BARRA MANSA
Quem foi ao posto de combustíveis hoje, levou um susto, é que a Petrobras anunciou um aumento de R$ 0,41por litro no preço médio da gasolina tipo A para as distribuidoras. Com a alta, o preço médio passará a ser de R$ 2,93 por litro. A empresa também afirmou que vai aumentar o preço médio do diesel tipo A em R$ 0,78, chegando a R$ 3,80 por litro para as distribuidoras.
Em nota, a Petrobras destaca que o ‘o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda’.
Apesar das altas, a companhia diz que até agosto, em 2023, a variação acumulada nos preços dos combustíveis apresenta uma redução de R$ 0,15 por litro para a gasolina e de R$ 0,69 por litro para o diesel.
A gerente Sirley Carvalho destaca que durante a quarta-feira, dia 16, o movimento foi intenso, já que os preços ainda não haviam sido reajustados. “Nós temos um estoque que está chegando ao fim, e ainda não sabemos quando o novo valor será repassado. Hoje trabalhamos em dobro”, analisa.
Já em outro posto, o reajuste já começou a vales desde cedo. “Anunciou o aumento pode saber que vamos reajustar”, cita um gerente que preferiu não se identificar.
Quem foi ao posto cedo garantiu preço antigo, como é o caso do autônomo Anderson Rezende. “Logo que acordei já fui ao posto encher o tanque, como o aumento foi significativo, o valor seria elevado”.
Nova política de preços e reajustes
Em maio deste ano, a Petrobras anunciou uma nova política de preços que determinava o fim da política de paridade de importação (PPI) – prática que ajustava o preço dos combustíveis com base na cotação do dólar e do petróleo no exterior.
A nova estratégia comercial, que foi vista por muitos especialistas como pouco transparente, busca incorporar “parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação”, segundo a companhia.
“Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes”, diz a Petrobras.
No entanto, o forte avanço dos preços do petróleo no exterior, além de uma disparada do dólar nas últimas semanas, levaram a empresa a atingir o “limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares”.
Esses fatores, de acordo com a companhia, tornaram necessários os reajustes tanto na gasolina quanto no diesel, mirando no reequilíbrio dos preços da Petrobras em relação aos praticados pelo mercado e na melhora dos valores de margens da empresa.