O ano está começando e com ele uma série de alterações para o nosso bolso. No meio de tanta novidade, uma certamente vai convidar a todos a revisitarem sua conta corrente. A partir dessa semana entrou em vigor as novas regras para o cheque especial. Essas alterações valem para as contas novas. As contas que já existem, começam a atualizar o cheque especial a partir de 1º de junho. E para ninguém ser pego de surpresa, seguem os detalhes mais importantes que devem ser considerados.
No dia 6 de janeiro entrou em vigor a regra do Banco Central que determina que os juros do cheque especial serão de no máximo 8% ao mês. Com o novo teto de cobrança, os juros anuais serão de cerca de 150% ao ano, no máximo. Parece muito, mas até o ano passado, os bancos cobravam uma média de 15% de juros ao mês pelo crédito, passava dos 400% ao ano. O que facilmente transformava uma pequena dívida em um problema bem grande.
Junto com essa medida, o Banco Central também determinou que os bancos poderão cobrar pelo limite de crédito que disponibilizam no cheque especial. Ou seja, o valor ficava disponível, se não usasse, não tinha cobrança, agora isso mudou. Mesmo sem usar, o consumidor que tiver um limite disponível, passa a pagar até 0,25% sobre ele. Quem tem até R$ 500 de limite no cheque especial não poderá ser cobrado por isso. Quem tiver mais, pagará até 0,25% sobre o valor que exceder esses R$ 500.
Pela regra anterior, os bancos só eram remunerados quando os clientes de fato usavam o cheque especial e pagavam juros. Não podiam cobrar apenas para oferecer esse crédito, agora essa cobrança pode ser feita uma vez ao mês. Assim, um cliente que tem limite de R$ 10.000 no cheque especial pagará todos os meses 0,25% sobre R$ 9.500, o equivalente a R$ 23,75. Caso ele use o crédito, essa quantia será descontada do valor dos juros devidos. Para evitar esse gasto é preciso contatar seu banco e pedir a redução do valor do crédito disponível.
Vale a pena dar uma olhada na conta e avaliar se o limite de cheque especial realmente é necessário. A preguiça de rever os serviços pode te custar 3% do valor disponível em um ano. É pagar por um valor que não é seu e que nem usou.