BARRA MANSA
O inverno é a temporada onde há sempre uma queda no número de doações de sangue. Buscando reforçar o estoque, o Hemonúcleo de Barra Mansa realiza desde o início de junho o “Arraiá do Sangue Bom”. Essa mobilização existe há pelo menos cinco anos e em 2018 já registrou números expressivos de 403 candidatos, sendo destes, 315 aptos a doar. Esse resultado é 12% maior que no mesmo período do ano passado, que contabilizou 281 doadores aptos.
Com previsão de término para o próximo sábado, dia 30, o Arraiá do Sangue Bom ainda oferece aos voluntários um lanche com comidas típicas das festas juninas como: cachorro quente, broa de milho verde, canjica e chocolate quente. Além do município, o Hemonúcleo de Barra Mansa também atende as cidades de Rio das Flores e Valença. O horário de atendimento é de 7 às 11 horas na unidade situada à Rua Pinto Ribeiro, 205, Centro, anexo à Santa Casa.
INVERNO E COPA DO MUNDO
Durante os períodos de baixas temperaturas a proliferação de doenças infecciosas como a gripe dificulta a mobilização de doadores. Na edição de 2018, o programa encontrou, além do frio, mais um obstáculo: a Copa do Mundo. Coordenador do Hemonúcleo de Barra Mansa, Sérgio Murilo Conti, reconhece as festividades relacionadas aos jogos como mais um motivo de afastamento da população. “Nós continuamos funcionando normalmente mesmo nos dias de jogos do Brasil principalmente porque a demanda de sangue é sempre alta”, explicou.
MITOS
Sérgio reforçou a necessidade de desconstruir alguns mitos que envolvem a doação de sangue e consequentemente afastam os doadores em potencial. “Muitas pessoas acham que doar emagrece e transmite doenças, não é verdade, precisamos sensibilizar a população nesse sentido. Doar sangue é um ato seguro e pode salvar muitas vidas”, completou.
DOAÇÃO
Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 quilos e estar em boas condições de saúde. O doador precisa estar bem alimentado, evitar alimentos gordurosos nas quatro horas antes da doação e não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores.
Após a doação, o sangue passa por uma criteriosa avaliação realizada no próprio hemonúcleo e no HemoRio, onde é verificada a sorologia a fim de evitar doenças transmissíveis pelo sangue, como Hepatite B e C, sífilis, HIV, doença de chagas. Na sequência, é feita a manipulação e pesagem do sangue, que ainda passa pelo processo de centrifugação para separação do hemocomponentes viáveis – concentrado de hemáceas, plaquetas, plasma e crioprecipitado – que serão utilizados em diversas patologias.