PORTO REAL
A criação de um “Cartão de Identificação QR para Crianças Autistas” foi sugerida na Câmara Municipal de Porto Real por meio de indicação do vereador Luís Fernando da Silva, o Fernando Beleza (MDB). A proposta, aprovada por unanimidade pelos parlamentares, tem como objetivo reforçar a segurança de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), especialmente em situações emergenciais ou de extravio.
Segundo Fernando Beleza, o cartão deverá ter o formato de um crachá para uso no pescoço e incluirá um QR Code. Ao ser escaneado com a câmera de um celular, o código direcionará para um banco de dados seguro, com informações como nome completo da criança, contatos dos responsáveis, dados médicos e orientações sobre como abordá-la, em casos de hipersensibilidade sensorial ou não verbalidade.
A proposta também prevê que o sistema seja gratuito, voluntário e acessível, com cadastro feito e supervisionado pelos pais ou responsáveis, além de atualização periódica dos dados. “A proposta visa ampliar a proteção e a inclusão das crianças com TEA, especialmente em situações de emergência, extravio ou quando estiverem desacompanhadas de seus responsáveis. O crachá com QR Code facilita o acesso rápido e seguro às informações mais importantes, sendo uma ferramenta útil para profissionais da saúde, segurança, educação e demais cidadãos que venham a interagir com a criança”, explicou o vereador.
Além do cartão, Fernando Beleza também teve aprovada a solicitação para a aquisição de uma van adaptada ao transporte de pessoas com deficiência, reforçando o compromisso com a acessibilidade. A iniciativa está amparada no Estatuto da Pessoa com Deficiência e visa garantir o direito de ir e vir, além de facilitar o acesso a tratamentos médicos, exames e serviços públicos. “A van adaptada representa mais dignidade, mais inclusão e mais autonomia para os nossos munícipes com deficiência. E o cartão de identificação é uma ferramenta que pode fazer diferença em momentos críticos, protegendo nossas crianças”, afirmou o parlamentar.
A expectativa é que a Prefeitura de Porto Real estude a viabilidade de implantação do sistema em breve, com o apoio das secretarias municipais de Saúde, Educação e Assistência Social.