Sul Fluminense
Hoje é comemorado o Dia Nacional da Cachaça, o destilado brasileiro feito da cana-de-açúcar. Segundo dados do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), o Brasil possui mais de 1,5 mil produtores devidamente registrados, com quatro mil marcas. Estima-se que esses produtores possuam uma capacidade instalada de produção de aproximadamente 1,2 bilhão de litros anuais da bebida, porém, anualmente são produzidos menos de 800 milhões de litros.
Atualmente, a Cachaça é um dos quatro destilados mais consumidos mundialmente. No Brasil, é a segunda bebida alcoólica mais consumida e representa 72% do mercado de destilados. Os principais estados produtores (em volume) são: São Paulo, Pernambuco, Ceará, Minas Gerais e Paraíba.
A data foi criada pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) porque pesquisas de história relatam que em 13 de setembro de 1661 a coroa portuguesa liberou a produção e comercialização da cachaça no Brasil após a pressão e rebelião dos produtores.
De Rio das Flores, a Cachaça Werneck, produzida pelo casal Eli e Cilene Werneck, está há oito anos no mercado e é uma colecionadora de prêmios nacionais e internacionais. O mais recente deles, conquistado no Concurso Mundial de Bruxelas, em maio desse ano, medalhas de Duplo Ouro e Ouro. “Temos muitos motivos para comemorar tanto no individual, quanto no coletivo. A cachaça tem evoluído, conquistando público que tem substituído outros destilados pela cachaça, além disso, há uma aceitação maior de valor”, destaca o empreendedor, a Werneck possui bebidas nas modalidades: tradicional, prata, reserva especial, ouro e Safira Régia.
A Cachaça Werneck ocupa duas posições no ranking das 20 melhores cachaças do Brasil. “Temos evoluído a cada ano, com crescimento entre 10 a 25%. Não é fácil, a concorrência é grande, mas é o que nos estimula a evoluir. O brasileiro precisa se orgulhar ainda mais do seu produto para que ela tenha mais importância na pauta da exportação, hoje, apenas 1,5% da produção é exportada. Temos um longo caminho pela frente, que nos desafia”, destaca, informando que seus produtos têm certificação orgânica e do Inmetro.
No Vale do Café, além da Werneck, há ainda as cachaças: Magnífica, Rochinha, Vieira & Castro e Santa Rosa. Juntas, produzem cerca de 200 mil litros por ano. As marcas participam de diversos eventos do setor, gastronomia e música, entre os eventos que estão acontecendo agora e com data próxima estão o Rio Gastronomia e o Festival Vale do Café, que são uma vitrine para os produtos.
Para arrematar sua posição no mundo da cachaça, Vassouras já consolidou sua Feira da Cachaça, evento aberto anualmente na histórica estação de trem desativada no centro da cidade que acontece entre os dias 19 e 21 de outubro.
Selo de Denominação
Associação de Produtores e Amigos da Cachaça de Paraty (Apacap), em parceria com o Sebrae, lançou o novo selo de Indicação Geográfica da Cachaça de Paraty, relacionado aos alambiques Maria Izabel, Engenho D’Ouro, Coqueiro, Corisco, Paratiana e Pedra Branca.
Esse é um marco importante para a região, pois celebra a qualidade e a tradição dessa bebida secular, uma vez que o novo selo garantirá ao consumidor que o produto é genuíno e possui qualidades particulares ligadas à sua origem.
Além disso, a cachaça produzida em Paraty é um dos oito produtos gastronômicos brasileiros que já receberam a Indicação Geográfica (IG) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com o selo de Indicação de Procedência.