BARRA MANSA
Janeiro mês de férias e relaxamento. Será? Economicamente, é um dos meses que mais assustam os brasileiros trazendo consigo o pagamento de impostos e tributos, além da temida lista de material escolar.
Os gastos de fato representam um dos principais desafios financeiros do início do ano. Além de coincidirem com outras despesas importantes, como IPTU e IPVA, esses custos exigem planejamento para que as famílias não acabem se endividando.
Para o gerente do Procon-BM, Felipe Goulart, organização e estratégias bem definidas são essenciais nesse período. “As dicas primordiais são pesquisar, andar, negociar. A diferença de preços de produtos de um lugar para o outro pode ser muito grande, o consumidor precisa pesquisar promoção, e outra dica importante é fugir de grandes marcas que são as mais caras procurar por marcas acessíveis. As vezes paga pela marca e não pela qualidade, pode fazer toda diferença entre gastar o razoável e o muito caro”, alerta Felipe.
Outro hábito que pode encarecer a lista é levar a criança junto para fazer as compras. “Não leve seu filho junto para as compras, digo isso, pois é comum que a criança queira o que está na moda, como um personagem de desenho animado por exemplo. Muita das vezes um caderno básico sai bem mais barato do que um caderno da moda, somado a ouros itens como a mochila, isso pode super inflacionar as compras. Os pais e responsáveis devem sempre pechinchar, se for pagar a vista, já que muitos pais usam o 13º salario para pagar, outa dica é ver se a loja cobre orçamentos”, destaca.
Felipe ainda comenta sobre revisar a lista de materiais escolares e identificar o que realmente precisa ser comprado. “Reaproveitar itens de anos anteriores, como mochilas, estojos e cadernos parcialmente usados, faz uma diferença significativa no orçamento. Hoje, temos ferramentas e comparadores de preços que ajudam muito. E, em muitos casos, parte do material escolar pode ser adquirida mais tarde, quando o preço fica mais barato”, explica.
Sobre as listas de material escolar, Felipe destaca que no geral, o que for de uso contínuo não pode ser pedido. “Já tivemos denúncia de escola pedindo tijolo. Quem se sentir lesado, basta procurar o Procon que vamos defender o direito do consumidor.”, explica.
Sedcon e Procon-RJ divulgam pesquisa de preços de 170 produtos e encontram variações superiores a 940%
A Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (Sedcon) e o Procon do Estado do Rio de Janeiro (Procon-RJ) realizaram uma pesquisa de itens escolares mais procurados neste período de volta às aulas. Entre os produtos apurados, encontram-se lápis preto, borracha, caderno, canetas variadas, cola, corretivo, entre outros. Nos 12 sites pesquisados, as variações entre produtos da mesma categoria e marca chegam a 945%.
Além disso, Secretaria e Autarquia também autuaram seis estabelecimentos que vendem materiais escolares por irregularidades aos direitos do consumidor.
Em análise à pesquisa, a Diretoria de Estudos e Pesquisas identificou variações consideráveis no valor do mesmo produto entre os sites, como uma borracha branca, que variou 945%, um lápis preto que variou 555% e uma cola branca que variou 290%. Por outro lado, na categoria agendas, nos estabelecimentos pesquisados, a variação de preços da maioria dos itens foi baixa ou inexistente.
Lista exemplificativa de material escolar que não pode ser solicitado pela escola (a partir de 2 anos)
Álcool hidrogenado, algodão, bolas de sopro, canetas para lousa, carimbos, copos descartáveis, elastex, esponja para pratos, fita/cartucho/tonner para impressora, fitas adesivas, fitas decorativas, fitas dupla face, fitilhos, flanela, giz branco ou colorido, grampeador, grampos para grampeador, guardanapos, isopor, lenços descartáveis, livro de plástico para banho, maquiagem, marcador para retroprojetor, material de escritório, material de limpeza, medicamentos, palito de dente, palito para churrasco, papel higiênico, pasta suspensa, piloto para quadro branco, pincéis para quadro, pincel atômico, plástico para classificador, pratos descartáveis, pregador de roupas, produtos para construção civil (tinta, pincel, argamassa, cimento, dentre outros), sacos de plástico, talheres descartáveis, cola para isopor.
Lista que pode ser solicitar, porém com restrições (a partir de 2 anos)
Colas em geral (no máximo 1 unidades branca e colorida de até 1l, a partir do maternal), envelopes (no máximo 10 unidades na educação pré-escolar), lã (no máximo 1 rolo pequeno), papel ofício ou A4 – 1 resma (500 folhas), argila / massinha (até 1 kg a partir do maternal), bastão de cola quente (até 1 saco com 50 unidades), cordão / barbante (1 rolo pequeno), pendrive/cd/dvd (1 unidade para retornar aos pais), emborrachados E.V.A. (8 folhas – 2 folhas de cada cor), TNT (tecido não tecido) (até 1 m), Palito de picolé (saco com até 50 unidades), Papel ofício colorido ou 1 caixa de color set.
Lista exemplificativa de material de artes de uso em sala de aula (a partir de 2 anos)
Barbante grosso – 1 rolo pequeno, Caixa de gizão de cera – 2 caixas com 12, Caixa giz de cera tijolinho- 1 caixa, Cola branca – 1 litro, Cola colorida azul – 1 tubo de 250 ml, Cola colorida vermelho – 1 tubo de 250 ml, Cola colorida verde – 1 tubo de 250 ml, Cola colorida amarelo – 1 tubo de 250 ml, Durex colorido azul – 2 unidades pequenas, Durex colorido vermelho – 2 unidades pequenas, Durex colorido verde – 2 unidades pequenas, Durex colorido amarelo – 2 unidades pequenas, EVA azul 5 unidades, EVA vermelho – 5 unidades, EVA verde – 5 unidades, EVA amarelo – 5 unidades, Guache azul – 1 unidade de 500 ml, Guache vermelho – 1 unidade de 500 ml, Guache verde – 1 unidade de 500 ml, Guache amarelo- 1 unidade de 500 ml, Massinha azul – 1 caixa de 160 g, Massinha vermelha – 1 caixa de 160 g, Massinha verde – 1 caixa de 160 g, Massinha amarela – 1 caixa de 160 g, Palitos de picolé – 1 saco com 50 unidades, Papel cartão branco – 5 folhas, Papel Crepon – 5 rolinhos (cores variadas), Papel pardo – 10 folhas, Papel 40 kg branco- 5 folhas, Trincha 12 mm – 5 unidades.