ANGRA DOS REIS
O 33° Batalhão de Polícia Militar (BPM) está comemorando um ano de ação da Patrulha Maria da Penha. Os trabalhos de fiscalização das Medidas Protetivas deferidas pelo Juiz competente das Comarcas dos três municípios da Costa Verde, assistidos pelo BPM, tiveram início no dia 16 de setembro de 2019. O serviço iniciou após curso de capacitação ministrado pela tenente coronel da Polícia Militar, Cláudia Moraes, da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos da Polícia Militar do Rio de Janeiro (Caes/PMERJ).
Segundo informou a cabo PM Monak, ao A VOZ DA CIDADE, durante o primeiro de atuação na Costa Verde, a Patrulha Maria da Penha realizou 1139 boletins de atendimentos, 751 fiscalizações de medidas protetivas, 107 assistências às mulheres, 281 boletins variados e nove prisões de agressores. Não só as vítimas devem denunciar, mas qualquer pessoa que presencie algum tipo de violência doméstica pelo telefone local da Patrulha Maria da Penha no (24) 99221 3173, ou no 180 e190 da Polícia Militar. “A violência contra a mulher também é problema seu”, chamada de divulgação da Patrulha Maria da Penha. Tem também o telefone (21) 989015662 para denunciar. O atendimento é feito de segunda-feira à sábado, das 8 às 18 horas.
POUCOS AGRESSORES RESPEITAVAM A DETERMINAÇÃO JUDICIAL
A policial lembrou ainda que, antes da criação da Patrulha Maria da Penha as Medidas Protetivas, que é o afastamento do agressor do convívio com a vítima por um determinado tempo e que é estipulado pelo juiz, poucos agressores respeitavam a determinação judicial. “Com as constantes visitas da Patrulha Maria da Penha, as reincidências de agressão a essas mulheres diminuíram consideravelmente, pois os agressores que não respeitam a determinação judicial de afastamento são presos por descumprimento de determinação judicial”, contou a policial.
Relatou ainda a policial que a criação da Patrulha Maria da Penha tem feito com que várias mulheres se sintam encorajadas e seguras para denunciar seus agressores, com as frequentes visitas realizadas pela patrulha e divulgação do trabalho realizado pelos patrulheiros. Lembrou ainda que a patrulha é coordenada pela Caes e cada BPM tem a sua. “Esse serviço está presente em cem por cento no estado, com 92 municípios, como aqui na Região da Costa Verde que conta com três cidades, Angra dos Reis, Mangaratiba e Paraty”, informou a policial.
EQUIPES DIVIDIDAS POR ÁREA
Disse Monak que na Cosa Verde, as equipes foram divididas por área, sendo duas duplas atuantes na patrulha, ela e o sargento PM Avelino em uma e a também cabo Renata e o sargento Cledinei em outra. “Cada uma das duplas observa a demanda do dia e procede para as fiscalizações. Não atendemos ocorrência, mas essas continuam sendo realizadas com a Polícia Militar. As medidas protetivas são enviadas pelas comarcas para o nosso telefone funcional, porém prestamos todas as orientações a mulher vítima que deseja denunciar e não sabe os procedimentos”, contou a policial, ressaltando que são feitos muitos atendimentos de estupro, entre eles de vulnerável.
Monak lembrou ainda que, neste período de pandemia por causa do novo coronavírus (Covid-19), os números de ocorrência de Violência Doméstica diminuíram devido à grande dificuldade de locomoção das vítimas até às delegacias. De acordo com a PM, foi notado que os relatos de Violência Doméstica aumentaram bastante durante a pandemia, até pela convivência maior entre as famílias.