Produção industrial tem alta de 2,5% de janeiro a julho com destaque do setor automotivo

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SUL FLUMINENSE

A produção industrial nacional sofreu retração de -0,2% no comparativo entre os meses de junho e julho, segundo dados da estatística econômica divulgados nesta terça-feira, dia 4, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) analisando a produção industrial por grandes categorias econômicas (bens de capital, bens intermediários, bens de consumo e industrial geral). No comparativo com julho de 2017 houve crescimento de 4% e nos primeiros sete meses desse ano, de janeiro a julho, a produção industrial acumula alta de 2,5%.

Segundo o IBGE, a variação negativa entre os meses de junho e julho deste ano foram provocadas pelas taxas negativas de 10 dos 26 ramos pesquisados, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,5%) e produtos alimentícios (-1,7%). Por outro lado, no período dos sete primeiros meses houve crescimento e a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, com alta de 18,7% foi a atividade com a maior influência positiva. Segmento com destaque no Sul Fluminense pela presença de fábricas de automóveis, caminhões e ônibus e máquinas pesadas

O gerente da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, o economista André Luiz Macedo comenta os dados

Já entre os 16 ramos que ampliaram a produção em julho de 2018, os destaques constam equipamentos de transporte (16,7%) e produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,0%), em alta pelo quinto mês consecutivo, com ganho de 13,6% no período. “A produção industrial mostra uma variação negativa de 0,2%, na passagem de junho para julho, no dado já com o ajuste sazonal. Em termos de categorias econômicas, observa-se o maior número dessas mostrando queda na produção, com destaque especialmente para a perda de maior intensidade assinalada por bens de capital”, afirma o gerente da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, o economista André Luiz Macedo.

Mas, no índice acumulado de janeiro a julho de 2018, frente a igual período de 2017, a indústria cresceu 2,5%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas. A produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, com alta de 18,7% foi a atividade com a maior influência positiva. “No confronto do ano de 2018 quanto o ano de 2017, permanece um quadro de resultados positivos com o total da indústria avançando 4% no confronto contra julho do ano passado e 2,5% no acumulado dos sete primeiros meses do ano. Tendo sempre como destaque o comportamento positivo vindo de setores associados à produção de bens de consumo duráveis e bens de capital, que são os grupamentos que tem os avanços acima da média do setor industrial”, comenta Macedo.

FABRICANTES

Abordadas sobre a produção mensal, as principais indústrias do setor automotivo situadas no Sul Fluminense não revelam dados de sua produção mensal como estratégia de mercado. Entretanto, indicam como parâmetro os números oficiais da Agência Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que abrange todos os setores de veículos.

Linha de produção de veículos em Resende mantém o destaque regional no setor automotivo

Segundo a Anfavea, em julho passado foram 217,5 mil veículos licenciados no país, o que significa um crescimento de 7,7% frente as 202 mil unidades comercializadas em junho deste ano. Nos sete meses já transcorridos do ano, 1,38 milhão de unidades foram comercializadas, expansão de 14,9% comparado com as 1,20 milhão no ano passado. “O balanço até julho mostra números muito importantes para a indústria, pois vemos crescimento em todos os segmentos. Mesmo pelas paralisações dos transportadores no fim de maio, o setor automobilístico tem apresentado ao longo dos últimos meses dados que comprovam sua retomada, o que é muito positivo para toda economia brasileira”, comentou Antonio Megale, presidente da Anfavea.

No segmento de Caminhões e Ônibus, um dos setores mais representativos da geração de emprego e renda na região Sul Fluminense, a Anfavea indica o licenciamento de 6,6 mil caminhões, no mês de julho, mesmo período da pesquisa do IBGE. O dado representa o aumento de 15,6% sobre as 5,7 mil de junho e de 45,3% na análise com as 4,5 mil de julho do ano passado. O acumulado segue com registro de crescimento: foram 38,6 mil este ano e 26 mil em 2017, elevação de 48,6%. A produção de 8,8 mil unidades em julho representa expansão de 1,7% com relação a junho, com 8,6 mil produtos, e de 23,8% frente aos dados de julho de 2017, quando foram fabricados 7,1 mil.

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