VOLTA REDONDA/LUZIÂNIA
Volta Redonda e a Região Sul Fluminense estão representadas no 13º Congresso das Trabalhadoras Domésticas que começou no último dia 19 e segue até este domingo, dia 24, em Luziânia (GO). O encontro reúne 250 lideranças de 13 estados brasileiros e reafirma o protagonismo da categoria na luta por direitos, reconhecimento e valorização do trabalho doméstico, que no Brasil emprega mais de seis milhões de mulheres, em sua maioria negras. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos de Volta Redonda e Região Sul Fluminense (Sindomésticas), Jorgina dos Santos, lidera a comissão de representantes da Cidade do Aço e da região no evento.
Jorgina dos Santos informou que representar uma entidade como o sindicato que ela preside é um grande orgulho. Ainda mais, segundo ela, por atender mensalmente mais de 100 domésticas, com a grande procura pelos serviços oferecidos pela entidade sindical. Jorgina destacou que além de tudo, a presença no evento faz com que se aproxime de mulheres importantes na luta em prol das domésticas e outras categorias e das mulheres em geral, como a secretária nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados do Ministério das Mulheres, Rosane Silva, que participou da abertura do encontro.
Jorgina lembrou que, durante o evento, vários temas estão sendo debatidos entre lideranças de todo o país e destacando políticas públicas para valorização e reconhecimento da categoria doméstica. Na abertura do encontro, a secretária nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados do Ministério das Mulheres destacou o compromisso do Governo Federal com a categoria ao lembrar do Plano Nacional de Cuidados, em construção sob a coordenação dos ministérios das Mulheres e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
POLÍTICA NACIONAL DE CUIDADOS
A iniciativa viabiliza a implementação da Política Nacional de Cuidados (Lei nº 15.069/2024), que tem como um de seus eixos o trabalho decente para as trabalhadoras domésticas e do cuidado remunerado. Destacou que é um trabalho que precisa ser valorizado com políticas públicas que garantam não somente a autonomia econômica, mas também a cidadania dessas mulheres.
Ainda de acordo com Jorgina, quem também fez presença no evento foi a presidenta da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, Creuza Maria Oliveira. Ela destacou que a importância da realização do Congresso a cada quatro anos e destacou a trajetória histórica da categoria. “Para nós, é muito importante, quando estamos quase completando 100 anos de luta”, disse, lembrando que está em um evento com a presença de vários ministérios, como o das Mulheres, discutindo políticas para as mulheres e conquistando o reconhecimento da nossa categoria em nível nacional e internacional.
Foi destacado no vento que, mesmo com avanços como a Convenção 189, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e a Lei Complementar 150/2025, as trabalhadoras domésticas ainda têm menos direitos que outros trabalhadores. Foi lembrado que, o próprio seguro-desemprego é um exemplo, já que prevê parcelas menores do que para as demais categorias.
Volta Redonda e região no 13º Congresso das Trabalhadoras Domésticas em Luziânia (GO)
Evento reforça a luta por direitos da categoria
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Sul Fluminense no congresso das domésticas - Divulgação



