PARAÍBA DO SUL
Um menino, de 9 anos, morreu na manhã de ontem, dia 5, em Paraíba do Sul, depois de ter sido atropelado por um trem na linha férrea que corta a Estrada Silvio Guaraciaba, próximo ao bairro Barão de Angra, limite com Três Rios.
A vítima sofreu ferimentos graves. Agentes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar foram acionados e estiveram no local.
Em nota, a MRS Logística, concessionária que administra a malha ferroviária na região, informou que a criança corria atrás de um cachorro e que ambos se chocaram contra a composição férrea. A nota explica ainda que é preciso prudência e atenção no relacionamento com a ferrovia.
Adolescente atropelada
Já no distrito de Vargem Alegre, em Barra do Piraí,uma adolescente, de 13 anos, também foi atingida por um trem no início da noite de sábado, dia 5, na passagem de nível da Rua Samuel Couto. a informação é de que ela estava com um fone de ouvido, o que impediu que ouvisse o barulho da aproximação da locomotiva. O maquinista conseguiu frear a tempo e a menina teve várias escoriações pelo corpo. Ela foi retirada da linha pelo pai, socorrida e levada para a equipe de resgate da Rodovia Lúcio Meira (BR-393), que a encaminhou para o Hospital São João Batista (HSJB), em Volta Redonda.
QUATIS
Um homem, de 67 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira, dia 26, após ter sido atropelado por um trem, no Centro da Cidade. De acordo com a Polícia Militar, a vítima foi atropelada no final da noite de terça-feira, dia 25, na altura da Estrada que liga Quatis ao bairro Vista Alegre, em Barra Mansa. O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Três Poços, em Volta Redonda.
Os policiais do 37º Batalhão da Polícia Militar (BPM) foram acionados por volta das 23h50min, por um funcionário da VLI Ferrovia Centro-Atlântica SA para verificar acidente ocorrido na linha férrea. “O funcionário contou que a maquinista estava conduzindo a composição com 33 vagões pela ferrovia no sentido de Barra Mansa quando observou uma pessoa deitada na beira da linha. De imediato o maquinista acionou os freios de emergência, mas devido ao peso do trem não houve tempo hábil para parar. A composição arrastou a vítima por aproximadamente dez metros”, explicou um policial. Ele informou que o maquinista pediu socorro com o Serviço Médico de Atendimento de Urgência (Samu). “O homem foi socorrido e levado para o Hospital São Lucas, em Quatis. Em seguida foi transferido em estado grave para a Santa Casa de Barra Mansa, onde não resistiu aos ferimentos”, disse o militar.
O atropelamento foi registrado na 100ª Delegacia de Polícia (DP). Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) periciaram o local do acidente.
Em nota enviada a imprensa, da VLI Ferrovia Centro-Atlântica, responsável pela linha férrea, informou que o homem estava deitado na linha férrea. “Todos os procedimentos de segurança, como redução de velocidade e alertas sonoros, foram adotados. Devido ao peso da composição, um trem pode percorrer até um quilômetro antes e parar completamente”, informou a nota, acrescentando que o local é sinalizado de acordo com a legislação. “A empresa orienta os motoristas e pedestres a respeitarem a sinalização e o aviso de ‘pare, olhe e escute’ antes de atravessar uma linha férrea”, completa.
ITATIAIA
Agentes do Grupo de Investigações Criminais (GIC) da 99ª Delegacia de Polícia (DP) estão investigando a morte de uma idosa, de 82 anos, ocorrida na madrugada desta quarta-feira, dia 18. A idosa morreu após ser atropelada por um trem, nas proximidades de sua residência localizada no bairro Jardim Itatiaia. O corpo da idosa foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) localizado em Resende.
Policiais do 37º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram acionados por volta das 4h30min para verificar um atropelamento na linha férrea localizada atrás do Ciep 488 – Colégio Ezequiel Freire, no bairro Jardim Itatiaia. Ao chegarem no local, os militares foram informados por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) o óbito da idosa.
De acordo como os agentes da Polícia Civil, o maquinista da composição disse que ao avistar que havia uma pessoa caminhando pela linha férrea, acionou as luzes e os freios de emergência da composição. No entanto, não foi possível parar o trem a tempo de evitar o atropelamento. “O maquinista ainda contou que mesmo tendo feito todo o procedimento para parar a composição não foi possível, uma vez que precisa de pelo menos 500 metros para parar o trem totalmente”, contou um policial civil, informando que a idosa morava nas proximidades da linha férrea. “Já iniciamos a investigação e queremos saber o porquê da idosa estar caminhando na linha do trem de madrugada”, completou.
BARRA MANSA
Um taxista, de 41 anos, ficou ferido na noite de domingo, 2, durante um acidente envolvendo o táxi que a vítima conduzia e um trem. O acidente ocorreu na passagem de nível da Rua Duque de Caxias, próximo à Estação, no Centro de Barra Mansa.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local e socorreu o taxista, que foi levado para a Santa Casa de Barra Mansa, co dores no pescoço. A informação é que seu estado de saúde é estável. A Guarda Municipal também foi acionada e esteve no local do acidente para controlar o trânsito.
BARRA MANSA
Mais um acidente é registrado na linha de trem, no bairro Barbará, em Barra Mansa. Na madrugada deste sábado, dia 4, um carro foi destruído e arrastado por um trem da MRS Logística na passagem de nível, em frente a Saint Gobain.
A informação é de que veículo, que se encontrava no local, ficou totalmente destruído depois que foi arrastado. Foi apurado até o fechamento desta nota que quando o maquinista viu o veículo, acionou os freios de emergência, mas não teve tempo para evitar a colisão. Não há informação de ferido e muito menos o paradeiro do motorista.
Mais um acidente entre um trem e um carro é registrado em Barra Mansa; ninguém se feriu
BARRA MANSA
Um veículo HB20 foi arrastado por um trem no Centro de Barra Mansa na manhã de ontem, dia 9. A colisão aconteceu na passagem de nível da Rua Alberto Mutel, em frente a Praça da Liberdade. O motorista do veículo é um policial rodoviário federal, de 37 anos. Seu carro foi arrastado por cerca de 50 metros, sendo atingido do lado do carona. As câmeras de segurança filmaram o momento do acidente e nas imagens é possível ver o veículo desviando da cancela e tentando realizar a travessia na frente da locomotiva da MRS Logística. Não houve feridos.
A Guarda Municipal esteve no local para auxiliar no socorro e orientar o trânsito, que chegou a ficar retido por três quilômetros nas Avenidas Dario Aragão e Joaquim Leite. Segundo informações de populares, o policial estaria indo trabalhar, por volta das 7 horas, quando a colisão aconteceu.
Segundo o comandante da Guarda Municipal, Joel Valcir, nas próximas horas, a prefeitura fará uma avaliação técnica no local do acidente e notificará a MRS Logística acerca da extensão da cancela instalada na linha férrea.
Em contato com a empresa responsável pela ferrovia, MRS Logística, o caso poderia ter sido evitado caso as normas de segurança fossem respeitadas. A empresa ainda pontuou que essas normas são divulgadas e a instalação de uma cancela mais extensa não vem ao caso, uma vez que, por norma do Código Brasileiro de Trânsito, o motorista é obrigado a parar o veículo antes de cruzar a linha. “Independentemente do tipo de proteção de uma passagem (sinalização vertical, automática, com ou sem cancela), todo motorista é obrigado a parar o veículo antes de cruzar a linha. Isso é assim para que sempre dê tempo de olhar para os dois lados e escutar, em busca dos sinais do trem”, informou a nota.
Esse é o segundo acidente de trem registrado na cidade, em menos de uma semana. Na última sexta-feira, dia 4, outro carro foi arrastado por um trem ao cruzar a passagem de nível, na Rua Major José Bento, no bairro Vila Nova. Na ocasião a locomotiva era da VLI e também não houve vítimas.
VOLTA REDONDA
Segue internada no Hospital São João Batista (HSJB) a criança que, na noite de ontem, se envolveu em um acidente com sua avó na linha férrea em Três Poços. As vítimas não tiveram os nomes e as idades reveladas.
A idosa morreu na hora após a colisão com um trem e seu corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), que fica no mesmo bairro.
A unidade médica não informou o estado de saúde da criança.
BARRA MANSA
Moradores dos bairros Vista Alegre e Vila Nova, em Barra Mansa, relataram ao jornal A VOZ DA CIDADE que as passagens de trem da VLI não têm cancela, nem alerta sonoro ou agentes para realizarem a segurança do local, e, por conta disso, se torna perigosa. Foram além. Disseram que por isso vários acidentes aconteceram. A equipe do jornal esteve nesses bairros e observou que, nas travessias de nível, pouquíssimos veículos pararam para observar se a composição estava se aproximando.
Comerciantes locais do bairro Vista Alegre, que trabalham nas proximidades da passagem de nível, relataram que eventualmente motoristas atravessam sem nem prestar atenção na linha. Fernanda Aparecida Diniz, de 39 anos, moradora de Vista Alegre, relatou que há alguns anos, um senhor estava passando com um caminhão pela travessia e foi pego. “Às vezes quando o trem está chegando, ele buzina muito em cima da hora, o que impede um tempo de reação”, alertou.
Outro comerciante do bairro é o Maurício Rogério da Fonseca. Ele conta que já presenciou três acidentes. “Um acidente faz muitos anos, onde o trem arrastou uma Brasília e outro foi de um rapaz foi pego pela condução.
O mais recente, que tem cerca de um mês, também envolveu um carro”, contou, alertando sobre a imprudência de alguns condutores de ônibus. “Vários ônibus passam direto pela travessia sem nem verificar se alguma condução está vindo, isso é um perigo”, contou.
Outro relato foi de um funcionário de um posto de combustível, Sebastião de Melo, que fica na Vila Nova, depois da Ponte Flávio Miranda Gonçalves. Segundo ele, trabalha há cinco anos no local e já presenciou diversos transtornos na travessia. “Uma cancela faz muita falta. Ainda mais nesse trecho. O trem até que buzina bastante, mas ninguém respeita. Tem muitas pessoas que passam pelo local e não percebem a condução chegando. A cancela é de grande importância”, afirmou.
SINALIZAÇÃO ADEQUADA
Segundo a VLI, controladora da Ferrovia Centro Atlântica, todas as passagens em nível, os cruzamentos, de Barra Mansa, têm a sinalização adequada para alertar motoristas e pedestres sobre a circulação de trens. De acordo com nota, a ferrovia adota um procedimento padrão de segurança que determina o acionamento de buzina e faróis das locomotivas na aproximação com os cruzamentos para reforçar o alerta. Citou ainda que a empresa mantém campanhas sobre a importância de um comportamento seguro em relação aos trilhos. “Um dos pontos ressaltados é que após o acionamento dos freios, um trem pode necessitar de até um quilômetro para parar totalmente”, diz a nota enviada, completando que o trem tem a preferência, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, por ser um veículo mais pesado.
Questionada, a FCA informou que em 2018 foram quatro ocorrências em Barra Mansa, entre atropelamentos e colisões. Neste ano, ainda não teve registro.
BARRA MANSA
Na manhã de hoje um homem, identificado como Igor da Silva, de 35 anos, foi atropelado por um trem no bairro Vila Maria. Ele teve fratura na perna esquerda e precisou passar por um procedimento cirúrgico. No final de semana, ainda na cidade, uma mulher também chegou a colidir com uma condução, no Centro, ocasião em que perdeu os dois pés. O A VOZ DA CIDADE fez contato com a equipe de comunicação da MRS, que afirmou que “do ponto de vista da operação ferroviária, estava tudo perfeito”.
O fato de hoje aconteceu na travessa Nicácio Knupp. O homem foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros e foi encaminhado para a Santa Casa de Misericórdia, que não informou seu estado é estável.
NO SÁBADO
Uma mulher, ainda não identificada, precisou amputar os pés após um acidente envolvendo um trem nas proximidades do Parque Centenário, no Centro, na noite de sábado, dia 27.
Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada para a Santa Casa de Misericórdia, onde permanece internada e precisou passar por um procedimento cirúrgico.
NOTA DA MRS
Em contado com a equipe da MRS, a mesma afirmou ao A VOZ DA CIDADE que lamenta confirmar as ocorrências de Barra Mansa. “Do ponto de vista da operação ferroviária, estava tudo perfeito. Todas as providências para evitar ambos os acidentes foram tomadas (acionamento de buzina e aplicação dos freios de emergência)”, defendeu.
Sobre as recomendações de segurança, a MRS explica que a regra é simples: “Sempre nos perguntam sobre recomendações ou dicas para a segurança das pessoas que vivem ou transitam por áreas ferroviárias. A dica principal é muito simples: siga a orientação das placas afixadas nas passagens em nível, pare antes de cruzar a ferrovia, olhe para os dois lados e escute”, avisa, lembrando que todos podem ajudar na conscientização, disseminando alguns cuidados especiais, como: manter distância mínima de três passos largos com relação aos trilhos; pessoas idosas ou com dificuldade de mobilidade exigem atenção especial; crianças não podem brincar na área da ferrovia e devem estar sob supervisão constante de seus responsáveis nas travessias; E não tente atravessar a linha falando ao celular, checando mensagens ou usando dispositivos de áudio de qualquer tipo.
Segundo a MRS, o uso de álcool e drogas tem sido uma causa cada vez mais frequente de acidentes envolvendo pessoas. Em alguns municípios, este índice chega a representar 20% do total de acidentes.
Eles explicam ainda que um trem pesa entre três mil toneladas (vazio) e 15 mil toneladas (carregado) e, por isso, pode exigir algo entre 300 e um mil metros desde a aplicação do freio de emergência até sua parada completa. Por seu peso, um trem não freia como um automóvel. Por isso, mesmo quando é possível identificar um obstáculo ou pessoa cruzando a linha inadvertidamente, na maioria das vezes não é possível evitar o impacto.
“A comunidade pode ajudar a garantir a segurança da ferrovia. Ao observar qualquer fator de risco, ou para reportar alguma irregularidade, o contato com a MRS pode ser feito pelo telefone 0800-979-3636”, finaliza.
SUL FLUMINENSE
A empresa MRS logística divulgou um balanço de atropelamentos e abalroamentos na malha férrea em 2018. De acordo com os dados, os acidentes na região Sul Fluminense tiveram um aumento de 35,3%, em relação ao ano anterior (2017). O município que teve o maior registro de acidentes foi Barra do Piraí, com cinco ocorrências. Já a cidade com menos ocorrências foi Volta Redonda, que não teve nenhum registro. Já Paraíba do Sul, que no ano de 2017 registrou sete acidentes, em 2018 teve uma redução de 57,1% de ocorrências.
O estudo aponta a imprudência como a principal causa e o maior obstáculo para a formação de uma cultura de segurança perante a linha férrea. Os números de acidentes por município em 2018 são: Barra do Piraí (cinco); Três Rios (quatro); Paraíba do Sul (três); Pinheiral (três); Barra Mansa (dois); Vassouras (dois); Quatis (um); Mendes (um); Paulo de Frontin (um); e, Valença (um), totalizando 23 acidentes. Em 2017 foram registrados 17 acidentes.
Ainda de acordo com os dados divulgados pela MRS, nos últimos dois anos, 78% das ocorrências foram registradas em trecho corrido, nas malhas ferroviárias da empresa. “Em 30% desses casos houve envolvimento de pessoas alcoolizadas. Em relação aos abalroamentos registrados na malha da MRS, 48% são causados pela desatenção dos motoristas, sendo 85% condutores do sexo masculino”, disse a MRS.
NACIONAL
No balanço total feito pela MRS, foram registrados 101 atropelamentos ou abalroamentos nas linhas férreas sob concessão da empresa, exatamente o mesmo número se comparado ao ano de 2017. A cidade com o maior registro de acidentes é Juiz de Fora (MG), um dos municípios mais críticos com relação às ocorrências ferroviárias, com 13 acidentes, 13% a menos que no ano anterior. Na sequência, as cidades com mais ocorrências foram Barra do Piraí (RJ), Nova Iguaçu (RJ) e Congonhas (MG), todas com cinco acidentes registrados.
De acordo com o Gerente Geral de Segurança e Meio Ambiente da MRS, Washington Noé, a imprudência continua sendo a principal causa dos acidentes. “Apesar de todos os esforços de conscientização junto às pessoas que convivem com a ferrovia, os acidentes continuam sendo causados pelo comportamento inadequado de uma minoria de pessoas que ainda insistem em se arriscar nas proximidades da linha férrea. Estamos falando de imprudência, desatenção e falta de avaliação dos riscos na hora de atravessar a ferrovia.”, afirmou.
RELEMBRANDO ALGUNS CAOS
João Vítor Bernardino, 19 anos morreu na manhã do dia 20 de novembro de 2018, quando tentava atravessar a linha férrea em Barra Mansa, na Avenida Dário Aragão, na altura do bairro Estamparia. O jovem teria pulado uma composição que estava parada e foi atingido por outro trem que seguia em direção à Volta Redonda.
No mesmo ano, ainda em Barra Mansa, um homem de 42 anos morreu enquanto pegava carona pendurado no trem, o caso aconteceu em outubro. Em determinado momento do percurso, a vítima levou uma pancada fatal na cabeça, quando o trem passava ao lado de um poste, na altura do bairro Barbara.
Outro caso foi de abalroamento, um trem atingiu um carro na passagem de nível na altura do bairro Vila Nova. O veículo de passeio teve a parte traseira destruída pelo impacto, mas não houve feridos. Segundo o motorista do carro, ele não ouviu a buzina do trem a tempo de parar e quando notou já estava sobre a passagem de nível.