VOLTA REDONDA
Um pedido de reconsideração da liminar que afastou Hálison Vitorino (PP) da cadeira de vereador na terça-feira, dia 23, foi protocolado pelo procurador jurídico da Câmara de Vereadores de Volta Redonda, Alexandre Faria Thuler. O pedido, que ainda será analisado pela 4ª Vara Cível do município, foi feito na quinta-feira, dia 26.
Conforme justifica o Legislativo, o HSJB é uma autarquia municipal. Sendo assim, a nomeação de qualquer parlamentar no cargo de diretor de autarquia está dentro das normas previstas na Lei Orgânica Municipal (LOM) e também no Regimento interno da Casa Legislativa. Com isso, Hálison não teria cometido nenhuma irregularidade. No seu lugar tomou posse o suplente Guilherme Souza Policarpo, o Sipe (PP), responsável pela ação movida na Justiça sob alegação de que Hálison havia ocupado o cargo de diretor administrativo do Hospital São João Batista (HSJB), o que não é permitido pela LOM, por não ser compatível com a função de vereador.
PEDIDO IMPETRADO PELO PROCURADOR
Consta no pedido impetrado pelo procurador jurídico da Câmara que, “diante do exposto, a Câmara Municipal de Volta Redonda-RJ requer que a Vossa Excelência, em juízo de reconsideração, a revogação da medida liminar, com fundamento no art.296 do CPC/15, para determinar o imediato retorno do vereador afastado de seu mandato ao exercício de suas funções, até o julgamento da lide, considerando que seu afastamento é medida excessivamente gravosa ao Parlamento Local, e não urgente, no caso, principalmente diante da expressa autorização legal e regimental contidas nos art.45, II, “b”, in fine, da Lei Orgânica e art.88, II, “b”, in fine, do Regimento Interno desta Casa”.
Sipe foi empossado na tarde de terça-feira, dia 23, em cerimônia rápida pelo primeiro vice-presidente da Câmara de Vereadores de Volta Redonda, Edson Quinto (PL). A posse foi determinada pelo juiz da 4ª Vara Cível, Roberto Henrique dos Reis, depois do afastamento de Hálison Vitorino.
É importante lembrar que, em maio deste ano, Hálison se afastou do cargo para assumir a diretoria administrativa do HSJB. E mesmo retornando ao Legislativo, dias depois, no entendimento do juiz, Hálison teria cometido a irregularidade quando se licenciou.
SUL FLUMINENSE
Os trabalhadores dos Correios que aderiram à paralisação grevista entre os dias 10 e 17 não terão os dias descontados do pagamento. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) coibiu a posição da direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em descontar da categoria os dias de greve. O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect RJ) frisou que a legislação assegura que compete à Justiça do Trabalho decidir o conflito. Os ecetistas entraram em greve às 22 horas do dia 10, terminando a paralisação no dia 17, porém, mantêm o estado de greve aguardando uma decisão sobre o Acordo Coletivo de Trabalho, no dia 2 de outubro.
Segundo o Sintect, em defesa dos direitos dos trabalhadores, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (Findect), acionou a ECT juridicamente e o ministro do TST, Maurício Godinho, o mesmo que mediou o dissídio emitiu decisão à favor dos profissionais. “Defiro o pedido de liminar para determinar que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos deixe de efetuar o desconto salarial relativo aos sete dias de greve realizada, aguardando a decisão definitiva por esta Corte Superior, que resolverá todas as questões relacionadas à greve no julgamento do dissídio coletivo, já designado para o dia 2 de outubro, às 14h30min”, informa o despacho do ministro.
A Findect e o Sintect alegam que a ECT, no dia 13, fez chegar ao conhecimento de todos os trabalhadores que promoveria os descontos referentes aos dias de greve. Eles aduzem que a conduta é temerária, uma vez que, judicializado o conflito, cabe à Justiça decidir sobre as consequências jurídicas da paralisação. Também afirmam que a medida poderá trazer prejuízos irreparáveis tanto à Empresa quanto aos trabalhadores.
REUNIÃO DIA 2
As diretorias da Findect e Sintect definiram no dia 17 promover o retorno dos ecetistas às atividades, porém mantendo o estado de greve. A categoria aguarda o julgamento do dissídio solicitado pela ECT, marcado pelo TST para o dia 2 de outubro, e ainda a prorrogação do atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para a mesma data, mantendo todos os direitos em vigor.
Na região Sul Fluminense a adesão que da greve teve aproximadamente 70% de adesão e todos retornaram às atividades, no dia 18. A categoria reivindica reajuste salarial de 3,1% – a estatal ofereceu 0,8% – conforme recuperação do período de inflação dos últimos 12 meses, segundo dados do INPC – Índice Nacional de Preço ao Consumidor. E também protestam contra a proposta de revogação do ACT em clausulas como a que exclui o vale cultura, reduz o adicional de férias de 70% para 33% e a que amplia a mensalidade do convênio médico e que trata da coparticipação em tratamentos em saúde.
Em nota enviada a imprensa, a concessionária que administra a rodovia Presidente Dutra, informou que obteve liminar para impedir a interdição da rodovia. De acordo com a nota, a liminar foi concedida pela Juíza Federal Patrícia Cotrim Valério, titular da 1ª Vara Estadual de Santa Isabel, e é válida para toda a extensão da rodovia Presidente Dutra, em seus 402 quilômetros, nos trechos do Rio de Janeiro e de São Paulo
A NOTA
A CCR NovaDutra informa que, em virtude do anúncio de eventuais paralisações da rodovia Presidente Dutra pelos movimentos de caminhoneiros destinados a participar da “Manifestação dos Caminhoneiros” designada para o dia 21/05/2018, conseguiu liminar favorável à petição de Interdito Proibitório contra esses eventos.
A liminar, processo nº: 1001261-76.2018.8.26.0543, foi concedida nesta quinta-feira, 17 de maio, pela Juíza Patrícia Cotrim Valério, titular da 1ª Vara Estadual de Santa Isabel, São Paulo, e é válida para toda a extensão da rodovia Presidente Dutra, em seus 402 quilômetros, nos trechos do Rio de Janeiro e de São Paulo.
De acordo com a liminar, está proibido “o tráfego de pessoas ou estacionamento de veículos bem como, por Centrais Sindicais, Órgãos de Classe e Movimentos Sociais, estes últimos caso identificados por ocasião à participação de manifestação “Paralisação dos Caminhoneiros”, sob pena de multa no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), em caso de descumprimento. Foi determinado ainda o distanciamento mínimo de 500m de pessoas e veículos (participantes das manifestações) das praças de pedágio.”
A Juíza ainda solicita que “Para assegurar o cumprimento da decisão, oficie-se ao Comando da Polícia Rodoviária Federal e ao Comando da 2ª Região Militar do Exército Brasileiro para coadjuvar no cumprimento da medida.”
A CCR NovaDutra faz questão de ressaltar que respeita o direito democrático de manifestação dos cidadãos, mas não pode permitir que os direitos de ir e vir de seus usuários sejam prejudicados.
Cabe agora às forças policiais o cumprimento da determinação da Justiça.
RESENDE
O morador de Resende se acostumou a olhar para os céus aos finais de semana e registrar um colorido diferente. São dezenas de adeptos do paraquedismo que escolhem a cidade para a prática deste esporte. Porém, a atividade esportiva que a cada ano vem ganhando cada vez mais adeptos e movimenta a economia da cidade, principalmente nos setores de hotelaria e restaurantes, vem passando por momentos de incertezas.
Na semana passada, três salas do Aeroclube de Resende, cedidas as escolas de paraquedismo foram lacradas atendendo a uma determinação judicial de desapropriação do local em favor da Prefeitura de Resende.
O Aeroclube é o único do estado do Rio de Janeiro e além de aulas de paraquedismo, ministra curso de pilotagem para aviação comercial. A luta para se manter no local se estende desde 2013 quando a equipe de fiscalização da Prefeitura teria encontrado irregularidades na documentação de funcionamento das empresas que atuavam no aeroporto e lacrou as salas. Desde então, o Aeroclube e as escolas vem funcionando por meio de liminares.
Em 2015, a Prefeitura realizou uma licitação para que o espaço fosse explorado comercialmente. O Aeroclube chegou a concorrer, mas o processo foi vencido por outra empresa. Já em 2016, o Aeroclube recebeu uma nova ordem de desocupação que está sendo cumprido agora, e que culminou no fechamento de três das sete escolas de paraquedismo. “O que acontece é que as pessoas que trabalham aqui estão vivendo na incerteza, sem saber se terão trabalho amanhã”, explica Raony Milhomem, secretário geral do Aeroclube, frisando que o Aeroclube e as escolas de paraquedismo querem sentar para conversar com a Prefeitura para encontrar uma solução para o problema. Depois da ação da justiça que lacrou as salas, as escolas prejudicadas estão funcionando em um espaço adaptado no Aeroclube.
De acordo com Milhomem, a assessoria jurídica do Aeroclube recorreu da decisão em segunda instância. Como primeiro resultado, foi marcada para o dia 20 de março uma reunião de conciliação entre as partes. A expectativa é de que uma solução que satisfaça os dois lados seja acertada para por fim ao imbróglio.
PREJUÍZO ECONÔMICO
Raony Milhomem revela que em média o local recebe 300 pessoas por semana para pratica, principalmente, do paraquedismo. Isso movimenta uma importante cadeia econômica do município como hotéis, restaurantes e comercio em geral, que pode ser prejudicada com a atual situação.
Segundo o secretário do Aeroclube, o município já perde receita pelo fato das escolas de paraquedismos terem legalizado suas atividades no Rio de Janeiro. “Elas tiveram dificuldade de se legalizar junto a prefeitura. Com isso os impostos recolhidos que poderiam ficar no município vão para o Rio.
Com 77 anos de atividade o Aeroclube de Resende também é comumente utilizado para exercícios militares e competições. Em 2011, o espaço sediou as competições de paraquedismo dos Jogos Mundiais Militares.
PREFEITURA RESPONDE
A Prefeitura de Resende informou, por meio de nota, que reconhece a importância das atividades de paraquedismo, bem como a existência de um aeroclube na cidade. Lembra que no ano de 2015 foi realizada uma licitação, aberta à participação de toda e qualquer empresa capacitada para a operação de tais práticas, visando legalizar os serviços oferecidos e regularizar o compromisso dos exploradores do espaço com pagamentos de impostos à população e adequação às normas listadas pelos órgãos aeroviários.
Sobre a reintegração de posse ocorrida na semana passada, a Prefeitura esclarece que tudo se deu “em respeito às determinações do Tribunal de Justiça, que já julgou o caso em primeira e segunda instância”. O objetivo, segundo a administração municipal, é que a área mantenha sua vocação para as práticas esportivas, gerando e ampliando as oportunidades de emprego e receita ao município, acatando critérios de segurança e cumprimento das leis.