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Consumo moderado de café pode beneficiar a pratica esportiva, melhorar o humor e a concentração

Por Andre
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SUL FLUMINENSE

O cafezinho faz parte do dia a dia do brasileiro, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O ciclo do café no Brasil teve seu começo em 1727, início do século XVIII, quando chegaram ao país às primeiras mudas do grão. Durante muito tempo o produto foi plantado para consumo doméstico.

A cultura em pequenas proporções no norte do país, foi se expandindo em direção ao sudeste, quando a partir de 1870 teve seu grande momento, no oeste paulista, nas cidades de Campinas e Ribeirão Preto, onde encontrou a ‘terra roxa’, solo rico para os cafezais.

As fazendas se espalharam, a produção exportadora cresceu, os imigrantes, principalmente italianos, vieram trabalhar nas fazendas.Mais tarde, com o trabalho livre e o início da mecanização, os fazendeiros diversificaram suas atividades, investindo no comércio e na indústria de bens de consumo. Assim se resume a história do café no Brasil.

Um levantamento feito pela Abic apontou que o consumo da bebida no ano passado teve uma elevação de 4,8%, o maior ritmo desde 2006. A tendência de crescimento se deve, segundo a instituição, à retomada econômica e mudança de hábitos do brasileiro.

Foto: Divulgação

Ainda segundo a pesquisa, o preferido dos brasileiros é o café coado, vendido em 68% dos estabelecimentos. As regiões Sudeste e Nordeste são as que têm o hábito mais presente de consumir café coado, com 64% e 63% das respostas, respectivamente. Já as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste são as maiores consumidoras de café expresso, com 30% e 21% dos estabelecimentos oferecendo o produto.

Em 2018, o café foi o item com maior aumento do preço médio com a inflação, alcançando 8,6 pontos.

E seguindo nessa alta do consumo de café, muitas pessoas, sem se dar conta, estão consumido cafeína em excesso e isso pode ser prejudicial a saúde, principalmente para aquelas pessoas com alguma predisposição para alta da pressão arterial.

O uso da cafeína para prática esportiva e seus benefícios


De acordo com a nutricionista barra-mansense, Aline Andrade, o consumo de cafeína apresentar diversos benefícios. “Entre esses benefícios estão o aumento da concentração, melhora o humor, diminui o tempo de reação – (resposta mais rápida as ações, aumento da mobilização de ácidos graxos livre, aumento da liberação de catecolaminas – hormônios como adrenalina e noradrenalina, aumento do uso dos triglicerídeos musculares”, citou.

A nutricionista cita os malefícios que o excesso da cafeína pode provocar efeitos colaterais. Ela comenta que o modelo atual de esporte tem contribuído pela busca incessante de resultados, o que tem levado atletas à utilização de diferentes substâncias, desconsiderando os conceitos éticos e de saúde e feito de maneira indiscriminada e sem os cuidados necessários. “A ingestão de altas doses de cafeína (10-15 mg/kg de peso corporal) não é recomendada, pois os níveis plasmáticos de cafeína podem alcançar valores tóxicos. Os efeitos colaterais causados pela ingestão de cafeína ocorrem em maior proporção em pessoas suscetíveis e que utilizam esta substância em excesso.A cafeína pode prejudicar a estabilidade de membros superiores, induzindo-os a trepidez e tremor, resultantes da tensão muscular crônica e ainda, induzir a insônia, nervosismo, irritabilidade, ansiedade, náuseas e a desconforto gastrointestinal”, enumerou Aline, acrescentando que os problemas estomacais podem ser agravados, principalmente para aquelas pessoas que já apresentam tendências para gastrite ou úlcera, principalmente quando essas substâncias são ingeridas em jejum.

“Se o consumo de produtos a base de cafeína for em excesso ela poderá influenciar negativamente no desempenho atlético” destacou.

Benefícios da utilização de cafeína durante a prática esportiva

Na busca do sucesso esportivo de alto nível, treinadores, nutricionistas, médicos e cientistas têm experimentado produtos (1)ergogênicos com o intuito de potencializar a performance ou atenuar os mecanismos geradores de fadiga de atletas. Aline Andrade cita que a cafeína pode desencadear algumas alterações no organismo. “Acredita-se que a cafeína possua mecanismos de ação central e periférica que podem desencadear relevantes alterações metabólicas e fisiológicas, as quais melhorariam a desempenho. Vale ressaltar que a substância que é considerada ergogênica melhora as diferentes formas de rendimento desportivo. O qual permite o aumento de exercícios físicos com eficiência no controle de energia”, comentou a nutricionista, acrescentando que de acordo com estudo sobre o consumo de cafeína, parte do Sistema Nervoso Central é benéfica e age diretamente no músculo. “Isso significa que pode aumentar a permeabilidade do retículo sarcoplasmático aos íons de cálcio, o cálcio é um mineral que age com importância na função da contração muscular”, explicou.

Aline cita ainda que a ação cafeína no músculo esquelético influencia na sensibilidade da miofibrilas através dos íons de cálcio de forma a aumentar a acoplagem excitação- contração melhorando a força muscular. “Os atletas, por exemplo, a utilizam com a finalidade de explorar a musculatura, os mais diferentes nutrientes, pois a cafeína é uma substância estimulante, sua vida média é de três horas e é metabolizada em 90%”, comentou Aline citando outro estudo sobre a cafeína.

Malefícios da utilização de cafeína durante a prática esportiva

A utilização de cafeína de forma indiscriminada pode causar problemas cardiovasculares além de causar insônia, dentro da categoria de drogas é considerada farmacologicamente mais ativa, que a (2)teobromina e menos ativa que a teofilina e a paraxantina. Tratando do sistema nervoso central, ou seja, o sistema autônomo, a cafeína tem o pode de desenvolver ações de drogas estimulantes, ou seja, ao se ligar aos receptores da adenosina, a cafeína impede que a mesma, exerça seus efeitos de diminuição da atividade neuronal, vasodilatação, cronotropismo negativo, redução da pressão arterial e da temperatura corporal. A cafeína possui potencial para atuar sobre a concentração plasmática de dopamina isso explica que o desenvolvimento da dependência física, caracterizada pelo desconforto em cessar abruptamente o uso da substância. Apesar de ser mais brando, este mecanismo de ação é o mesmo da heroína. O que pode causar o aumento do stress psicológico decorrente do consumo de cafeína está associado à substância com o (3)Gaba. A influência da cafeína além de aumentar os riscos cardiovasculares através do consumo energético também tem desencadeado convulsões e problemas de nervos, pois os consumos dos produtos têm sido usados de forma irregular, ou seja, a ingestão de energético também está relacionada aos problemas de convulsões, dessa forma é necessário o acompanhamento médico ou de um nutricionista para saber exatamente a quantidade de cafeína que devem ser consumidas para evitar problemas na saúde desses atletas.

(1) São intituladas substâncias ergogénicas todas as substâncias concebidas para melhorar o rendimento desportivo. A sua eventual eficácia justifica-se mais para um efeito farmacológico do que por um efeito fisiológico.
(2) Substância (C7H8N4O2), principal alcaloide do cacau, us. como diurético, broncodilatador, cardiotônico etc.
(3) Ácido gama-aminobutírico (IUPAC: 4-aminobutanóico [ácido]), também conhecido pela sigla inglesa GABA(Gamma-AminoButyricAcid), é um ácido aminobutírico em que o grupo amina está na extremidade da cadeia carbônica. É o principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central dos mamíferos.

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