Sindicato dos Metalúrgicos decide assinar acordo coletivo em sua totalidade; CSN pagará benefícios até o dia 30

Por Carol Macedo

VOLTA REDONDA

Após ficar dois dias informando que o acordo coletivo 2023/2024 dos trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) estava assinado pela metade, sem reconhecimento jurídico por parte da empresa, o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense informou a assinatura total do documento na noite desta quinta-feira, 22. Segundo informações da CSN, com a assinatura, o pagamento do abono, reajustes e outros benefícios acontecerá até o dia 30 deste mês.

O problema levantado pelo presidente do sindicato, Edimar Leite, era com relação ao abono. Segundo ele, a empresa tinha destacado no documento final que o abono salarial não seria pago para trabalhadores demitidos. Por isso, queriam fazer a assinatura de todos os outros itens e deixar esse para negociação. A CSN, por sua vez, dizia não ser possível juridicamente aplicar isso porque era a proposta que os trabalhadores votaram.

Nesta quinta-feira, inclusive, o A VOZ DA CIDADE divulgou cópia do trecho da ata assinada pelo sindicato durante reunião no dia 12 deste mês, onde constava na penúltima a parte do abono salarial. Menciona os valores do abono para cada cargo. Diz que os valores seriam pagos até cinco dias a assinatura do acordo coletivo “observando-se para tanto as mesmas regras gerais de elegibilidade e cálculos dos respectivos valores estabelecidos no Acordo Coletivo de Abono referente ao ano de 2021, pago em 2022”.

O jornal também teve acesso ao trecho do acordo coletivo de 2022. Em um dos parágrafos diz: ‘o empregado ora elegível para o recebimento do abono, mas que vier a ser desligado da empresa por justa causa, antes da data de pagamento mencionada no parágrafo sétimo, deixará de fazer jus a pagamento de eventual saldo remanescente”. Com isso, chegaria ao fim a discussão do sindicato porque foi a proposta da CSN levada aos trabalhadores e aprovada.

Sobre esse ponto, o presidente do sindicato, Edimar Leite, ao A VOZ DA CIDADE, informou que conseguiram o registro de um ofício que se tornará uma ata para que possam trabalhar em cima dos trabalhadores que foram demitidos. “Daqui pra frente trabalhar nessas possibilidades, mas não está descartado conseguirmos algum êxito ao pessoal demitido entre 2022 e neste ano. Vamos intensificar os esforços para a reintegração do pessoal demitido, conseguimos da comissão e agora mais quatro trabalhadores. Vamos iniciar para o grupo de mais de 650 trabalhadores que participaram do movimento e foram mandados embora”, disse.

Edimar desconversou quando foi questionado sobre os documentos recebidos pelo jornal que indicavam não haver nada errado e modificado no acordo atual. “Muitas coisas que foram feitas pela gestão anterior é importante que o trabalhador tenha entendimento que não conseguimos mudar da noite para o dia. Inúmeras perdas serão recuperadas aos poucos. Tivemos bom avanço no cartão alimentação e também no reajuste real do INPC, mas outros itens precisamos melhorar. Entendemos que o acordo deveria ser melhor, mas dentro da realidade não conseguimos mudar todas as cláusulas. É preciso que o trabalhador entenda que a união vai fortalecer a categoria”, apontou, frisando que agora o trabalho é para aprovar os demais acordos coletivos das empresas terceirizadas da CSN. São mais de 500 em sete cidades, de Pinheiral até Itatiaia.

VOTAÇÃO

A votação do acordo coletivo aconteceu na segunda-feira, dia 19, com a participação de 6.697 metalúrgicos, sendo que 3.736 votaram a favor da proposta da CSN, 2.947 contrários, seis votos em branco e oito nulos.

As cláusulas econômicas aprovadas foram as seguintes: Reajuste de 4,5% para salários de até R$ 5 mil. A empresa ressalta que o percentual equivale a 117,5% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O mesmo percentual será aplicado aos salários de técnicos e supervisores se a proposta for aceita. Reajuste de 3% para quem ganha acima de R$ 5 mil, no cartão-alimentação, reajuste de 100% sobre os R$ 500 pagos pelo acordo anterior, ou seja, R$ 1 mil mensais. Crédito extra de R$ 900 no cartão-alimentação do banco de horas, valor do auxílio-creche de R$ 677 (100% do INPC) para os filhos dos trabalhadores de até cinco anos de idade e o abono de 2022 a ser pago neste ano será de 1,53 salário para o nível operacional.

 

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