VOLTA REDONDA
A equipe ambiental do Movimento Pela Ética na Política (MEP), através do Seminário Ecologia Política, tornou público o resultado e debateu a pesquisa socioambiental realizada entre os dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro em todos os bairros, de Volta Redonda. O mediador do encontro, ocorrido no último final de semana, foi o professor Fernando Pinto, que é coordenador da equipe ambiental do MEP.
Estiveram presentes também na divulgação do resultado a professora e pesquisadora Ana Paula Vasconcelos, responsável pela pesquisa, ligada ao grupo de trabalho e desenvolvimento da Universidade Federal Fluminense (UFRJ) e colaboradora do MEP, e a professora Irineia Pereira Brígida, mestra na área de ciências biológicas, também ligada à equipe ambiental.
Ana Vasconcelos pontuou o inédito formato on line da pesquisa, os elementos reveladores no resultado e o considerável índice de confiança da pesquisa.
Destacou ainda a professora que o interesse e participação das pessoas na pesquisa foram reveladores. “Estimamos 384 amostras, respondentes, no entanto chegamos a 645 respostas representativas em toda Volta Redonda”, informou Ana, lembrando que o índice de confiança chegou a 96,5%. “Em resumo, as percepções das pessoas permitem-nos também de analisar diferentes temas relacionados às políticas públicas em geral”, completou a pesquisadora.
MAIS IMPORTANTE
Ainda de acordo com o resultado da pesquisa, os olhares das pessoas nos bairros destacaram como mais importante a segurança pública com 56%, coleta de lixo e abastecimento de água, 48%, urbanização das ruas 44%, entre outros. E aparece não menos importante a assistência social com 12% nas respostas espontâneas. No tema socioambiental, 69 % dos entrevistados revelaram que falta atividades de educação ambiental nos bairros, 54% disseram que a poluição do ar é um problema e que faltam áreas verdes, 47% dos entrevistados, além de que há muitos locais abandonados por 41%.
A questão que mais chamou a atenção, segundo a pesquisadora foi a responsabilização dos entes responsáveis para correção de rumos. Já 54% responderam que não sabem sobre os passivos ambientais. “De forma livre apontaram os graves problemas ambientais e o mais citado foi a poluição do ar, água e solo”, disse Ana Paula Vasconcelos, lembrando que na sequência de forma livre atribuem responsabilidades, na ordem da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), prefeitura e a população. Lembrou que o seminário, que irá ocorrer no próximo dia 27 analisará na profundidade caminhos para superação das questões, a partir dos indicadores da população.