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Por que você guarda ou não guarda dinheiro?

Por Franciele Aleixo
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Você tem vontade de guardar dinheiro, sonha em fazer uma viagem, comprar uma casa, um carro, ou pelo menos ter a vida mais tranquila e livre de dívidas. Deu o primeiro passo, fez um depósito qualquer na caderneta de poupança; no mês seguinte foi mais difícil, mas fez de novo; no terceiro mês não deu pra guardar nada; no quarto era tanta coisa pra comprar que gastou não só o salário, mais também o que havia juntado e voltou à estaca zero. A pergunta é: Se você quer tanto algo no futuro, que precisa ser construído a partir do presente, por que é tão difícil guardar o dinheiro?

A resposta pra esse dilema é desconto hiperbólico subjetivo. Um nome complexo, quase um palavrão, que conceitua a nossa incapacidade de adiar uma recompensa. Quando somos crianças a nossa dificuldade em adiar o que queremos é mais forte, quem não lembra de algum episódio que viveu, ou vê o filho sendo invadido por uma tristeza tamanha a ponto de chorar, porque precisa almoçar primeiro e só depois comer a sobremesa?

Com o tempo a vida nos obriga a aprender adiar algumas satisfações. Temos que trabalhar trinta dias pra receber o salário, um ano pra ter férias, e por aí vai. Mas quanto mais subjetivo é o nosso compromisso com esse tal futuro, mais difícil fica ter disciplina para criar a reserva. O que eu quero dizer é que guardar por guardar, sem saber pra quê ou por quanto tempo torna as coisas muito complicadas, para a nossa cabeça é mais do que adiar uma satisfação, é jogar fora uma oportunidade de felicidade instantânea, mesmo que pequena.


O neurocientista Jan Peters, da Universidade de Hamburgo na Alemanha, publicou na revista científica Neuron: “Imaginar com força o futuro, acaba reduzindo a quantidade de escolhas impulsivas que fazemos”. A solução para nossa questão se chama META. Ela deve ser composta por objetivo mais prazo. Determine algo realmente alcançável, estipule o tempo limite para conquistar e vai com tudo. Não espere alguém te convencer que você precisa pensar no futuro, gerencie a sua própria vida e comece a crias suas metas dentro do que é real no seu cotidiano, a disciplina vai começar a ser mais recorrente. Você, mais do que ninguém, sabe onde estão suas forças e fraquezas.

Com as metas construídas, é só somar uma boa estratégia pra chegar lá. Uma coisa que pode ser cortada aqui, um capricho que pode ser descontinuado alí, e eu posso garantir uma coisa: Quanto mais sua reserva cresce, mais você se motiva a continuar poupando e investindo.

 

 

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