Se você for à Argentina nos próximos dias, prepare sua paciência. Quando souberem que você é brasileiro vão lhe “tirar um sarro” recordando as pífias exibições do Grêmio e do Palmeiras nas semifinais da Copa Libertadores da América diante do River Plate e do Boca Juniors. Leve tudo na brincadeira e não se aborreça. Até porque fazemos o mesmo com nossos hermanos sempre que temos oportunidade.
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O que explica o desempenho desastrado dos nossos times nos torneios continentais? Superioridade técnica dos adversários, certamente não é. Analisando pelo caminho da preparação mental é possível que encontremos explicação mais adequada. Aos nossos jogadores não faltam talento nem raça. Mas desprezamos o condicionamento mental e o foco permanente. Além disso, por essa razão, nossos técnicos são mestres em estratégias equivocadas.
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Felipão, raposa felpuda, supondo que ao Palmeiras, líder do campeonato brasileiro, bastaria aplicar forte retranca para segurar o Boca Juniors em Buenos Aires, errou. A tática deu certo por um tempo até ele e sua turma caírem do cavalo em sete minutos. Perdeu no Monumental de Nuñes, não se recuperou em São Paulo e foi desclassificado.
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As avaliações de Renato Gaúcho são ainda mais trágicas. Convicto de que com a vitória do Grêmio sobre o River Plate no jogo de ida seu time já estava classificado, em Porto Alegre orientou a equipe para ir tocando abola até a partida acabar. Ainda assim conseguiu estar na frente do marcador. Porém, implacável como é o futebol, sua tática frustrou 60 mil torcedores. No finalzinho da partida, em apenas seis minutos, o River venceu o duelo e se classificou.
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Três anos atrás, 2015, aconteceu a mesma coisa entre Cruzeiro e River Plate. No primeiro jogo, na Argentina, brilhante vitória do time mineiro por um a zero. Imaginou-se então que o jogo de volta, em Belo Horizonte, seria uma barbada. O time de Dedé, que por sinal não atuou nessa noite pois estava machucado, entrou em campo delirantemente aplaudido por milhares de torcedores cruzeirenses. Em melancólico delírio, no final do jogo, eles saíram do Mineirão com o placar eletrônico marcando River 3 x 0 Cruzeiro.
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O técnico do Cruzeiro naquela época era Marcelo Oliveira. Entretanto, com a épica vitória do Fluminense em Montevidéu, parece que ele aprendeu que mesmo em vantagem é preciso lutar sempre pela vitória como se estivesse em desvantagem. O Fluminense poderá mostrar isso nos jogos finais com o Atlético Paranaense, especialmente em Curitiba, onde será decidido o título de campeão da Copa Sul-americana.
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Entre os dias 12 e 25 de novembro serão disputados, em Natal no Rio Grande do Norte os Jogos Escolares da Juventude. A principal competição estudantil do país terá a participação de mais de 5 mil atletas dos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal e uma delegação do Japão. O Centro de Convivência do evento, em Ponta Negra, receberá duas categorias de idade – 12 a 14 e 15 a 17 anos, de 2.136 escolas de todo o país. A delegação japonesa contará com 23 pessoas, entre atletas, treinadores e oficiais de quatro cidades que irão receber os atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020: Hamamatsu, Sagamihara, Saitamanisa e Chuo.