previsto um convênio com a Setrab (Secretaria de Estado de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro), para a subprefeitura sediar a Casa do Trabalhador. “Nossos funcionários já foram qualificados e passarão por atualizações para atuar no atendimento referente a serviços do INSS. Todo esse trabalho de qualificação do atendimento vem atraindo cada vez mais as pessoas para a subprefeitura. A facilidade no acesso aos serviços é um diferencial e vamos continuar trabalhando para melhorar cada vez mais nosso atendimento à população de Volta Redonda”, concluiu Jorginho.
Abaixo-assinado para renovação do Mural do Metalúrgico é criado em Volta Redonda com apoio da classe política
VOLTA REDONDA
Moradores do município estão participando de um abaixo-assinado pela pintura e renovação do Mural do Metalúrgico, originalmente localizado em um prédio particular do bairro Aterrado. A obra da artista Dilma de Carvalho, que esteve presente na paisagem do município durante dez anos foi apagada.
A idéia do abaixo-assinado começou quando o designer e ilustrador, Victor Antônio, usou suas redes sociais para divulgar como a sua amostra da obra ficaria na parede do edifício, no mesmo local da pintura original. A postagem teve um retorno inesperado de moradores, que também lamentavam o sumiço do mural.
MOVIMENTO NATURAL
Victor declarou que o movimento foi natural e, espontaneamente, foram surgindo pessoas apoiando a idéia. Lembrou também que os ativistas do grupo VR Abandonada, entraram em contato com o artista para dar apoio. “O abaixo- assinado surgiu, espontaneamente, a partir de uma publicação minha no meu Instagram. Pessoas começaram a compartilhar e o pessoal do Movimento-VR Abandonada, que é um grupo de ativistas, começou a me mandar mensagem para organizar o abaixo-assinado e chamar mais gente para unir a esta causa. Tivemos mais respostas positivas”, declarou o artista, ressaltando que o secretário Municipal de Cultura de Volta Redonda, Anderson está apoiando a causa. “A mobilização popular é elementar”, completou Victor.
O artista disse ainda que a pintura cinza feita por cima da obra fez com que ele provocasse a lembrança na rede social. “Quando eu vi que pintaram de cinza por cima da arte, eu tive que trazer de volta essa lembrança”, frisou Victor, lembrando a razão desta movimentação para a renovação da obra, da importância para a história da cidade e o simbolismo da mesma. “A importância é resgatar o que já teve e que pertenceu há muito tempo na paisagem cotidiana da cidade”, completou.
ACABAR COM PARTE DA MEMÓRIA COLETIVA
Ainda de acordo com Victor, apagar a obra é acabar com uma parte da memória coletiva da população de Volta Redonda. “Às vezes a gente passa e olha pro lado onde se via aquela imagem e não vê nada agora. A arte não tem apenas o potencial de encantamento ou apreciação, mas fazer parte da paisagem e contar uma parte da história da cidade e a representatividade. A cidade foi moldada por metalúrgicos e é muito necessário voltar com esse mural”, frisou o artista.
A movimentação pelo apoio a iniciativa chegou ao ex-senador e atual vereador do Rio de Janeiro, Lindbergh Farias (PT), que gravou um vídeo de apoio à renovação do Mural do Metalúrgico. “Estou apoiando esta causa em Volta Redonda devido a importância, a resistência dos trabalhadores, que faz parte da história do município. A artista Dilma Carvalho fez esta pintura, que foi apagada após dez anos e, agora também o artista Victor Antonio, que fez essa releitura da obra, junto com movimentos sociais está tentando recolocar essa imagem na paisagem da cidade. Tem todo meu apoio porque é um pedaço da história da cidade e mais que isso, é arte e cultura”, comentou Lindbergh Farias.
Integrantes do Movimento VR Abandonada também falaram da importância da obra para cidade
Para os integrantes do Movimento VR Abandonada, o Mural do Metalúrgico, apesar de ter ficado estampado por apenas dez anos, se tornou um símbolo para a cidade. “Inclusive sendo utilizado em forma estilizada como nossa primeira foto de perfil. Assim que vimos o trabalho feito pelo Victor, decidimos que seria algo que valeria a pena apoiar e bem possível de ser realizado, principalmente pelo grande apoio gerado nas redes”, disse Alexandre Fonseca.
Fonseca ressaltou ainda que assim que soube da iniciativa do artista Victor, o Movimento foi logo atrás dele e propôs de realizar o abaixo-assinado assim como disponibilizou as redes sociais para fazer a divulgação e levantar esse debate na cidade. “Hoje, para isso sair do papel, precisamos principalmente da autorização do síndico do prédio, pois é um prédio privado. Após isso, devemos buscar o apoio da prefeitura ou mesmo de uma organização popular em forma de vaquinha para bancar a pintura”, contou.
Vale ressaltar que em poucos dias os responsáveis pela ação já contam com quase 1200 assinaturas, demonstrando, segundo eles, o grande interesse popular na realização desse trabalho, que propõe resgatar o mural que já existia e trazendo uma renovação, mas que acima de tudo a figura do metalúrgico volte para o centro da cidade.
Caso seja aprovado, a ideia do projeto é reunir diversos artistas, incluindo Victor, para a pintura do mural que usa de cores diferentes para trazer um significado simbólico. “Uma das poéticas que carrega essa pintura é a parte cromática, que é diferente da original. Ela vem com azul, com roxo e com rosa. Com isso a gente tenta trazer uma lembrança de que aquela pintura original foi abandonada, não teve manutenção, não teve cuidado e posteriormente foi pintada de cinza”, finalizou Alexandre Fonseca.
Lideranças estimam a participação de cerca de mil pessoas no ato público contra Bolsonaro, em Volta Redonda, neste sábado
VOLTA REDONDA
Segundo os organizadores, cerca de mil pessoas participaram, neste sábado, dia 19, do ato público “Fora Bolsonaro” em Volta Redonda. A concentração do manifesto aconteceu, pela manhã, em frente ao prédio da Universidade Federal Fluminense (UFF), no bairro Vila Santa Cecília. O movimento foi organizado por lideranças de partidos políticos como o PV, PCB e PSOL, como movimentos sindicais, estudantis e outros, contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seu vice, Hamilton Mourão (PRTB).
Usando máscaras, com faixas e cartazes nas mãos e dizendo palavras de ordens como “Trabalhador, presta atenção, Bolsonaro só liga pro patrão”, “Cloroquina não! A vacina que é a solução!”, “Fora genocida!” e outras, os manifestantes seguiram em caminhada pelas principais ruas dos bairros centrais da cidade. Passaram pela Rodoviária Francisco Torres, também na Vila Santa Cecília, pela Rua São João e Avenida Amaral Peixoto no Centro, e pelas Avenidas Lucas Evangelista e Paulo de Frontin, além da Rua Luiz Alves Pereira no Aterrado. Passaram pela Feira Livre no mesmo bairro e encerraram o ato logo depois.
Uma das organizadoras e participantes do ato, a presidente do Diretório Municipal do PT e ex-deputada federal, Cida Diogo, informou ao A VOZ DA CIDADE que nesse evento foram trabalhados três eixos, o Fora Bolsonaro, vacina para todos e greve geral. Disse que, com certeza, no horário em que o evento foi realizado alcançou o objetivo esperado, o de denunciar o descaso que o atual Governo Federal com a pandemia por causa do novo coronavírus (Covid-19). “Com o trajeto que fizemos, conseguimos falar com muita gente que estava no comércio da Vila, da Avenida Amaral Peixoto e Paulo de Frontin, como na Feira Livre do Aterrado”, destacou Cida Diogo, lembrando que outras cidades brasileiras e o Distrito Federal, como as capitais promoveram atos. “São mais de 500 mil mortos pela Covid e sabemos que milhares delas poderiam ter sido evitadas”, concluiu Cida.
Movimento coordenado pela Alerj quer adiamento do julgamento de distribuição dos royalties do petróleo e negociação do processo
ESTADO
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano, esteve ontem pela manhã na Rádio Tupi, onde participou do Programa da jornalista Isabele Benito. Ele falou sobre o julgamento dos Royalties e Participações Especiais do Estado do Rio de Janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF), que está programado para o dia 3 de dezembro deste ano, ação que questiona as novas regras sobre a distribuição dos royalties do petróleo entre os estados e municípios. Falou ainda sobre a mobilização política que está sendo realizada no Congresso para que a votação seja adiada e do movimento coordenado pela Alerj para o adiamento e a negociação do processo, que o parlamentar acredita ser catastrófico para o Estado e municípios, e do encontro que a Assembleia estará promovendo no próximo dia 19.
Disse o presidente que a arrecadação do Rio de janeiro começou a ser prejudicada a partir de 2010, quando a lei foi alterada e o Governo Federal passou a ser dono do petróleo. “Sendo dono, o governo não precisa pagar tributos, como imposto de renda”, lembrou Ceciliano. Na entrevista o parlamentar declarou ainda que a arrecadação dos royalties é importante para alguns serviços estaduais sejam realizados, como o pagamento dos servidores ativos e inativos, geração de novos empregos, além da própria economia.
MOBILIZAÇÃO
André Ceciliano declarou que a Alerj está nessa grande mobilização com forças políticas, econômica, estudantil e outras visando não só o adiamento da data do julgamento, mas principalmente a mudança da lei. Disse ainda o Ceciliano que, visando debater a realidade financeira do Estado, a Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional e do Pagamento dos Royalties do Petróleo para o Estado do Rio e seus Municípios, da Alerj vai solicitar audiência com o Ministro do STF, Dias Toffoli. O julgamento que determinará a constitucionalidade da Lei 12.734/12, Lei de Partilha, está previsto para acontecer no dia 20 de novembro no STF.
O presidente da Alerj destacou ainda na entrevista que a lei, aprovada em 2012 no Congresso, foi suspensa no ano seguinte pela Ministra Cármen Lúcia, do STF, que concedeu liminar a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) apresentada pelo Governo do Rio. Explicou que a queda de recebimento de royalties e participações especiais nos municípios e no estado será de 26% para 4%. Relatou também que o Rio de Janeiro se tornará um estado falido.
BUSCAR O ADIAMENTO DO JULGAMENTO
A idéia do movimento, conforme declarou a presidente da Frente, deputada Zeidan Lula (PT), na terça-feira, dia 15, no Plenário do Palácio Tiradentes, é buscar o adiamento desse julgamento. “Precisamos passar por cima das diferenças políticas. Não podemos perder nosso direito de soberania nacional”, disse a presidente da Frente, que foi instalada recentemente na Casa.
Da sessão solene participaram também o diretor jurídico da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Ricardo Maranhão, além dos deputados Luiz Paulo (PSDB) e Danniel Librelon (PRB).
A parlamentar lembrou que, caso a corte suprema ratifique as alterações na distribuição dos recursos previstas pela norma, o Rio de Janeiro deverá perder R$ 56 bilhões até 2023.
PERDA DE ROYALTIES
O prefeito de Campos dos Goytacazes e presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Rafael Diniz, falou sobre a perda de royalties de Campos nos últimos anos. “Já chegamos a receber R$ 1 bilhão e 300 milhões e em 2017 recebemos apenas R$ 470 milhões. isso já é uma queda absurda. Imagina se houver uma partilha?. Pode ser, de fato, a falência do estado”, ressaltou.
Outro que se diz preocupado com a situação é o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mauro Osório. Ele fez uma apresentação e mostrou dados sobre a crise financeira em todo o estado. Relatou que o Rio de Janeiro não recebe o ICMS do petróleo. “Na verdade, o estado do Rio não tem o petróleo, que é extraído em alto mar e 80% dos fornecedores estão fora do estado, e quem recebe o ICMS é o estado consumidor e não o produtor”, lembrou. Disse ainda o professor que quando é exportado, o estado também não recebe e quando se compra equipamentos para a produção tem o Regime Aduaneiro Especial de Exportação (Repetro ) e de Importação de Bens, que se destina às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e gás natural, e aí o estado só recebe 3%. “Ou seja, sobre o petróleo nós temos apenas os royalties”, completou.
Mauro ainda acrescentou que é necessária uma discussão aprofundada sobre reforma tributária antes do julgamento de distribuição dos royalties entre estados e municípios. “Não faz o menor sentido. Além do que sofremos uma crise estrutural, perdemos na arrecadação de ICMS; nossa receita é menor do que a de Minas Gerais. Não existe privilégio em relação aos royalties. Será um crime se essa distribuição for retirada”, concluiu o professor.
SUL FLUMINENSE
As atividades turísticas relacionadas ao carnaval deste ano deverão alcançar o maior o volume de receitas desde 2015, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em 2020, o principal evento do calendário turístico brasileiro deverá faturar cerca de R$ 8 bilhões, um aumento real de 1% em relação ao ano passado.
Segundo a CNC, a recuperação gradual da atividade econômica, combinada à inflação baixa, sugere um cenário positivo, com recuperação moderada dos serviços turísticos. “Nos meses que antecedem o carnaval, a taxa de câmbio teve uma desvalorização de 10% ante o mesmo período de 2019, estimulando, portanto, gastos com turismo no território nacional, em 2020”, avalia Fabio Bentes, economista da CNC responsável pela pesquisa, ressaltando que esses fatores devem favorecer um maior fluxo interno de turistas neste ano.
Os segmentos especializados em alimentação fora do domicílio, como bares e restaurantes (R$ 4,8 bilhões), as empresas de transporte de passageiros rodoviário, aéreo e de locação de veículos rodoviários (R$ 1,3 bilhão) e os serviços de hospedagem em hotéis e pousadas (R$ 861,3 milhões) responderão por mais de 88% de toda a receita gerada com a data. “Alimentação se destaca, nesse caso, pois é setor que mais gera movimento, de fato, durante os dias de carnaval, enquanto os serviços de transporte e hospedagem registram maior atividade nos meses que antecedem a data”, explica Bentes.
DESTINOS FLUMINENSES
O Rio de Janeiro é o cartão-postal do Brasil e no carnaval o apelo turístico fica mais evidente. O estado deve concentrar R$ 2,32 bilhões da movimentação financeira durante o carnaval. Neste contexto os atrativos fluminenses são inúmeros, desde a capital com praias e o desfile de escolas de samba no maior espetáculo da Terra, o interior tem potencial com praias, cachoeiras, fazendas históricas do Vale do Café, além das belezas naturais do Parque Nacional do Itatiaia e o clima ameno no alto da Serra das Mantiqueira.
Empresário do ramo de alimentos em Penedo, Wesley Dias, projeta lucro com o setor de alimentação e bebidas durante os dias de folia. “A região é tida como ponto de investimento de quem busca o contrário do carnaval: paz, beleza natural e tranquilidade longe de blocos e escolas de samba. Projeto crescimento de 10% nesse período”, comenta. Em Visconde de Mauá, a empresária Amanda Batista espera alta com hospedagem e visitação dos roteiros na região. “O carnaval movimenta o turismo na nossa região com famílias que buscam local para descansar, até acampar. Somos referência pelos destinos com muita natureza e paz. Preparamos ofertas especiais e acredito que ocorra impacto de 5% a 10% no faturamento de fevereiro”, comenta.
Outra localidade bastante explorada pelos turistas no interior fluminense é a região da Costa Verde, com Angra dos Reis e a cidade de Paraty com destaque para o centro histórico e a Vila de Trindade. “Somos otimistas e o clima tem colaborado bastante. Janeiro foi um período de muito sucesso com as férias, agora a aposta é no carnaval. Projeto taxa de ocupação entre 90% e 100%, sem falar nos turistas que passam o dia nas praias e locais turísticos, retornando pra casa. Há programação tanto para quem busca o descanso, lazer, como também deseja brincar a folia com blocos”, opina o empresário Bruno Schulmann.
Na sequência de estados de maior movimento da economia no carnaval após o Rio, aparecem São Paulo (R$ 1,95 bilhão), Bahia (R$ 1,13 bilhão), Minas Gerais (R$ 748,9 milhões), Pernambuco (R$ 457,8 milhões) e Ceará (R$ 362,2 milhões). Segundo a CNC, em termos relativos, a maior taxa de crescimento real de receitas deverá ocorrer em São Paulo (5,4%) e Pernambuco (3,2%). Em contrapartida, o Ceará deverá ser o único a registrar queda (-2,9%).
TEMPORÁRIOS NO CARNAVAL
Assim como no período de vendas no comércio, o ápice de férias e folga no calendário nacional deve gerar contratações de trabalhadores temporários. Porém, o principal setor será o turismo. Moradora de Maringá, localidade de Itatiaia, situada na região turística de Visconde de Mauá, o desempregado João Cláudio Menezes espera uma chance no comércio durante a alta temporada. “Busco uma oportunidade mesmo na indústria, mas morando nesta região o foco é o turismo e a alta temporada de férias e carnaval atrai muitos visitantes. Já distribui currículos e acredito que nesta semana algo possa surgir nem que seja como auxiliar de serviços gerais em pousadas, comércio, enfim”, argumenta.
De acordo com a CNC, o carnaval deve provocar a contratação de 25,4 mil trabalhadores temporários entre janeiro e fevereiro deste ano – 2,8% a mais do que no carnaval de 2019 (24,7 mil). Com aproximadamente 18,2 mil vagas oferecidas, o segmento de serviços de alimentação deverá proporcionar 71% das oportunidades de emprego.
As dez profissões mais demandadas nos serviços turísticos devem responder por 63% das vagas oferecidas, com destaque para as profissões tradicionalmente ligadas aos segmentos de alimentação fora do domicílio, transportes e hospedagem. O salário médio pago a esses profissionais (R$ 1.909,73) deverá ser 4,2% superior ao do ano passado, destacando-se as remunerações médias a serem recebidas pelos gerentes de Turismo (R$ 3.032,90) e pelos motoristas rodoviários (R$ 2.678,38).
VOLTA REDONDA
O Movimento ‘O Sindicato é Nosso’, está convocando os servidores públicos municipais para participarem, nesta terça-feira, dia 12, a partir das 17h30min, da assembleia a ser realizada na Câmara de Vereadores, no Aterrado. O grupo garante que, a participação de toda categoria é de extrema importância para juntos decidirem os rumos do Sindicato dos Funcionários Públicos do Município (SFPMVR). Segundo informou a diretora regional do Sul Fluminense da Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos Estaduais e Municipais do Estado do Rio de Janeiro (FESSPERJ), Rejane Couto Araújo, na assembleia desta terça-feira ficará definido se vai haver nova eleição solicitada na forma estatutária por um servidor membro do Movimento ‘O Sindicato é Nosso’. A diretora lembrou ainda que, para a realização da eleição depende apenas da aprovação da categoria nessa assembleia de logo mais.
Rejane informou que será colocada em discussão a seguinte ordem do dia: destituição de toda a diretoria, anulação de todos os atos do atual presidente e, principalmente, a anulação da alteração do Estatuto que ocorreu na assembleia festa em 1° de novembro de 2014 e por fim eleger uma junta governativa para gerir o sindicato e convocação de uma nova eleição no prazo de 120 dias. A diretora da FESSPERJ garante que, os servidores querem outra eleição. “E é possível que seja num prazo muito curto tipo em 120 dias, no máximo após a assembleia”, informou.
O MOVIMENTO
Indagada pelo A VOZ DA CIDADE sobre quando e porque surgiu o movimento ‘O Sindicato é Nosso’, Rejane explicou que surgiu da insatisfação de um grupo de servidores quando descobriu a fraude da assembleia montada em uma festa em comemoração ao Dia do Servidor Público, ocasião em que foi alterado o mandato da diretoria atual de 4 para 8 anos. Informou ainda que o movimento conta atualmente com a adesão da maioria dos servidores públicos. “Tivemos mais de 1.500 assinaturas de servidores sindicalizados no abaixo-assinado solicitando a assembleia desta terça feira”, contou.
Sobre o surgimento de um novo pré-candidato à presidência do SFPMVR, a diretora garantiu que o grupo vê com muita satisfação, pois além da disputa ser salutar, isso também é um indício de que os servidores querem mudança. “Esperamos que muitos outros candidatos venham e que muitas chapas sejam inscritas”, disse. Sobre a informação de que a atual presidência entende que a entidade funciona normalmente, Rejane contesta. “Acredito que ele não sabe o que diz, pois quem decide se haverá nova eleição é a categoria. O Sindicato não pertence ao presidente e sim a categoria”, declarou a diretora da FESSPERJ.
PRINCIPAIS METAS
As principais metas do movimento é destituir a atual diretoria, anular todos os atos do presidente de 2017 até o momento atual, convocar novas eleições democrática e transparente onde todos os servidores tenham oportunidade de participar e moralizar o sindicato que se encontra desacreditado pela categoria. “Informamos a quem interessar, que todos os procedimentos para a convocação desta assembleia foi feito como manda as regras do Estatuto da entidade sindical e, principalmente com muita transparência”, relatou Rejane.
Ainda de acordo com a diretora da FESSPERJ, no último dia 5, o servidor Ronaldo Rodrigues, pré-candidato a presidente do SFPMVR, foi procurado por ex- diretores do Sindicato com a proposta de se unirem ao movimento e se prontificaram a convidar o máximo de servidores para lotar a assembleia desta terça-feira na Câmara de Vereadores. “A participação de toda categoria é de extrema importância para que juntos possamos decidir os rumos do sindicato”, concluiu Rejane.
JUSTIÇA
Segundo o SFPMVR, a situação pode ser resolvida na Justiça. “Eles não têm amparo legal nenhum, a destituição depende de assegurar a ampla defesa e cumprir alguns requesitos estatutários que não foram cumpridos. A questão vai ser destitucionalizada. Na Justiça se resolve isso”, informa Aloízio Perez, representante jurídico do SFPMVR.
RESENDE
O ditado de que o brasileiro deixa tudo para a última hora prevaleceu novamente nesta sexta-feira, dia 12, com a venda de brinquedos para o Dia das Crianças. Em Resende, praticamente todas as lojas que comercializam brinquedos ou produtos infantis abriram suas portas ampliando as vendas acolhendo os consumidores atrasados. A estratégia rendeu um impulso extra nas vendas, que ao término deste final de semana prolongado, devem contabilizar elevação entre 3% e 5% nos lucros perante o mesmo período de 2017.
De acordo com a gerente Cintia Renata, responsável por uma loja situada na Avenida Alfredo Whately, em Campos Elíseos, a opção de abrir no Dia das Crianças atende pais e filhos ansiosos com a compra dos presentes. “Decidimos abrir nesta sexta-feira, durante o feriado, porque sabemos que muitos pais não tem tempo durante a semana pra comprar. Nosso movimento é satisfatório, os funcionários compreendem a importância de abrir vendo o grande movimento nas vendas. Hoje é o dia de vender ainda mais, atendendo aqueles que buscam o presente de última hora”, comenta a administradora que manteve a loja aberta até às 14 horas.
Acompanhando a filha Manuela Souza, 6 anos, o taxista Fernando Morais e a dona de casa Valdete Pereira, pesquisaram preços e optaram em comprar bonecas e brinquedos que remetem aos utensílios domésticos. “Ela adora brincar de casinha, fingir que esta fazendo comidinha. Essas coisas de menina. Gastamos R$ 60 e ainda vamos levar um presente pra priminha dela: uma boneca”, comenta a dona de casa, sob o olhar atento do pai, o controlador das compras. “Tem que levar o suficiente, porque se deixar a criança pede a loja toda e daí pesa no bolso”, comenta o taxista.
O gesto do casal foi ao encontro do que indicava a pesquisa da Boa Vista SCPC, que indicou que nas compras do Dia das Crianças 79% dos consumidores pretende comprar presentes pagando à vista. “Melhor pagar tudo à vista mesmo. Ainda mais brinquedos”, justifica Fernando.
No Calçadão da Avenida Albino de Almeida, na Avenida Sebastião José Rodrigues e na Rua Gulhot Rodrigues, assim como nos shoppings da cidade, o fluxo de clientes também foi grande na busca pelos brinquedos durante a manhã desta sexta-feira. “Percebo que a procura maior é pelos presentes para as meninas. A linha de bonecas L.O.L são sucesso e temos poucas sobrando. Acredito que por abrir hoje atendemos boa parte dos pais que podem comprar com atenção, calma. O movimento esta sendo bom, valeu a pena abrir hoje sim”, conta a gerente Amanda Dias, que auxiliou a indecisa Sophia a escolher seu presente. “Ela queria a L.O.L mas não sabia dizer o nome, perguntei pra gerente e logo ela trouxe e a Sophia pegou e não soltou mais o brinquedo. Acho fundamental incentivarmos essa data, presentear as crianças, sejam nosso filhos ou não. Falta alegria no mundo e ver uma criança feliz com seu presente ameniza”, diz a manicure Paola Santos, que reservou R$ 200 para gastar com a filha.
BARRA DO PIRAÍ
A crescente violência tem causado preocupação nos moradores do município, o último caso que chocou a população foi o assassinato Johanna Christina Cerqueira Jesus, de 19 anos. O suspeito do crime é o ex-namorado dela, que foi preso dias depois do crime. Sensível ao problema, a Diocese Barra do Piraí-Volta Redonda, por meio dos setores paroquiais da São Benedito, Santana e Santa Terezinha, realiza neste sábado, dia 14, às 9h30min, no Jardim da Praça Nilo Peçanha, no Centro, uma manifestação a favor da paz.
Segundo o coordenador do movimento, padre Juarez Sampaio, dados da capela mortuária de Barra do Piraí mostram o reflexo da violência na cidade. De 2016 até o momento foram 88 mortes violentas, sendo que 44 delas por arma de fogo, facada ou espancamento; feminicídio foram quatro; enquanto óbitos relacionados ao trânsito foram 34. Suicídio também entra no levantamento que aponta que seis pessoas tiraram a própria vida entre 2016 e 2018.
“A violência tem nos alarmado e vemos com preocupação o seu crescimento. Ao meu ver a violência ganhou força nesses últimos anos por vários fatores: congelamento dos investimentos nas áreas sociais por vinte anos – e ainda estamos no primeiro; tráfico de drogas, armas, aliados a um alto índice de desemprego e ausência de políticas públicas por parte do poder público que acolha de modo especial crianças, adolescentes e jovens”, destacou padre Juarez.
Durante a manifestação, o grupo identificará as vítimas da violência com cruzes de diferentes cores – vermelhas as mortes do trânsito, brancas aos homicídios, amarelas ao suicídio e rosas o feminicídio.