BARRA MANSA
Foi-se o tempo em que achavam que a mulher, quando engravidava, tinha que parar automaticamente de fazer exercícios por risco de aborto. Estudos atuais mostram que as mulheres que já são fisicamente ativas, acostumadas com treinos regulares, podem continuar se exercitando durante a maior parte da sua gestação com alguns ajustes em termos de intensidade e frequência, se mantendo sempre bem hidratada. Mas, a mulher que era sedentária antes de engravidar, precisa procurar um especialista e adequar uma rotina de exercícios mais leves.
A mulher na gravidez fica mais anabólica por causa do Beta HCG, glicoproteína hormonal produzida pelas células nos líquidos maternos. Com treinos adequados e dedicação, ela pode ter os mesmos resultados de uma atleta normal. O que a atleta grávida deve manter sempre em mente é que o objetivo do exercício é a saúde, e não a performance. A prática de exercícios é extremamente saudável para o bebê, feita de maneira correta
É natural que a performance da mulher fique limitada durante a gestação por conta da adaptação fisiológica, pulmonar e cardiovascular. Até vinte semanas de gestação, o útero está no umbigo. Então é mais tranquilo, pois não tem nenhuma alteração de biomecânica, de equilíbrio, e a grávida pode fazer tudo, correr e fazer musculação. A partir de 20 semanas, o útero vai subindo e fisiologicamente, é mais difícil a atleta conseguir fazer algumas posições, como por exemplo o supino, que incomoda, tem uma compressão do útero na veia cava, então isso causa um mal estar. Algumas posições, depois de 28 semanas, devem ser mudadas .
De acordo com a personal especialista em reabilitação e emagrecimento, Isabella Guimarães Machado, gestantes pode e devem treinar, mas, apenas após a liberação médica. “Geralmente isso acontece após o terceiro mês, onde já dá pra identificar se há risco ou não de descolamento de placenta. Caso não haja, a gestante pode treinar normalmente”, destaca.
Ela ressalta que a gestante pode se exercitar através da musculação com baixa carga e atividades aeróbicas de baixa intensidade e recomenda-se que façam fortalecimento específicos pra coluna. “Já que durante o crescimento da barriga, a lordose passa a ser hiperlordose podendo comprimir algumas terminações nervosas próximas às vértebras, gerando dor. Trabalhamos também a parte respiratória já que o diafragma também se comprime; alongamentos são importes. Essas atividades auxiliam no aumento da probabilidade de um parto normal e também permite que a gestante não engorde de forma excessiva: As taxas de colesterol e triglicérides estabilizam e os hormônios ficam mais controlados”, acrescenta.
Sinais de alerta para interromper os exercícios
Sangramento vaginal
Contrações dolorosas e regulares
Vazamento do líquido aminótico
Dor torácica
Dor na panturrilha
Fraqueza muscular
Inchaço