Ontem foi dia de Halloween, e nesse clima de terror vim falar de um assunto que para alguns é bem assustador. Tem gente que escuta a palavra ‘seguro’ se arrepia todo e diz que não está a fim de morrer, que a casa não vai cair e que o carro tem proteção divina. Para estas pessoas, contratar esse serviço é quase que chamar o azar. Uma vez disse a uma amiga que me pediu ajuda com um planejamento pessoal, que ela precisava contratar um seguro de vida, na mesma hora fez o sinal da cruz e disse ‘tá amarrado’. Então vamos esclarecer qual é e quando temos a necessidade desse serviço na nossa vida. Quando a gente traça um objetivo e começa a construir nosso patrimônio, um evento inesperado pode atrasar o que foi planejado, mas quando o evento é tão grandioso que chega a consumir tudo o que se acumulou, temos um problema que pode levar a vida inteira para ser reparado. Vamos a um exemplo prático, uma família comprou um novo imóvel por R$ 500.000,00 financiado em 30 anos, foi viajar e nesse período devido a um curto, a casa pegou fogo. A família ainda precisa pagar o financiamento, mas agora não tem mais a casa pra morar e necessita de uma nova. A indenização do seguro quitaria o financiamento ou compraria uma nova casa. Os seguros residenciais são muito baratos comparados ao valor dos imóveis e poupam recursos e dor de cabeça em caso de um incidente com seu imóvel, ou um incidente que seu imóvel venha causar a terceiros. Outro campeão de assombros é o seguro de vida, é como se estivesse planejando a própria morte, mas na verdade, está cumprindo seu planejamento de vida mesmo em caso de morte. Pra começar, um seguro de vida só deve ser contratado se você tem pessoas que dependam, mesmo que só de uma pequena parte, da sua renda, e se você tem a intenção de facilitar seus herdeiros o pagamento pela transmissão dos seus bens. Um estudo realizado pelo Itaú sugeriu que uma família precisa em média de 3 anos para reestruturar a sua renda, partindo deste cálculo, multiplique por 36 a parte da sua renda que sua família precisa pra custear seus gastos, esse deve ser o valor da apólice. Outra continha importante é o inventário que pode custar até 14% do patrimônio. Se sua família tem esse valor disponível, está resolvido, se não, ele precisa ser pago antes da posse dos bens, o seguro facilitaria todo o processo. Poderíamos falar sobre seguro auto, de acidentes pessoais, de rendimentos, empresariais, etc. Identifique o que te causaria transtorno em uma eventual perda, e faça uma proteção adequada. Lembre-se que seguros servem apenas para proteger algo e não pra melhorar seu relacionamento com o banco e nem para aprovar cartões de crédito. Mantenha sua vida financeira planejada e segura que todos os bancos e financeiras vão querer melhorar o relacionamento com você e sua vida jamais vai se tornar um filme de terror.