BARRA MANSA
Relacionado à estrutura corporal, os locais gerais de maior acúmulo de gordura se concentram na região da barriga, quadril e pernas. Mas, por fatores genéticos, há pessoas que tendem a engordar mais na região abaixo da cintura, enquanto outras, acima. Não existe um tipo de corpo mais saudável que o outro, mas, quando ambos ganham peso, aqueles que acumulam menos gordura no abdome podem ter algumas vantagens.
E de acordo com a professora de educação física, Michely Souza, manter o corpo saudável tornou-se uma tarefa difícil na atualidade e 40% dos brasileiros estão acima do peso. “A obesidade abdominal é um dos fatores de risco para diversas morbidades. Existem dois tipos de gordura abdominal: A subcutânea, que se localiza a frente dos músculos abdominais, e a visceral, que se acumula entre as alças intestinais e órgãos internos como o fígado”, cita a professora, acrescentando que ambas apresentam riscos a saúde, mas estudos comprovam que a visceral é a mais perigosa, pois aumenta os riscos de doenças como a diabetes, por exemplo.
A gordura localizada no abdômen é considerada um fator de alto risco para diversas morbidades e se encontra associada a efeitos prejudiciais tais como: Níveis altos de triglicerídeos, baixos níveis do bom colesterol (HDL), resistência à ação da insulina e consequente elevação dos níveis glicêmicos (Diabetes), aumento da gordura hepática, prejudicando a formação de hormônios, vitaminas e substâncias que atuam no metabolismo das gorduras, e também hipertensão arterial como consequência do aumento da viscosidade do sangue são exemplos do que esta gordura pode causar no organismo.
A personal destaca que caminhadas, corridas, pular corda, andar de bicicleta, crossfit, ou dançar ajudam na perda desta gordura localizada.
O estudo
Uma pesquisa realizada por pesquisadores do Albert Einstein College of Medicine, de Nova York, relaciona a distribuição do tecido adiposo no corpo com a saúde. As avaliações foram feitas em mulheres, comparando as que tinham mais gordura acumulada e as que tinham menos.
Aquelas que têm os lipídeos acumulados na barriga, sofrem com o dobro de risco de desenvolver doenças cardíacas, quando comparadas às que têm a mesma tendência ao engordar, mas ainda possuem percentuais de gordura controlados.
Já entre as pessoas com tendência a engordar nas pernas, o risco de problemas do coração entre aquelas que já tinham o tecido adiposo preponderante é 40% maior, em relação às que tinham menos saliência na região.
O estudo foi realizado entre mulheres com índice de massa corporal (IMC) saudável, o que nos leva a concluir que, ter a tendência a engordar na barriga pode ser um problema tanto para quem tem percentuais de gordura reduzidos, quanto para quem não tem. Para manter os possíveis problemas sob controle, a pesquisa recomenda levar uma vida com hábitos alimentares saudáveis e a prática de exercícios físicos frequente.