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Vassouras e Barra do Piraí vão sediar Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica

Por Carol Macedo
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VASSOURAS E BARRA DO PIRAÍ

Os municípios de Vassouras e Barra do Piraí, no Médio Paraíba, serão a sede das atividades e dos participantes da 17ª Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), que acontece entre os dias 17 a 27 de agosto, nas duas cidades. Esta é a segunda vez que o evento acontece no Brasil; a primeira foi em 2012.

De acordo com o professor, Dr. Eugênio Reis Neto, vice-coordenador da IOAA, a abertura do evento será no Centro de Convenções General Sombra da Universidade de Vassouras e equipes de estudantes de 54 países, incluindo o Brasil, estarão participando.

As equipes são compostas por até cinco estudantes do Ensino Médio e por até dois professores acompanhantes. Os professores ficarão hospedados no Hotel Santa Amália e no Bliss Hotel e as reuniões de discussão sobre as provas também irão acontecer no Centro de Convenções General Sombra, em Vassouras. Já os estudantes ficarão hospedados no Hotel Fazenda Ribeirão, em Barra do Piraí, onde realizarão todas as provas.

“Os estudantes farão provas teóricas, de análise de dados e observacionais, incluindo uma prova de planetário, de carta celeste e de telescópio. Este é um evento coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação que dará grande visibilidade nacional e internacional ao município, além de movimentar a economia local e a rede hoteleira”, disse o vice-coordenador.

Equipe Brasileira

Dez estudantes brasileiros vão participar das Olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e também do Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), que será em novembro, na Costa Rica. Na IOAA estarão presentes os Francisco Carluccio de Andrade (SP), 16 anos; Gustavo Mesquita França (SP), 18; Heitor Borim Szabo (SP), 17; Lucas Cavalcante Menezes (SE), 17; e Natália Rosa Vinhaes (MA), 17.


Já na OLAA, marcada para o período de 25 a 29 de novembro deste ano, o país será representado por Arthur Gomes Gurjão (CE), 16 anos; Filipe Ya Hu Dai Lima (PB), 16; Larissa Midori Miamura (CE), 18; Luca Pieroni Pimenta (SP), 17; e Lucas Praça Oliveira (CE), 17. Todos os classificados participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) de 2023.

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Olimpíada Brasileira de Astronomia é onde tudo começou

“A prova da OBA é o começo de tudo”, conforme disse nesta segunda-feira, dia 29, à Agência Brasil, o vice-coordenador da Olímpiada. Eugênio Reis. São convidados a participar do processo seletivo da OBA estudantes do ensino médio que receberam na prova nota 7 ou acima de 7; e alunos do 9º ano do ensino fundamental com notas 9 ou acima de 9.

“Estamos falando de milhares de estudantes que são convidados para o processo”, destacou Reis. Essa fase é iniciada com três provas online, aplicadas nos três últimos meses do ano, na própria escola ou em casa, sem custos para os alunos.

As provas vão gradualmente aumentando a dificuldade. “A gente tem que ir preparando os estudantes para enfrentarem questões cada vez mais complicadas de astronomia. As provas online já têm esse caráter de serem cada vez mais difíceis”, explicou Reis. Após as provas online, são selecionados entre 150 e 200 melhores estudantes para realizar uma prova presencial, que costuma ser aplicada no Hotel Fazenda Ribeirão, localizado em Barra do Piraí. “Eles têm que estar lá pessoalmente. É um custo para eles, porque têm que bancar a passagem”, completou.

Treinamento

Os alunos têm, nessa etapa, que fazer provas teóricas, de planetário, manuseio de telescópio, estudos da carta celeste. “Aí, sim, vão ser testados de maneira um pouco mais séria porque, desse pessoal que vai fazer prova presencial é que sai a equipe que vai ser treinada. Dos 150 a 200 que a gente chama para fazer essas provas, são selecionados 40 estudantes. Dentro desses 40, há algumas regras para ocupação das vagas”, disse o coordenador. Entre essas regras está a participação de meninas nas equipes; presença de estudantes de escola pública e do 9º ano do ensino fundamental que, no próximo ano, já estarão no ensino médio. “A gente guarda, dentro desses 40, uma cota para esses estudantes, porque a gente quer que nossas equipes sejam mistas, com meninas e meninos juntos; e privilegia aqueles que são de escola pública”, destacou. Há também alunos de institutos federais e escolas militares.

Depois, eles recebem treinamentos, também no Hotel Fazenda Ribeirão, quando competem entre si em duas fases. Depois da segunda fase de treino, são selecionados os dez estudantes que representarão o Brasil na IOAA e na OLAA, e mais cinco suplentes.

 

 

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