“Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo até sete; até setenta vezes sete”(Mateus 18: 21-22).
Quando da criação dos nossos filhos uma das responsabilidades é estabelecermos limites para eles. Isto demonstra o cuidado e preocupações que temos e até mesmo por medo, quanto ao futuro deles. As vezes ao chegar a idade adulta tornam-se limitadas demais e precisam de estímulos para saírem do lugar.
-Temos alguns exemplos bíblicos que nos despertam a romper os limites.
* Um bom exemplo de determinação e progresso foi o do profeta Eliseu. Enquanto acompanhava Elias, ele foi aconselhado a ficar em algumas das cidades por onde passavam. Contudo, ele estava determinado a continuar seguindo seu mestre. Por causa da perseverança, testemunhou o arrebatamento de Elias e recebeu porção dobrada do Espírito (II Reis 2: 1-5).- Ficar no meio do caminho seria a forma de limitar suas experiências e seu ministério. Semelhantemente, os discípulos de Jesus Cristo perseveraram em seguir a Jesus, também testemunharam sua subida ao céu e receberam o Espírito Santo.
* Pensemos também na visão de Ezequiel (47:1-12), na qual o profeta foi conduzido ao rio que saia do templo. Não lhe seria suficiente contemplá-lo de longe ou permanecer às margens. Ele deveria entrar nas águas, deixar-se envolver e avançar dentro delas, alcançando profundidades cada vez maiores, até que precisasse nadar, por não ser possível prosseguir andando. Isto é ultrapassar os limites da razão e viver pela fé. É ir além das
situações confortáveis e previsíveis, mas sempre em obediência ao Senhor. Este é o desejo de Deus para nós. Precisamos ir mais longe nas nossas experiências com Ele.
– Jesus vivia rompendo limites. Lendo os evangelhos, percebemos que Jesus vivia rompendo limites. Ele foi além daquilo que dele se esperava, superando tradições religiosas e da lei mosaica. Cristo rompeu limites quando, aos 12 anos, discutiu com os doutores da lei (Lucas 2: 46).
– Como discípulos precisamos romper limites. – Não estamos falando de ultrapassar os limites éticos que regem as nossas vidas ( nem limite do cheque especial ou do cartão de crédito, nem limite de velocidade no trânsito), mas de romper limitações desnecessárias, verdadeiras barreiras que impedem o nosso crescimento.
* Quando Pedro perguntou se deveria perdoar seu irmão sete vezes, talvez pensando que seria grande virtude, Jesus disse que o perdão deveria ser concedido setenta vezes. Este texto nos conduz e uma reflexão que a matemática de Jesus é diferente da nossa. O resultado que ele propõe é muito maior. Pedro propôs um número apenas. O Mestre acrescentou mais para multiplicá-lo. O homem sem Jesus vai até o número sete. Com Jesus podemos ir, se quisermos aos 490 vezes e até mais. – O perdão traz comunhão, paz na alma e felicidade na família.
Se somos cristãos e discípulos de Jesus Cristo, precisamos acompanhá-lo, rompendo fronteiras e barreiras para levar a muitos a boa Palavra de Deus.
#Colunista: Reverendo Gerson Costa – Ministro Jubilado da Igreja Metodista Wesleyana- Pastor e cantor evangélico- Contato com esta coluna: [email protected]/