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Vereadores defende em audiência pública criação de Comissão para debater a fome em Resende

Por Cyntia Freitas
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RESENDE

A criação de uma ampla Comissão para debater a fome no município foi defendida pelos vereadores durante uma Audiência Pública realizada na noite de quinta-feira, no Plenário da Câmara Municipal. A Audiência, convocada pelos vereadores Matheus Oliveira (Podemos) e Soraia Balieiro (PSD), contou com a presença de Dom Luiz Henrique, bispo Diocesano de Barra do Piraí – Volta Redonda; padre Paulo Sérgio Nogueira, vigário Episcopal de Resende; padre Maurício Carvalho, pároco da Paróquia Sagrada Família, em Resende, da responsável pela Sociedade São Vicente de Paula, Hosana Leite, vereador Fábio Lucas de Almeida (Avante) e Jacqueline Diniz, secretária Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos.

Para 2023, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), escolheu o tema da Campanha da Fraternidade, “Fraternidade e Fome” e o lema, “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mateus 14, 16). Esta é a terceira vez na história que o tema está relacionado à fome. Em 1975 o tema foi “Repartir o Pão” e, em 1985, “Pão para quem tem fome”.

Dom Luiz Henrique frisou que municípios necessitam criar plano educacional para redução do desperdício de alimentos-Divulgação CMR

Para o vereador Matheus Oliveira, criada a comissão, ela contaria com a participação de grupos religiosos, entidades não governamentais, órgãos públicos e privados, além de lideranças comunitárias. “É importante que a gente não ceda à cultura da indiferença, diante de um problema tão grave como a fome. E que juntos, reunindo toda a sociedade, possamos apontar caminhos que beneficiem muitas famílias”, disse o parlamentar.


A vereadora Soraia Balieiro também defendeu a proposta de se criar uma ampla comissão em Resende. “Promovendo essa Audiência, estamos dando o primeiro passo. E a Câmara pode ajudar muito nisso, intervindo junto ao Executivo, contribuindo na elaboração e condução dos trabalhos”, frisou.

Durante a fala na audiência, Dom Luiz Henrique frisou que os municípios necessitam criar um plano de ação no campo educacional para a redução do desperdício dos alimentos e práticas responsáveis. “Como se desperdiça alimentos no Brasil. Necessitamos de um trabalho de educação para este problema”, declarou o Bispo.

Dom Luiz Henrique ainda destacou sugestões em outras áreas, incentivar a produção diversificada de alimentos na agricultura familiar; investir na alimentação escolar; promover abastecimento popular; ampliar mercados populares de alimentos; feiras livres populares; valorizar o comércio popular; criar logísticas de armazenamento, transporte e conservação e, por fim, incentivar o pequeno produtor. “Estamos felizes em colaborar com as Câmaras que compõem o território diocesano. Além disso, o texto base da CF sugere a importância desse diálogo com os governos municipais, estaduais ou federais”, finalizou Dom Luiz Henrique.

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