AGULHAS NEGRAS
A Nissan passou a adotar o modal ferroviário como transporte preferencial de todas as peças importadas pela montadora e utilizadas na produção de seus veículos no Complexo Industrial de Resende. Atualmente, 68% de todo o deslocamento dessas peças já usa essa modalidade. A novidade implementada pela fabricante japonesa favorece a redução das emissões de CO2 e do tráfego nas rodovias.
Semanalmente, contêineres chegam aos portos do Estado do Rio de Janeiro trazendo peças de diferentes países para serem usadas na fabricação dos modelos compactos feitos no complexo do município: Nissan March e Nissan Versa, além do crossover Nissan Kicks. Os itens que antes eram levados de caminhões até a fábrica são, agora, transportados por trens até um terminal multimodal na cidade vizinha de Itatiaia, de onde partem para a planta em caminhões, percorrendo um trecho rodoviário muito menor.
Segundo Cleiton Lima, gerente de Logística de Peças Importadas da Nissan, com a nova modalidade de transporte houve redução na emissão de poluentes. “Conseguimos reduzir em 47% as emissões de CO2, além de contribuir com a diminuição dos engarrafamentos nas estradas. A adoção de trens para o deslocamento das peças traz também redução de custos, mais segurança para a carga, e melhor rastreabilidade em seu caminho até a planta. É ainda uma alternativa para o transporte quando imprevistos, como acidentes, impedirem a utilização de rodovias”, explica.
O Complexo Industrial da Nissan em Resende tem cinco anos e já recebeu mais de R$ 2,6 bilhões em investimento. Conta com um ciclo completo de produção, desde a área de estamparia até as pistas de testes, passando pela chaparia, pintura, injeção de plásticos, montagem e inspeção de qualidade, além da fábrica de motores.
A fábrica conta com 97 robôs e 167 AGV’s (Automatic Guided Vehicles), veículos guiados automaticamente, responsáveis por otimizar o tempo de produção, facilitando o processo e o transporte dos carros na linha.