BARRA MANSA
Caminhoneiros iniciaram às 16 horas deste domingo na Rodovia Presidente Dutra, altura do bairro Vila Ursulino, a paralisação nacional dos caminhoneiros autônomos. O movimento estava marcado para iniciar a 0 hora de segunda-feira, mas segundo caminhoneiros, foi antecipado na região. A ação segue por tempo indeterminado até que o preço do diesel seja reduzido. Os caminhoneiros colocaram fogo em pneus, impedindo em alguns momentos o trânsito total nos dois sentidos. Com a chegada da Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma das pistas (em ambos sentidos) ficou paralisada e a outra liberada.
Até a publicação dessa nota, o congestionamento registrado era de quatro quilômetros no sentido Rio de Janeiro, e no sentido São Paulo, seis quilômetros. Ainda antes do fechamento, a PRF informou que a ação estava tumultuada, mas os manifestantes estavam deixando passar veículos de passeio.
Um dos caminhoneiros falou ao A VOZ DA CIDADE. José Luiz disse que a manifestação era por conta do alto preço do combustível, principalmente o óleo diesel, que somente neste ano teve 27% de aumento. “Devido a robalheira na Petrobras estamos pagando o pato. A partir da 0 hora começa o movimento nacional, mas aqui na região adiantamos porque os profissionais começam a viajar muito cedo”, contou.
José Luiz disse que os carros, motos, ônibus passarão, apenas ficando na manifestação os caminhões e carretas de cargas. “Após o terceiro dia de manifestação vai começar a acabar o combustível. Queremos que o valor do diesel seja diminuído. A nossa manifestação será pacífica, mas durará enquanto o que for solicitado não foi cumprido”, completou.
Em vídeo que circulou pelas redes sociais, um dos moradores filmou o início do movimento dos caminhoneiros. “A população está apoiando os caminhoneiros. Nós moradores do bairro não estamos suportando tanta insegurança, impostos caros. Vamos fazer a nossa parte, chega de pagar pelo roubo. Saia da sua zona de conforto”, destacou.
SEM SINDICATO
Segundo informações dos caminhoneiros presentes na manifestação, o movimento nada tem a ver com o Sindicato dos Caminheiros do Sul Fluminense, é uma ação dos trabalhadores autônomos. O A VOZ DA CIDADE tentou contato com o presidente do sindicato, Francisco Wilde, por telefone, mas ele não foi localizado.