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Jovem volta-redondense cria tecnologia que reduz risco de trombose

Por Andre
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VOLTA REDONDA

Na tarde desta quinta-feira, dia 28, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET) de Volta Redonda, Sérgio Sodré, recebeu a visita do estudante Matheus Fernandes de Oliveira, de 25 anos. Nascido na cidade do Aço, o jovem que é formado em Química pela Universidade Federal Fluminense (UFF) da cidade e desenvolve um projeto de pesquisa de doutorado no Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O objeto do estudo é produzir stents bioabsorvíveis – prótese implantada nos vasos sanguíneos para evitar seu fechamento ou obstrução. O detalhe é que a peça do estudo de Matheus reduz o risco de trombose (quando um coágulo de sangue é formado em uma veia). O encontro ocorreu com a intenção do doutorando apresentar o projeto ao secretário.

A tecnologia desenvolvida por Matheus usa óxido nítrico, substância química produzida pelo organismo humano que provoca a dilatação dos vasos sanguíneos. O projeto está em fase de testes, mas segundo o doutorando, a ideia é que esses stents sejam absorvidos completamente pelo organismo; sem a formação de coágulos, fator que preocupa os médicos e que é comum em próteses bioabsorvíveis.

“Aí que entra a minha pesquisa. A ideia é desenvolvermos materiais absorvíveis de uso médico que liberam uma pequena molécula de óxido nítrico. Ela é produzida em nosso próprio organismo e desempenha funções essenciais no sistema cardiovascular, entre elas a inibição da formação de coágulos”, explicou Matheus, informando que para a fabricação dos stents utiliza impressoras 3D, possibilitando criar materiais sob medidas e com diferentes doses de óxido nítrico a serem liberados no corpo.


Além dos ganhos na saúde, os custos para a fabricação dessas próteses também seriam menores. Matheus revelou que os estudos iniciais mostraram que os stents de seu projeto têm um custo de R$ 30, enquanto os que existem no mercado atualmente giram em torno de R$ 7 mil.

Ciências sem Fronteiras

Antes de ser doutorando no Instituto de Química da Unicamp, Matheus passou pouco mais de um ano por duas universidades norte-americanas, através do programa do governo federal “Ciências Sem Fronteiras”. Na universidade de Arkansas, estado ao sul dos Estados Unidos, ele construiu um simulador de um sistema cardiovascular, o que acabou aguçando seu interesse pelo tema e culminou com o projeto de pesquisa dos stents bioabsorvíveis com uso de óxido nítrico.

Valorizar e fomentar talentos

Sodré explicou que o encontro ocorreu com a intenção de conhecer o projeto desenvolvido por Matheus e que a missão da secretaria é a de valorizar os talentos da cidade, estimulando o capital intelectual de Volta Redonda. “Nós queremos dar visibilidade a essas pessoas. A pandemia do novo coronavírus mostrou a importância que a ciência tem para a sociedade e é muito bom poder conhecer bons projetos. Quem sabe não podemos intermediar e ajudar mais pessoas?! A pesquisa do Matheus, por exemplo, é muito interessante”, pontuou.

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