RESENDE
Buscando eliminar a fila de espera para exames e cirurgias de histeroscopia, procedimento ginecológico que identifica e permite corrigir anomalias do aparelho reprodutor feminino, a Secretaria de Saúde vem promovendo atendimento contínuo às mulheres na Santa Casa de Misericórdia. Segundo informou a secretaria, em 2017 foram realizados 149 exames de histeroscopia diagnóstica e 30 cirurgias. Este ano, apenas no período de janeiro a maio, já foram feitos 39 diagnósticos com vídeohisteroscopia e 17 operações – 10 delas apenas no último sábado, dia 5. Com este reforço no atendimento, a Secretaria garante que pôs um ponto final na espera de quem aguardava pelo procedimento.
O sucesso nesse atendimento é comemorado pela administração municipal que destaca que mesmo com as dificuldades financeiras enfrentadas nos últimos anos, Resende está entre os poucos municípios do Estado que continuam a oferecer, de forma gratuita, os exames e as cirurgias.
O médico responsável pelo procedimento, Gustavo Rodrigues, explicou que uma das grandes vantagens da cirurgia histeroscópica é o fato dela ser pouco invasiva, reduzindo assim o tempo de permanência das pacientes no hospital. Ela é realizada em centro cirúrgico e com anestesia, diferente do exame que acontece no ambulatório ou no consultório médico. É indicada para retirar pólipos uterinos e miomas, além de corrigir malformações da cavidade do útero, entre outras anomalias que podem atrapalhar ou impedir a mulher de engravidar. “Na histeroscopia cirúrgica, se tudo ocorrer bem, não é necessária nem a internação da paciente e o procedimento é feito em cerca de 15 minutos, sem cortes, suturas ou cicatrizes”, esclareceu Rodrigues, especialista em endoscopia ginecológica, acrescentando que na parte diagnóstica, há o exame de histeroscopia que serve para investigar a cavidade uterina, podendo identificar alterações como pólipos, miomas e malformações do útero. “Este exame também é rápido e pode ser feito no consultório”, afirmou.
Os atendimentos são prestados na Nova Santa Casa de Misericórdia, na Casa da Mulher e também na APMIR (Associação de Proteção à Maternidade e Infância de Resende).